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quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CAÇAMBA DE LIXO





A notícia da mulher que jogou sua filha na caçamba de lixo envolvida em um saco plástico é assunto corrente nestes dias. A imprensa falada ou escrita, no circulo entre familiares, conhecidos, no trabalho, é o que mais se comenta.

De fato é algo terrível que causa tamanha consternação em todos.

Como pode uma pessoa chegar a tal nível de maldade, sobretudo alguém que acabou de dar a luz a própria filha. Chamar de mãe ou algo semelhante a uma pessoa assim, causa repugnação.

Muitos animais que têm suas crias procuram protegê-las, e são raros os que as matam. Sem dúvida agem por instinto, pois são desprovidos de sentimentos.

A mulher que assim agiu pode ser comparada à animais sem qualquer instinto, sem quaisquer sentimentos nobres.

Tratou a criança como objeto descartável, e com total indiferença atirou-a na caçamba e seguiu seu caminho como se nada anormal tivesse acontecido.

Ao pensar neste acontecimento, veio-me à lembrança um fato registrado nas Sagradas Escrituras. Durante o reinado do rei Davi, seu povo passava por uma difícil provação, assolado pela fome durante três anos. Davi consultou ao Senhor e descobriu que a solução estava em procurar os gibeonitas:

“Disse, pois, Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? E que satisfação vos darei, para que abençoeis a herança do SENHOR?”. E a resposta veio prontamente: "E disseram ao rei: O homem que nos destruiu, e intentou contra nós de modo que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em termo algum de Israel, de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. E disse o rei: Eu os darei."

Assim, os descendentes do rei Saul foram prometidos aos gibeonitas:

“Mas tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha da Aiá, que tinha tido de Saul, a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita”.

"E os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o SENHOR; e caíram estes sete juntamente; e foram mortos nos dias da sega, nos dias primeiros, no princípio da sega das cevadas."

Que cena mais chocante. Sete homens enforcados. Sete vidas colhidas na flor dos anos. Entretanto, havia uma verdadeira mãe que talvez tenha feito o impossível para que seus filhos não fossem enforcados. Uma vez mortos, o que fez?

"Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho sobre uma penha, desde o princípio da sega até que a água do céu caiu sobre eles; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite."

De acordo com o relato bíblico, esta mulher vigiou noite e dia os corpos de seus filhos, para que os abutres e os animais do campo não se aproximassem deles. Sua vigília se estendeu desde o princípio da ceifa até Deus enviar chuva, e desse modo acabar com a fome que levou à morte de seus filhos.

E como resultado dessa vigília, o rei Davi providenciou um sepultamento decente para os sete corpos.

Que mulher valiosa. Demonstrou imenso amor pelos filhos mortos, que nem o sol escaldante do dia, nem a friagem da noite foram capazes de demovê-la.

Mas há outro exemplo maior de amor. Deus na sua infinita bondade deu a sua vida na cruz em lugar do pecador. Poupou a vida daqueles que crêem nessa morte, e morreu a morte numa cruz.

Se a mulher de Praia Grande conhecesse o amor de Rispa, e se o amor de Deus tivesse impactado seu coração, por certo não teria jogado a pequena Vitória na caçamba do lixo.

Quando o amor de Deus é derramado em nosso coração, ele atinge o coração dos outros. Assim, nos tornamos vasos perfumados e abençoados.

Queira Deus que assim seja.

Leitura bíblica: 2º Livro de Samuel cap. 21.

Orlando Arraz Maz




http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1490552-7823-BEBE+RESGATADO+DE+CACAMBA+DE+LIXO+PASSA+BEM,00.html

domingo, 24 de abril de 2011

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: PÁSCOA - JESUS É VENCEDORA MORTE DA MORTE PELA MO...

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: PÁSCOA - JESUS É VENCEDOR
A MORTE DA MORTE PELA MO...
: "PÁSCOA - JESUS É VENCEDOR A MORTE DA MORTE PELA MORTE DE JESUS Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, le..."
PÁSCOA - JESUS É VENCEDOR
A MORTE DA MORTE PELA MORTE DE JESUS




Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes.
Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou.
(Evangelho de Lucas 24:1a 6)

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A manhã da ressurreição foi um dia inesquecível para Maria Madalena e os demais discípulos.

A tragédia da sexta-feira resultou na vitória do domingo.

A cruz vazia toda manchada de sangue, a multidão descendo as encostas do monte, os céus ainda mergulhado nas trevas, e poucas pessoas ao redor do corpo desfigurado. O autor da vida estava morto. As mãos que tantos milagres operaram  estavam inertes, perfuradas. Os olhos que podiam enxergar os segredos dos corações estavam fechados, as pálpebras inchadas. Um quadro funesto e desolador.



