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terça-feira, 19 de outubro de 2010

TODO PERDOADO É UM PERDOADOR


Um homem que se vinga parece com um demônio;

Um homem que reage no momento e mata, parece um animal;

Um homem que julga e espera que a lei condene, parece um homem;

Mas o homem que perdoa se parece com Deus.

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Ver o pecado sem a graça é desesperador.

Ver a graça sem pecado é arrogância.

Vê-los em série é conversão. (Max Lucado)

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Perdoar é absolver o crime e banir completamente do coração todo o desejo de desforra.

É soltar o réu bem distante do preconceito ressentido e de uma possível recaída.

É apagar a mácula sem a recordação sensível de uma nódoa permanente.



domingo, 17 de outubro de 2010

OS QUE FICARAM SEM NOMES


O dono de um amplo cenáculo

O título deste pensamento não está de todo correto, pois todos têm um nome. O que quero dizer é que na Bíblia o ato de algumas pessoas é destacado, mas seus nomes, não.

Lembro-me agora do menino, entre tantos outros, que deu seus cinco pães de cevada e seus dois peixinhos para Jesus multiplicá-los em cerca de cinco mil; a oferta da viúva pobre; a mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus, todos sem seus nomes registrados, mas que se tornaram célebres em todo o mundo e em todas as épocas.

Quero destacar, dentre os que ficaram sem nome, o homem que cedeu sua casa para ser usada por Jesus por ocasião da ceia pascal.

O que sabemos sobre ele é quase nada. Pedro e João ficaram incumbidos de preparar a páscoa e foram buscar de Jesus as instruções necessárias.

Eles encontrariam um homem carregando um pote de água, serviço que normalmente era feito por mulheres. Assim, seria mais fácil identificá-lo na cidade de Jerusalém. Eles deveriam segui-lo até à casa para onde ia, e lá chegando, perguntariam ao dono da casa: “onde está o salão de hóspedes para o Mestre comer a Páscoa com seus discípulos”?

Gosto de pensar que o homem que levava o cântaro era um empregado da casa, um servo que em nada se importou em ser seguido pelos dois discípulos. E este servo me faz pensar na obra realizada pelo Espírito Santo que nos leva até à casa do Pai.

Lá chegando, os discípulos pediram o salão de hóspedes, um aposento pequeno para ser usado por visitantes inesperados. Mas o homem mostrou-lhes uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. E Jesus já conhecia a disposição do coração deste homem.
 
Quando o Espírito Santo nos leva à Casa do Pai, recebemos mais do que esperávamos: além de uma salvação gloriosa, o perdão de nossos pecados, a presença real de Jesus em nossas vidas, a vida eterna e promessas incontáveis e preciosas.

Que possamos apreciar em nossas vidas a lição deste homem “sem nome”, em meio a uma sociedade onde os nomes com seus grandes feitos têm seus destaques, seus aplausos e suas glórias.

Tais pessoas “sem nomes” ficaram eternizadas nas páginas da Bíblia como aquelas que serviram a Jesus simplesmente por amá-lo.
 
Que assim seja com todos nós.

Ev. de Marcos Cap.14: vers. 12 a 16





sexta-feira, 15 de outubro de 2010

TODO PERDOADO É UM PERDOADOR

Amigos, leitores deste blog, estou lendo um livro
de Glênio Fonseca Paranaguá, intitulado "Do tronco ao trono", de onde extraí algumas frases que gostaria de compartilhar com vocês.

Outras frases virão mais para frente.
Ninguém vai para o porto seguro da glória sem navegar pelo canal do arrependimento.

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Não voltar a fazer determinada coisa é a essência do mais verdadeiro arrependimento. (M.Lutero

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Só os perdoados por Cristo Jesus estão habilitados, de fato, a perdoar os seus ofensores.

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Todavia, não há saúde emocional para aqueles que se trancafiam nos muros altos da raiva amargurada, encastelando-se no rancor invisível a olho nu, que nunca desculpa ofensas.

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Uma pessoa que não perdoa é uma ré de si mesma, além de ser o juiz que a condena, o carcereiro que a trancafia e a cadeia que a mantém em prisão perpétua.

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Quando alguém magoa um dos filhos de Deus, o hábeas corpus já deverá estar redigido, promovendo o alvará de soltura imediatamente.

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Se conhecemos a Cristo como nosso Salvador,os nossos corações são quebrantados, não podem ser duros, e não podemos negar o perdão.

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A vingança é um prato dormido e rançoso que se come frio.O perdão é a sobremesa requintada de um banquete saboroso preparado na casa de Abba.

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Se Deus não estivesse disposto a perdoar os pecados os céus estariam vazios.

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O cristão precisa sempre se lembrar que as misericórdias de Deus são infinitamente maiores do que todas as suas profundas misérias. Logo, quem foi alcançado pelo Deus das misericórdias nunca vai exibir uma conduta destituída de compreensão e compaixão pelos outros peregrinos de tribulações.

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É mais fácil admitir um crocodilo vestido de fraque tocando oboé numa orquestra sinfônica do que um cristão legítimo, mas obstinado, sem querer perdoar. Ainda que o perdão não seja fácil para o cristão, ele é glorioso para o Cristo que vive nele.

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Todo perdoado é um perdoador.



 







sábado, 9 de outubro de 2010

A BIBLIA – O LIVRO MAIS PUBLICADO,MENOS LIDO E POUCO AMADO

A Bíblia Sagrada, segundo as estatísticas, foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro na história.

O Evangelho de Marcos, por exemplo, está disponível em cerca de 900 línguas. Embora tais dados sejam animadores, ainda é pouco lida e muito menos difundida. Em muitas casas são ostentadas em móveis, abertas em textos específicos que servem como amuletos de sorte. No passado eram as ferraduras que eram colocadas na parte superior da porta de entrada, hoje são Bíblias abertas e que nunca são lidas.