Ao ler o texto do profeta Isaias: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”, a impressão que tenho é que o profeta parecia estar presente na cena da crucificação, ao lado do corpo desfigurado sussurrando tais palavras.



E neste cenário de dor, chegou Nicodemos com aproximadamente 34 quilos de uma mistura de mirra e aloés. Ao lado já se encontra José de Arimatéia com o mandado de Pilatos, concedendo-lhe autorização para sepultar o corpo de seu amado Mestre e Senhor em sua sepultura nova. E este séquito, calado e triste, seguiu para a tumba que ficava num jardim. E em meio à relva baixa e flores perfumadas, o corpo desfigurado desceu à sepultura.



É bem provável que seus amigos não conciliaram o sono naquela noite. Milhares de pensamentos povoavam suas mentes com cenas de todos os passos de Jesus no curso do seu ministério: milagres, sermões, jantares, o povo ao redor, e assim, chegou o domingo. E Maria Madalena com outras mulheres chegaram bem cedo ao sepulcro. Chegaram com os corações tristes e voltaram com a mensagem vibrante da ressurreição:”Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou”.



Esta mensagem ecoa através dos séculos e a cada dia inunda os corações dos que nela crêem. É a mensagem da esperança. De uma manhã de sol radiante. De um Cristo que está vivo e que voltou aos céus. De um Cristo que conforta, abençoa,perdoa o pecador e salva.



Comemoremos a páscoa trazendo no coração e adorando um Cristo vivo, e nos alegrando com a mensagem dos anjos: “Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou”

Orlando Arraz Maz




quinta-feira, 21 de abril de 2011


A CRUZ VAZIA


A CRUZ VAZIA  


Ao cair da tarde a cruz ficou vazia!
O bendito corpo de Jesus ao solo,
Perto, quem sabe,chorando está Maria,
E José, um seguidor fiel sem dolo.


O abandono do Pai, e o sofrer, então
De uma vez se foram. A obra efetuada,
Tão completa, perfeita, única expiação
Pelo Cordeiro de Deus foi consumada.


A cruz, bendita cruz, está vazia,
E o corpo segue pra tumba de José,
Um misto de saudade e agonia
Invade o peito dos amigos sem fé


Logo mais virá a noite escura e fria,
Qual manto que desce no jardim da dor,
Cenário deslumbrante para outro dia
Um domingo de sol cheio de esplendor.


E então a dor dará lugar ao riso,
O desespero à esperança radiante,
Ao triste coração o paraíso,
E ao perdido uma vida triunfante.


E toda essa graça ao coração cativo,
Virá qual bênção em jorros de alegria,
Crendo somente num Cristo redivivo
Que deixou pra sempre uma tumba vazia.


Aleluia, Cristo ressuscitou.

Orlando Arraz Maz
























































terça-feira, 19 de abril de 2011

QUERO AMAR-TE




Apresento-lhes este hino tão pouco conhecido e cantado no meio evangélico. Atentem para a preciosidade da letra que nos dá a certeza de sua inspiração divina.

Que a mensagem deste hino fale ao coração de todos, especialmente nesta semana onde se recorda a morte do Senhor Jesus Cristo.

Pensemos no seu amor extremo morrendo naquela cruz, não como um ato de heroísmo, mas de amor para com todos os perdidos.

Que o nosso amor ao Senhor Jesus cresça a cada dia.

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Ev. de João 15:13)

 
QUERO AMAR-TE


Quero amar-te, pois tu pedes meu amor, ó Salvador,
Tu que deste a tua vida por amor de mim, Senhor.
Redimido a ti pertenço: alma, corpo, todo o ser,
Teu na vida, teu na morte, quero só por ti viver.

Sem o brilho do teu rosto, que tristeza, que aflição,
Enfraquece a energia, esmorece o coração.
Mas teu santo rosto vendo, quão feliz, Senhor, eu sou,
Tua doce voz ouvindo, satisfeito e alegre vou.

Quero amar-te, pois amando, teus preceitos cumprirei,
Na vereda da justiça pressuroso correrei,
Tal amor é corajoso, nada sabe de temor,
Nunca fala em sacrifícios quem trabalha com amor.

Quero amar-te, mas quão fraco meu amor por ti, Senhor.
Teu amor é todo puro, todo ardente e vencedor.
Desse amor se possuído, dominado mesmo for,
Te amarei, sim, como devo, sempre a ti meu Salvador.

Estribilho

Quero amar-te sempre, ó meu Salvador,
Satisfeito nunca estou , senão com teu amor.

Hinos e Cânticos nº 362

Letra de Henry Maxwell Wright (l849-1931)
Música de Herbert H.Booth (1862-1926)







segunda-feira, 18 de abril de 2011

ATÉ QUE PONTO VOCÊ CONFIA?