A Bíblia é a carta de Deus endereçada ao ser humano, e, portanto, deve ser lida com atenção.

Ninguém, ao receber uma carta de um amigo ou da pessoa amada, deixa sobre um móvel para lê-la esporadicamente, pelo contrário, deseja se inteirar das notícias, e quantas vezes são tristes e produzem lágrimas.

A Bíblia é a carta de Deus dirigida a pessoas amadas por Ele, com instruções precisas sobre sua vida e que servem para toda a eternidade.

Alguém escreveu que é a carta de Deus ao viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e a credencial do cristão.

Se a Bíblia fosse lida com o coração, e não como um amuleto de sorte, teríamos uma sociedade mais correta e justa, menos egoísta e mais amorosa, menos agressiva e mais compassiva, e por fim, ciente de que precisa de um Deus para governá-la e de um Salvador, que é Jesus Cristo, para salvá-la.

Se os pais reunissem os filhos à volta da mesa e dedicassem alguns minutos para sua leitura, por certo não teriam a lamentar a estupidez dos mesmos e nem chorar por suas vidas destruídas pelo vício.

Quando as estatísticas mudarem dando informações de que nos lares a Bíblia é lida, amada e seguida mais do que qualquer outro livro, por certo as vidas serão mais úteis e prodigiosas nas mãos de Deus.

Serão abençoadas com a bênção de uma verdadeira e real salvação na pessoa de Jesus Cristo. Serão transformadas.

E isto só ocorrerá quando a Bíblia deixar de ser um talismã.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O AMOR QUE CONTA

Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.”
1ª Carta do apóstolo João 3:18

Como se torna difícil a prática deste versículo, em tempos tão agitados como estes. O século da correria, do dia de 25 horas, das horas de 70 minutos.
Não há mais tempo para a família e muito menos para os filhos. Mal começa o dia, e à frente se apresentam milhares de compromissos: o trabalho, a faculdade, o curso de mestrado, e à volta para casa ao findar do dia, ou melhor, no limiar da madrugada. Dá para perder o fôlego.

Entretanto, se de um lado as eventuais vantagens despontam, do outro os prejuízos se avolumam. É a saúde que vai de embrulho, o relacionamento com o cônjuge, o esfriamento dos laços com os filhos, e a distância que cresce. E assm, nem as mãos e nem os braços já não se alcançam e nem se encontram. Perderam o calor.
E o que falar na vida cristã? O lugar onde Deus colocou cada filho para exercitar o amor? Onde a convivência é no mínimo um dia por semana entre sete? A igreja que é composta de gente de carne e osso se tornou tijolo, cal, areia e cimento. Um lugar que deveria aquecer o coração chega a gelar a alma.

A correria desenfreada atacou a comunidade que se chama igreja. Cada um cuida do que é seu e olhe lá. As atividades que já engoliram a família, agora engolem o amor que se transformou em amor de boca e de palavra. Não há ação e nem verdade.
E assim, cada um vai levando do seu jeito na prática de um cristianismo chocho.

Quando for colocado em primeiro lugar o amor que recebi de Deus na pessoa de seu Filho Amado, o tempo será pequeno demais para exercitá-lo no mais simples gesto em favor do meu irmão, num abraço, num silêncio, num enxugar de lágrima, numa palavra de consolo. Somente assim a correria terá sentido. Somente assim minha família e meus filhos sentirão o que é o amor e meus irmãos conhecerão de fato o que é ser uma nova criatura.















sábado, 11 de setembro de 2010

NICODEMOS - O HOMEM TRANSFORMADO -Orlando Arraz Maz

NICODEMOS 
O HOMEM TRANSFORMADO

 
Era tarde da noite. Uma noite escura, tão escura quanto o coração de Nicodemos.

Por mais que desejasse ir para cama, algo o impedia.

Talvez receoso de ser visto pelos seus pares, ou querendo, na calada da noite, estar sozinho com o famoso Rabi.

Mil pensamentos giravam em sua cabeça, qual torvelinho.

Os milagres que vira, a transformação da água em vinho, os humildes pescadores de peixes, agora alunos do Mestre sendo ensinados a serem pescadores de almas...

Quem poderia fazer tais coisas? Outros tentaram, mas sem sucesso, sem o carisma do Mestre em Israel.

E com tais pensamentos, resoluto, foi à casa humilde onde se encontrava Jesus.
 
E sob a luz bruxuleante, talvez vinda do lampião, pode olhar nos olhos de Jesus e declarar-lhe suas convicções:
“Rabi, bem sabemos que és mestre vindo da parte de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes se Deus não for com ele”
 
E que sinais teria visto Nicodemos ? O milagre de Cana da Galiléia ? A conversão de Natanael? , a transformação de rudes pescadores em pescadores de almas? A alegria de André em contar ao seu irmão Pedro a grande descoberta?
 
E Nicodemos foi à procura de Jesus. O príncipe dos judeus e mestre em Israel, diante do Rei dos reis, aprendendo a mais notável lição do Mestre vindo dos céus que o transformou em nova criatura.

Bendita aquela noite.

Aos poucos as palavras de Jesus começaram a iluminar o coração de Nicodemos. Em princípio pareciam tão difíceis, mas a habilidade do Mestre, sua paciência e o seu amor por Nicodemos levaram-no a entender o caminho do novo nascimento.

Nada de reencarnação, de outras vidas, de antigas purificações, e sim do nascimento da água, a bendita palavra de Jesus e do Espírito,

Quem sabe, ao despontar os primeiros raios de sol, Nicodemos resolveu partir, levando no coração a certeza de que Jesus não somente era o Mestre vindo da parte de Deus, mas sim o próprio Deus que veio habitar neste mundo como homem.
Agora Jesus era o seu Salvador.

E mais tarde, diante da controvérsia entre o povo e os religiosos, Nicodemos faz uso da palavra:

“Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?”(João 7:50)

Ah! se todos tivessem ouvido o que ouviu Nicodemos naquela noite.A noite de sua libertação.
 
Senhor, que eu seja tão corajoso quanto Nicodemos e que a dúvida não abale meu coração.

Dá-me coragem para procurá-lo mesmo tarde da noite e bater à sua porta desejando ouvir suas palavras e entende-las.
Não importa o que os outros falem ou pensem.
Eu quero resolver os problemas que tem machucado a minha alma. Que os teus "sinais" falem ao meu coração.

Dá-me coragem, Senhor, para vencer barreiras e preconceitos. Não permitas que a noite chegue e que eu a atravesse sem contemplar o amanhecer.

E entre na noite eterna sem conhecer-te como meu Salvador, o Salvador de Nicodemos.

Senhor crie em mim a persistência e o amor de Nicodemos.

Ele seguiu seu Salvador até à cruz. Retirou-o da cruz. Limpou suas feridas. Enxugou o sangue do rosto que escorria pelo corpo. Retirou com cuidado a coroa de espinhos. E o banhou com a mistura de mirra e aloés.

Eu quero seguir-te Senhor. Leva-me até à cruz. Abra os meus olhos e me faças ver uma cruz sem um corpo ferido e morto.
Leva-me mais adiante, naquele jardim, e que eu veja um túmulo vazio.
E que entenda como Nicodemos que o Mestre vindo da parte de Deus é a ressurreição e a vida.

E que a noite dentro da minha alma dê lugar àquele que é a Luz do Mundo.

SALMO DE DAVI - JÔNATHAS BRAGA

SALMO DE DAVI

 
Purifica-me Senhor o coração,
E faz- me mais branco do que a neve;
Pois nesta vida transitória e breve
Só encontrei tristeza e imperfeição.

Dá- me alegria em tua salvação,
Essa alegria que ninguém descreve
E que o fardo da vida torna leve,
Quando aparece a mágoa e a provação.

Faz- me como lã dos cordeirinhos,
E semelhante a neve dos caminhos
Para que eu seja reto em meu viver.

E procure servir- te com cuidado,
Cada vez mais distante do pecado
E mais perto de ti permanecer.

domingo, 5 de setembro de 2010

TRINTA DE AGOSTO - UMA DATA PARA NÃO SER ESQUECIDA

TRINTA DE AGOSTO - UMA DATA QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA

Já se passaram sete dias desde 30 de agosto. Agora mais calmo, sentei-me em frente do computador e comecei a digitar essas palavras. Antigamente, diria que peguei da caneta e do papel. E não a muito tempo, da máquina de datilografia.

Mas os tempos são outros – é o século XXI. Quem diria que nasci na metade do século XX e uns tantos anos já avançam à frente deste novo século.

Pois bem, vamos ao texto.

O dia 30 foi um dia de dupla felicidade.

A primeira, do dia em que nasceu minha filha. E já se vão trinta e oito primaveras. Uma vida para ser comemorada a cada dia e não uma vez por ano.

A outra felicidade foi a alta do hospital onde esteve internada minha mulher para uma reforma do coração: duas safenas e uma mamária. Uma vitória, uma batalha vencida, fruto de respostas de orações e do amor de Deus.

Duas datas, duas vitórias, dois marcos de felicidades. Precisa mais?

Quero estender minhas mãos a Deus e dizer-lhe que sou grato e que não mereço tantas bênçãos. Somente me rendo à sua graça maravilhosa:

Pela minha filha, pelo seu amor extremo, pelo seu coração de ouro, pelo seu exemplo de vida.

Parabéns pelo seu aniversário. Que Deus prolongue os seus dias sobre a terra, pois a terra é carente de pessoas como você.

Que tanto eu como você, sua mãe, Washington, Esther e André que comemoramos com alegria seu aniversário, juntos comemoremos a segunda vitória, com a alegria de termos junto a nós e perto do nosso coração, a“mãezona” querida com o coração transformado duas vezes: uma pelo Médico dos céus, outra pelos médicos da terra.

Um beijo carinhoso do escrevinhador destas palavras.

Seu pai coruja







"AMAI-VOS ARDENTEMENTE" - Autor:Orlando Arraz Maz

Amai-vos ardentemente

“amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro”
(1ª carta do Apóstolo Pedro 1;22-b)

Como é possível amar uns aos outros ardentemente com um coração puro? Antes de responder, gostaria de pensar: para quem o apóstolo Pedro escreveu estas palavras?

É fácil descobrir pela leitura no início de sua carta:

1)Para um povo de propriedade de Deus que estava espalhado. Eram forasteiros.

2)Estavam sofrendo as mais terríveis provações;

3)Do ponto de vista humano, sem quaisquer esperanças.

Portanto, torna-se claro que o ambiente em que viviam era o mais deplorável, uma vez que abraçaram a nova fé na pessoa do Senhor Jesus, e por esta razão sofriam as mais diversas perseguições.

Quem deveria amá-los? As autoridades romanas? Os vizinhos? Os amigos? Os parentes mais próximos? Por certos estes se tornaram inimigos e perseguidores.

Eles seriam amados com um amor fraternal por todos os que abraçaram a Verdade do Evangelho, cuja semente incorruptível germinou em seus corações dando-lhes uma nova vida. Agora viviam sob uma esperança viva, apesar das perseguições. Tinham o amor daqueles que foram amados por Cristo. E apesar das lutas, eram felizes.

Entretanto, o apóstolo ensina que não é qualquer amor que deveria nortear seus corações, um sentimento superficial, uma demonstração rasa de afeto ou um “oi”! , “como vai?”, “não me esqueci de você!”, etc., mas um amor ardente, fervoroso.

Aqueles que um dia amaram e que ainda amam seus cônjuges sabem muito bem o que é um amor ardente: é a vontade de tê-los em todos os momentos, e que dois minutos após a despedida, nasce a vontade de estarem juntos novamente; é o interesse pelo seu bem estar; a preocupação por suas aflições e a prontidão para estancar suas lágrimas.

Como seria maravilhoso se esse amor ardente fosse manifesto da mesma forma por todos os irmãos em Cristo, não somente pelas orações, mas pela sua presença real, seu conforto, suas palavras de ânimo, seu abraço.

Creio que foi assim na nova comunidade de irmãos, os forasteiros do primeiro século. Eles dependiam de Cristo e de seus irmãos. Cristo nos céus renovando-lhes a esperança, e seus irmãos  na igreja trazendo-lhes conforto, e demonstrando-lhes um amor ardente.

Afinal, só tem esse amor os que foram gerados pela Palavra e que tiveram suas almas purificadas pelo sangue do Senhor Jesus, e que se tornaram homens e mulheres obedientes.

Que assim seja para Sua Glória.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma velhice abençoada - Autor: Orlando Arraz Maz

“ Fui moço e agora sou velho;mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. ( Salmo 37:25)




Algumas vezes ouvi meu pai citar este versículo quando ainda era bem criança. Nossa família possuia poucos recursos e condições bastante limitadas. Embora nunca nos tenha faltado o básico em nossa mesa, meu pai confiava nesta citação bíblica.

Naqueles tempos não entendia a profundidade deste versículo, talvez por não ser um idoso, ainda.

Os anos se passaram. Tornei-me adulto, pai e avô, e novamente me confronto com este versículo.Desejo confiar nas suas palavras, assim como confiavam meu pai e o rei Davi.

É bem provável que alguns tenham certa dificuldade em sua interpretação, uma vez que há tantas necessidades e carências ao nosso redor.

Davi, agora um idoso, tem plena certeza que Deus nunca desampara o justo nem sua descendência.

É possível alguém passar por necessidades, assim como Davi passou diversas vezes.

Lembro-me quando com seus moços esperavam a bondade de Nabal,uma vez que estavam famintos (ISam.25), ou quando foi à procura do sacerdote Aimeleque ( I Sam. 21).

Sim, o justo pode passar por privações, mas nunca sentir o desamparo de Deus.

Este homem  do nosso texto é aquele que vive sem ganância(vers.21), que é abençoado (vers.22), que tem seus passos confirmados pelo Senhor(23),e que ao cair contará com a sustentação da mão do Senhor(vers.24).Por isso esse homem nunca sentirá o desamparo de seu Deus nem tampouco sua descendência.

Bendito seja o Deus de Davi e de meu pai, que embora não prometa bens materiais em abundância, nos abençoa e nos conforta com a sua presença.

Que ensinemos nossos filhos a fidelidade de Deus em não desamparar o justo nem a sua descendência.

Ele não nos promete um tapete florido, mas uma mesa farta da sua presença constante e abençoada.

Louvado seja nosso Deus.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O ROSTO DE JESUS - Autor: Orlando Arraz Maz

COMO ERA O ROSTO DE JESUS

Muito se tem falado sobre o aspecto físico do Senhor Jesus. Livros em grande quantidade foram escritos, telas foram retratadas e milhares de pensamentos foram exteriorizados.

E você, de uma maneira especial, qual é sua idéia sobre sua pessoa? Alto, loiro, olhos azuis, cabelos compridos, olhar triste, semblante sombrio e por aí afora...?

Quantas vezes formamos a idéia de alguém qainda não conhecemos. Vamos ao encontro e começamos a formar uma imagem em nosso pensamento: “será gordo, magro, expansivo, calado” ? E ao nos encontrarmos, quantas surpresas.

A Bíblia nada fala quanto ao aspecto de Jesus. Todas as especulações ficam por conta do ser humano. E não é de hoje, pois os artistas desde os tempos mais remotos têm produzido verdadeiras obras primas, as quais tendem a nos incutir suas formas físicas.

A primeira indagação que nos vem à mente é “por que Deus escondeu do homem as belezas físicas de seu amado Filho?”

Quando a Bíblia se refere a Saul, encontramos o seguinte texto:

"Tinha este um filho, chamado Saul, jovem e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo de que ele; desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo”.(I Sam.9:2)

Com Davi :
Jessé mandou buscá-lo e o fez entrar. Ora, ele era ruivo, de belos olhos e de gentil aspecto... ( Sam. 16: 12)

Com Absalão:
Não havia em todo o Israel homem tão admirável pela sua beleza como Absalão; desde a planta do pé até o alto da cabeça não havia nele defeito algum. : (II Sam.14:25)

Mas de Cristo, Deus omite seus traços em toda a Escritura.
Recentemente alguém reproduziu como seria o rosto do Senhor Jesus, totalmente diferente daquilo que o mundo sempre concebeu: um judeu de média estatura, olhos e cabelos curtos, pretos, nariz aquilino, tal como conhecemos os homens daquelas terras.
Desde a minha infância sempre concebi Jesus tal qual retratado nos livros infantis. E sua figura sempre me atraiu. Mas hoje, na idade adulta, volto-me para a Palavra de Deus e tento descobrir o aspecto desta maravilhosa pessoa que tem atraído multidões através dos anos.

Quem sabe Deus omitiu seus traços a fim de que o ser humano se concentrasse nas belezas espirituais e por estas fossem atraídos?A beleza de uma pessoa está em seu caráter e reside no mais fundo do seu ser. Entretanto, o ser humano ainda não aprendeu esta lição.

Não foi assim que Deus ensinou a Samuel quando este viu a Eliabe? ( I Sam.16:7)

“...pois o homem vê o que está diante dos olhos,porém o Senhor olha para o coração”.

Encontramos na palavra de Deus muitas pessoas que desejavam ver a Jesus: Alguns gregos durante a festa :”Estes, pois, dirigiram-se a Felipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus”. João 12:21

O pequeno Zaqueu: “Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura”.Ev.Lucas cap.19

É interessante notar que o conhecimento de Zaqueu levou-o a seguir a Cristo; quanto aos gregos, somente na eternidade conheceremos os efeitos deste notável conhecimento, pois a mensagem de Jesus para eles foi de uma extraordinária sabedoria, que só o Deus-Homem seria capaz.

Mas a curiosidade ainda persiste: como era o rostode Jesus?

Se pudéssemos perguntar, qual repórter, a Zaqueu, por certo dele ouviríamos: “é o mais belo homem que já conheci”; e Pedro, enfaticamente, diria: “tem um carisma notável e dotado da mais intrigante persuasão”; André nos diria: “é um homem que quando conversa com alguém as horas não passam, mesmo se tarde da noite”... Nicodemos, então diria:” até mesmo alta madrugada é um homem impressionante”...e se algumas daquelas criancinhas que foram abençoadas por ele pudessem falar, diriam: “é um homem diferente que tem um toque mágico nas mãos...  e Mateus:   "é tão atraente que quando o vi, deixei minha mesa de trabalho, passei a segui-lo e nunca mais o deixei...e Judas, o que o traiu: “quando o vi naquela noite, entre as árvores do jardim, mesmo sob a luz bruxuleante das tochas, não resiste seu olhar ao beijá-lo, e esse olhar me acompanhou até a morte, tirando-me a coragem de, em vida, encará-lo , abraçá-lo e suplicar-lhe   seu perdão...

O retrato de Jesus durante o seu ministério, sem dúvida, embora não esboçado nas Escrituras, foi o do homem de beleza sem par. Um homem perfeito não só no físico, mas no espírito e na alma. Era um homem alegre a cada minuto do dia, sem mau humor. Um homem que podia chegar perto de crianças com um sorriso no rosto, diante da mulher pecadora com um olhar de carinho, diante de Pedro, após a negação, com um olhar de compaixão, e cada um por si só soube interpretar da melhor forma possível aquele olhar.

Sim, Jesus sempre foi uma pessoa alegre, porque o pecado é que entristece a alma, foi uma pessoa sadia, pois nunca lemos de qualquer enfermidade, nunca houve momentos de depressão, o que, sem dúvida, causava surpresa aos seus perseguidores.

Jesus sempre foi o Maravilhoso descrito por Isaias 9:6
Pelo salmista, "Tu és o mais formoso dos filhos dos homens: a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre... todas as tuas vestes cheiram a mirra a aloés e a cássia; desde os palácios de marfim de onde te alegram.”(Salmo 45:2,8)

Mas muitos vêem a Jesus como “homem de dores, que não tinha parecer nem formosura, e que olhando nós para ele nenhuma beleza víamos para que o desejássemos”, tão bem retratado pelo profeta Isaias.

Este retrato foi deixado por Deus, para todos os homens, a fim de que pudessem sentir a transformação que o pecado opera na vida.

É este retrato que Deus tem interesse que conheçamos. É um retrato sem retoques que nos mostra os efeitos maléficos do pecado.

Sim, o profeta Isaias, inspirado pelo Espírito Santo, quis retratar a desfiguração de Cristo na cruz.E de uma forma magnífica mostrar os efeitos do nosso pecado na transformação mais bela do rosto de um herói, cheio de graça e verdade. Aquele que sentiu profunda tristeza no jardim, sintoma até então desconhecido por ele, pois lá começava a trajetória para levar sobre si os nossos pecados.

Que jamais pensemos que o semblante de Jesus na cruz, um homem de dores, foi o mesmo durante o seu curto ministério.
Na cruz, sim,houve a cruel transformação, lá era o perfeito homem de dores, “era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos. E. como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado e não fizemos dele caso algum”(Isaias 53:3).

Quanto estrago o meu pecado fez no adorável rosto do meu Cristo. Quanta transformação operada naquele que era a simpatia das criancinhas, o novo amigo e depois o Salvador da mulher samaritana, o protetor e conselheiro da mulher adúltera, o restaurador da vida no lar da viúva, na casa dos amigos de Betânia...mas na cruz, aquele rosto, aquele olhar , aqueles pés e aquelas mãos foram transfiguradas e perderam todos os encantos, e o sangue que escorria pela sua fronte escondia toda a sua beleza.
Este é o retrato que Deus queria que contemplássemos. E nessa contemplação, fizéssemos um diagnóstico dos efeitos malignos do pecado. “Verdadeiramente Ele tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” A feiura do meu pecado dilacerou e desfigurou o rosto do meu querido Salvador naquela horrenda cruz. E o profeta completa : “e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”. Que engano mais tormentoso pensarmos que ele foi ferido de Deus pelo seu pecado...“Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades.

O meu pecado, o pecado do prezado leitor, foi como um raio que ao cair transformou o mundo e a vida num verdadeiro caos.

O homem e a mulher ao serem criados, sem o conhecimento do pecado, eram pessoas maravilhosas, assim como toda a criação.

Mas o pecado, qual vilão, tudo estragou.

E Jesus Cristo, o Maravilhoso, também foi atingido pelo meu pecado, e na cruz  transformou-se no mais indigno dos homens.
Eu e você fomos os responsáveis pela sua horrenda figura naquela cruz. Foi o nosso pecado que o desfigurou.

Hoje, após a obra consumada na cruz, Deus nos deixa outro retrato do seu amado filho. E este é revelado pelo apóstolo João na ilha de Patmos:
“E virei-me para ver quem falava comigo. E virando-me vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito, com um cinto de ouro.(Apoc.1:12-18).

Que a contemplação deste Salvador permaneça em cada coração. Naquele dia contemplaremos um Salvador glorificado sem o semblante da cruz, embora mostrando as marcas em seu corpo.

É este Salvador que Deus me apresentará naquele dia. É o Salvador maravilhoso das Escrituras, o Salvador sofredor na cruz, o Salvador triunfante nos céus. É este Salvador que eu quero ver.

Que Ele seja louvado para sempre, pois há de enxugar meu pranto, pois o fruto da obra daquela cruz, que transfigurou meu amado Senhor, perdoou para sempre o estrago que meus pecados fizeram no seu maravilhoso semblante.


E com satisfação hoje podemos cantar:: 
“Vamos ver o Rei ali, sua santa paz fruir, com Jesus morar, seu rosto contemplar, grande gozo desfrutar” (HC 208).











sexta-feira, 27 de agosto de 2010

UMA SIMPLES FEBRE - Autoria:Orlando Arraz Maz

UMA SIMPLES FEBRE

 
“Ora, a sogra de Simão Pedro achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela;e inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou.E ela levantando-se logo,servia-os” (Lucas 4:38,39)

Pedro já conhecia alguns milagres de Jesus.As notícias sempre chegavam de todas as partes.

Em Nazaré, sua cidade natal, fora expulso após pregar na sinagoga. Em Cafarnaum, libertara o endemoninhado, cidade onde morava Pedro. Mas o poder de Cristo agora iria atuar na sua casa, curando de uma febre alta sua sogra.

Quanta bondade tem o Messias há pouco conhecido por Pedro. Uma vez em sua casa, conta-nos o médico Lucas que Jesus se inclinou para ela, em sua cama, repreendendo a febre que a deixava prostrada. Logo, esta senhora começou a servir o Senhor Jesus e os demais presentes naquela casa.

E Pedro, sem dúvida, fora testemunha ocular da restauração da saúde de sua sogra.E mais uma vez, a admiração por Jesus cresce em seu coração.

O Mestre acabara de curar uma enfermidade aparentemente simples, uma febre, tão diferente das possessões demoníacas. Para ele não havia qualquer impedimento ou cansaço.

Nada sabemos dessa senhora. Mas a sua febre tem lições importantes para todos nós.

A febre sempre é prenúncio de uma enfermidade maior, algo escondido dentro do corpo, que uma vez descoberto e combatido, cessa de uma vez.

Este acontecimento na vida familiar de Pedro, sem dúvida, foi direcionado pelo Espírito Santo, a fim de que servisse de bênção em sua vida, e  tirasse lições que iriam ajudá-lo em seu ministério anos mais tarde.

Como este, todos os demais fatos narrados nas Escrituras são usados por Deus para o nosso ensino.

Pedro precisava saber que Jesus se importava com coisas simples e aparentemente triviais aos olhos humanos.

O ser humano não perde tempo com pequenas coisas, e muitas vezes, uma simples febre, não assusta ninguém.

Mas não foi assim com Jesus. A febre da sogra de Pedro foi tratada com muito interesse por parte de Jesus. E uma vez curada, logo se levantou, passando a servir todos os que estavam em sua casa. Plena disposição e boa vontade para fazer o melhor para Jesus.

A febre, olhando pelo prisma espiritual, denota um estado de prostração, desânimo, languidez. Ela tira toda a vontade espiritual, toda a alegria. Há abatimento total. E Jesus, ao entrar no coração do homem, como em uma casa, perdoa o pecado, a saúde espiritual é restaurada, a febre é banida de uma vez por todas, e a pessoa passa a ser útil.

E Pedro aprendeu esta grandiosa lição. Na igreja recém formada no Pentecostes, quantas vidas foram salvas, homens e mulheres vivendo no mais terrível estado febril, alcançaram o perdão dos pecados, crendo no sacrifício do Senhor Jesus.

Hoje Cristo deseja entrar em muitos lares, onde a febre tem separado corações de pais e filhos, maridos e esposas, pronto para dar saúde e disposição para serem úteis nos caminhos de Deus.

Fico imaginando a alegria desta mulher e a surpresa dos seus vizinhos, ao vê-la totalmente restabelecida pelo simples toque de Jesus. Por que? Porque Jesus se inclinou para ela. O Rei dos reis, o Senhor dos senhores, se inclinando para esta mulher. Foi exatamente para isto que Ele veio, descendo dos céus e tomando a nossa forma, “antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Filip.2:7).

Outra lição que Pedro aprendeu neste dia foi que sua sogra, uma vez restaurada, desejou servir aos que estavam em sua casa. Por certo, primeiramente serviu a Jesus. Assim se dá com os que foram salvos do pecado: nasce  uma nova disposição para servir a Cristo e cuidar dos seus interesses.

Que notável foi este dia para a sogra de Pedro. Mas muito mais, para todos os que foram curados da febre do pecado e sentiram o toque de Jesus se inclinando para salvar.

Para Pedro foi mais uma experiência notável, dentre as inúmeras que sentiria no decorrer do ministério de Jesus.

Que esta experiência na vida da sogra de Pedro sirva para todos os que passam por estados letárgicos, desanimados, abatidos, sem coragem.

Jesus, ainda hoje, deseja entrar em cada coração, estender a sua mão, reanimar e restaurar a fim de que tenham uma vida saudável e uma disposição santa para um serviço abençoado.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Deus das Maravilhas - Orlando Arraz Maz



“TU ÉS O DEUS QUE OPERAS MARAVILHAS”







Que verdade magnífica temos da parte do salmista. Depois de percorrer um caminho árduo de tristeza, queixas e desapontamentos, e  noites sem conciliar o sono, ele encontra saída para o seu sofrimento.
Ele está envolvido com pensamentos do passado, e na sua cama passa a questionar a bondade do Senhor, desconfiar da sua graça e duvidar das suas promessas.
Como Asafe,  autor deste salmo, fala ao nosso coração milhares de anos depois de tê-lo escrito. Quão semelhantes somos nas nossas queixas, e quão ingratos nos tornamos diante das obras do nosso Deus.
Vivemos dias difíceis, cercados de todas as angústias, pressões de todos os lados, atingindo em cheio nossos lares, nossos filhos, com reflexos inexoráveis na igreja.
Nunca se falou tanto em terapia de grupo, aconselhamentos, psicólogos, cujos consultórios sempre estão abarrotados de  pessoas abatidas, sofrendo intensamente, sem ânimo para as atividades do dia a dia, mergulhadas em depressão, prostradas, e nas igrejas muitos sem disposição espiritual.
Asafe descobriu a causa, e por si só resolveu o problema de toda sua angústia. “Isto é a minha aflição”. Na versão corrigida: “Isto é enfermidade minha”.
E a partir daí começa a pensar nas obras de Deus, seus milagres, seu caminho de santidade e toda a sua grandeza.
Se muitas vezes nos parecemos com o salmista, em relação a ele temos maiores recursos à nossa disposição. O Deus que ele conhecia era o Deus dos prodígios no Egito, das vitórias de Israel e da subjugação de muitos inimigos.
O Deus que conhecemos veio até nós, habitou entre os homens, onde armou a sua tenda, e onde sua glória resplandeceu.
Amou de tal maneira o ser humano demonstrando esse amor tão insondável, enviando seu único e amado Filho, onde o abandonou exposto à morte em uma cruz.
Asafe não desfrutava destas bênçãos, e em sua aflição pode dar um grito que saiu do lugar mais profundo do seu coração.
“Tu és o Deus que operas maravilhas”.
E todo aquele peso saiu de si como uma espiral de fumaça. Tudo foi dissipado.
E nós, tanto eu como você, temos maiores motivos para exclamar do fundo do coração: “Tu és o Deus que operas maravilhas”, porque fomos salvos para toda a eternidade e somos amados como filhos, embora adotados pela graça.
Quantos males deste século tão agitado seriam evitados, quantos gabinetes pastorais seriam esvaziados, quantos lares seriam mais felizes e quantas igrejas seriam mais atuantes, se cada um avaliasse as maravilhas de Deus na pessoa bendita de Jesus.
Que façamos desta expressão um lema para nossas vidas, e qual bandeira esteja  sempre hasteada: “Tu és o Deus que operas maravilhas”.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”


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Eu senti meu coração mui pesaroso,
Estava triste a minha alma com a dor,
Mas dos lírios tive ensino precioso,
E descanso no seu divinal amor.

sábado, 21 de agosto de 2010

D.L.MOODY

1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"

7ª e ÚLTIMA PARTE







Apesar de Moody não ter instrução acadêmica, reconhecia o grande valor da educação e sempre aconselhava a mocidade a se preparar para manejar bem a Palavra de Deus. Reconhecia a grande vantagem da instrução também para os que pregam no poder do Espírito Santo. Ainda existem três grandes monumentos às suas convicções nesse ponto - as três escolas que ele fundou: O Instituto Bíblico em Chicago, com 38 prédios e 16.000 matriculados nas aulas diurnas, noturnas e cursos por correspondências; o Northfield Seminário, com 490 alunos, e a Escola do Monte Hermon, com 500 alunos.

Entretanto, ninguém se engane como alguns desses alunos e como diversos crentes entre nós, pensando que o grande poder de Moody era mais intelectual do que espiritual.

Nesse ponto ele mesmo falava com ênfase: para maior clareza, citamos o seguinte de seus “Short Talks”:

“Não conheço coisa mais importante que a América precise do que de homens e mulheres inflamados como o fogo do Céu; nunca encontrei um homem ( ou mulher ) inflamado com o Espírito de Deus que fracassasse. Creio que isso seja impossível; tais pessoas nunca se sentem desanimadas. Avançam mais e mais e se animam mais e mais. Amados, se não tendes essa iluminação, resolvei adquiri-la, e orai:
‘Ó Deus ilumina-me com o teu Espírito Santo'!”

No que R. A. Torrey escreveu aparece o espírito dessas escolas que fundou:

“Moody costumava escrever-me antes de iniciar uma nova campanha, dizendo: “Pretendo dar início ao trabalho no lugar tal e em tal dia; peço-lhe que convoque os estudantes para um dia de jejum e oração”. Eu lia essas cartas aos estudantes e lhes dizia: ‘Moody deseja que tenhamos um dia de jejum e oração para pedir, primeiramente, as bênçãos divinas sobre nossas próprias almas e nosso trabalho'!

Muitas vezes ficávamos ali na sala das aulas até alta noite - ou mesmo até a madrugada - clamando a Deus, porque Moody nos exortava a esperar até que recebêssemos a bênção”.

“Até o dia da minha morte não poderei esquecer-me de 8 de julho de 1894.

Era o último dia da Assembléia dos Estudantes de Northfield. Às 15 horas reunimo-nos em frente à casa da progenitora de Moody... Havia 456 pessoas em nossa companhia... Depois de andarmos alguns minutos, Moody achou que podíamos parar. Nós nos sentamos nos troncos de árvores caídas, em pedras, ou no chão. Moody então franqueou a palavra, dando licença para qualquer estudante expressar-se. Uns 75 deles, um após outro, levantaram-se, dizendo: ‘Eu não pude esperar até às 15 horas, mas tenho estado sozinho com Deus desde o culto de manhã e creio que posso dizer que recebi o batismo com o Espírito Santo'.

Ouvindo o testemunho desses jovens, Moody sugeriu o seguinte: “Moços, por que não podemos ajoelhar-nos aqui, agora, e pedir que Deus manifeste em nós o poder do seu Espírito de um modo especial, como fez aos apóstolos no dia de Pentecostes?” E ali na montanha oramos”.

“Na subida, tínhamos notado como se iam acumulando nuvens pesadas; no momento em que começamos a orar, principiou a chuva a cair sobre os grandes pinheiros e sobre nós. Porém houve uma outra qualidade de nuvem que há dez dias estava se acumulando sobre a cidade de Northfield - uma nuvem cheia da misericórdia, da graça e do poder divino, de sorte que naquela hora parecia que nossas orações bombardeavam essas nuvens, fazendo descer sobre nós, em grande poder, a virtude do Espírito Santo”.

Que Moody mesmo era um estudante incansável, vê-se no seguinte:

“Todos os dias da sua vida, até o fim, segundo creio, ele se levantava muito cedo de manhã para meditar na Palavra de Deus. Costumava deixar sua cama às quatro horas da madrugada, mais ou menos, para estudar a Bíblia. Um dia ele me disse: “Para estudar, preciso me levantar antes que as outras pessoas acordem”. Ele se fechava num quarto afastado do resto da família, sozinho com a sua Bíblia e com o seu Deus”.

“Pode-se falar em poder, porém, ai do homem que negligenciar o único Livro dado por Deus, que serve de instrumento, por meio do qual Ele dá e exerce seu poder. Um homem pode ler inúmeros livros e assistir a grandes convenções; pode promover reuniões de oração que durem noites inteiras, suplicando o poder do Espírito Santo, mas se tal homem não permanecer em contato íntimo e constante com o único Livro, a Bíblia, não lhe será concedido o poder. Se já tem alguma força não conseguirá mantê-la, senão pelo estudo diário, sério e intenso desse Livro”.

16 de novembro de 1899

Tudo no mundo tem de findar; chegou o tempo também para D. L. Moody findar o seu ministério aqui na terra. Em 16 de novembro de 1899, no meio de sua campanha em Kansas City, com auditórios de 15.000 pessoas, pregou seu último sermão. É provável que soubesse que seria o último, certo é que seu apelo era ungido como poder vindo do Alto e centenas de almas foram ganhas para Cristo.

Para a nação, a sexta-feira, 22 de dezembro de 1899, foi o dia mais curto do ano, mas para D.L. Moody foi o dia que clareou, foi o começo do dia que nunca findará. Ás seis horas da manhã dormiu um ligeiro sono. Então os seus queridos ouviram-no dizer em voz clara: “Se isto é a morte, não há nenhum vale. Isto é glorioso. Entrei pelas portas e vi as crianças! (Dois de seus netos que já tinham falecidos). A terra recua; o céu se abre perante mim. Deus está me chamando!” Então se virou para a sua esposa, a quem ele queria mais do que a todas as pessoas, a não ser Cristo, e disse: “Tu tens sido para mim uma boa pessoa”.

No singelo culto fúnebre, Torrey, Scofield, Sankey e outros falaram à grande multidão comovida que assistiu. Depois o ataúde foi levado pelos alunos da Escola Bíblica de Monte Hermom a um lugar alto que ficava próximo, chamado "Round Top". Três anos depois, a fiel serva de Deus, Ema Moody, sua esposa, também dormiu em Cristo e foi enterrada ao lado do marido, no mesmo alto, onde permanecerão até o glorioso dia da ressurreição.

Contemplemos de novo, por um momento, a vida extraordinária desse grande ganhador de almas. Quando o jovem Moody chorava sob o poder do Alto na pregação do jovem Spurgeon, foi inspirado a exclamar: “Se Deus pode usar Spurgeon, Ele me pode usar também”.

A biografia de Moody é a história de como ele vivia completamente submisso a Deus, para esse fim. R.A. Torrey disse: “O primeiro fator por cujo motivo Moody foi instrumento tão útil nas mãos de Deus é que ele era um homem inteiramente submisso à vontade divina. Cada grama daquele corpo de 127 quilos pertencia ao Senhor; tudo que ele era e tudo que tinha pertencia inteiramente a Deus... Se nós, tu e eu, leitor, queremos ser usados por Deus, temos de nos submeter a Ele absolutamente e sem reservas”.


Leitor resolve agora, com a mesma determinação e pelo auxílio divino:
“Se Deus podia usar Dhight Lyman Moody, Ele me pode usar também!” Que assim seja! Amém!


Fonte: Heróis da Fé - Orlando Boyer - Editora CPAD - Páginas 231 à 252







segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Brinquedos do coração


Pai, quero conhecer-te, mas o meu covarde coração teme desistir dos seus brinquedos. Não consigo afastar-me deles sem sangrar por dentro e não tento ocultar de ti o terror dessa separação. Venho tremendo, mas venho.

Por favor, arranca do meu coração todas essas coisas às quais há tanto tempo venho me apegando e que se tornaram uma parte do meu “eu”, para que possas entrar e nele habitar sem qualquer rival. Depois farás glorioso o lugar em que teus pés pisam. Então meu coração não necessitará de sol para brilhar, pois tu serás a sua luz e nele não haverá noite.

Em nome de Jesus, Amém.

A.W.Tozzer, The pursuito of God

sábado, 7 de agosto de 2010

AMOR INCONDICIONAL



Meu Deus é um Deus que me ama tanto, tanto,
Que cuida de mim e me leva em seus braços
Que a cada dia enxuga todo o meu pranto
E bem de pertinho dirige os meus passos.

Por que me ama tanto? Tal amor não mereço,
O que em mim viu? Por certo, de bom, nada.
E quando menos espero mais o entristeço,
Ao prosseguir nesta minha curta jornada.

E porque me ama tanto, bem escondido,
Meu dia de amanhã guarda bem em segredo:
Uma dor que me deixaria entristecido,
Ele não me fala e posso viver sem medo.

Ele quer que eu sinta e viva a cada dia,
Avaliando seu socorro que não falha.
E quando a dor chegar resoluta e fria,
Seu coração de amor pronto me agasalha.


Esse é o Deus que garante meu futuro
O Deus que quero honrar mesmo sendo incapaz.
E se chegar o dia mau, o dia escuro,
Estarei bem seguro porque Ele é minha paz.