“De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando”. (Salmo 5:3)

A melhor hora para entrarmos na presença do Senhor é pela manhã, quando nossa casa está silenciosa, as crianças estão dormindo, os vizinhos também dormem, a rua está deserta, sem carros com seus alto-falantes possantes ou as motos barulhentas, e ainda, quando os amigos raramente telefonam. Esse é o momento ideal.

O salmista, sem dúvida, desfrutava um ambiente calmo e tranquilo. E confiante, entrava na presença do Senhor Deus.

Nessa atmosfera chegamos até aos céus e os céus entram em nosso lar. Falamos com Deus, Ele nos ouve e nos conforta.

O salmista tinha esta certeza. Depois da oração ele afirma: “e fico esperando”.

Muitas vezes esperamos uma visita, mas o telefone toca e do outro lado ouvimos: “hoje não dá para ir...” E ficamos decepcionados.

O salmista sabia que podia esperar, pois Deus jamais o decepcionaria.

A resposta está demorando? A enfermidade ainda é a mesma? O emprego não chegou? E tantos outros desejos que temos apresentado ao Senhor?

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” . Salmo 37:5

O nosso Deus nunca cancela sua visita, não atrasa e nem adianta. Ele é fiel e pontual.

Que tal apresentarmos nossa oração e esperarmos pela resposta confiadamente?

Orlando Arraz Maz

De Meditações nos Salmos



sexta-feira, 15 de abril de 2011

 Georg  Samuel Orr








Nascido em Dublin - capital da Irlanda do Sul aos 27 de dezembro de 1918 e falecido na cidade de Craigavon em 18 de maio de 2006. Sepultado no Cemitério de Ballynahonemore, Armagh, Irlanda do Norte.


Filho de Samuel Georg  Orr e Lilly Orr.

Foi criado num lar cristão, pois seus pais eram crentes no Senhor Jesus Cristo.

Converteu-se no dia 23 de abril de 1936, e desde jovem esteve envolvido na pregação do evangelho nos arredores da cidade de Dublin. 

Foi despertado para a  obra no ano de 1941.

Casou-se no dia 4 de Abril de 1944 com Martha Orr (Kingston), e dessa união nasceram os filhos: Stanley, Alan, Kenneth, Eric, Hilda, Edna e Leslie


A CAMINHO DO BRASIL:

Partiu da Irlanda no dia 18/10/1947 chegando no porto de Santos no dia 5/11/1947

CIDADES ONDE ESTABELECEU SEU MINISTÉRIO:

Iniciando em Dublin, Sto André, Niteroi, Souzas, Curitiba, Peixoto (barragem de usina elétrica), Vila Luzita – Sto André, Joinville, Maringá, Japurá, Quatro Barras – Curitiba, Markethill – Irlanda do Norte.

 CONTRIBUIÇÃO NA OBRA DO SENHOR:

Durante a maior parte dos seus anos no Brasil, morou em São Paulo e Paraná, mas em muitas ocasiões viajou para outras partes do Norte, nas cidades ribeirinhas do Rio Amazonas,  Sul, no Rio Grande do Sul, para falar aos perdidos do amor do  Senhor Jesus Cristo e  edificar  o povo de Deus.

ESTE TEM SIDO SEU TESTEMUNHO:

“Deus tem sido bom, Ele nos abençoou com sete  filhos e nos acompanhou a cada passo do caminho. O que nós temos feito por Ele não precisamos falar, pois  tudo tem sido anotado por Aquele que pode avaliar o que foi de ouro, prata, madeira ou palha".

LEMBRANÇAS:

O autor deste blog guarda  boas lembranças do Sr. Georg, pois quando ainda bem jovem,  participou da equipe de ajudantes na construção da Casa de Oração em Vila Lusita - Santo André.

SAÚDE:

Nos anos anteriores a 2006, com muitos problemas de saúde, somados à idade já avançada, e ainda pelos cuidados com sua esposa D. Marta, não pode retornar ao Brasil, terra muito amada por ele.

Entretanto, através de cartas, telefonemas, e-mails, mantinha um bom contato com seus irmãos brasileiros, orando por eles e pelos muitos trabalhos que fundou.

Quando falava de seu trabalho na obra, assim se expressava:

Como é pequeno o que nós fazemos por Ele, quando consideramos o que Ele tem feito por nós!”

Que as vidas de Sr. Georg Orr e de D. Marta  sejam recipientes de bênçãos e inspiração para todos, podendo ser imitados  por todos os que amam o Senhor Jesus Cristo.


Cantinho da Biografia

Orlando Arraz Maz

sábado, 9 de abril de 2011

VALE A PENA ESPERAR COM PACIÊNCIA E




















O relato da cura da mulher com hemorragia e a ressurreição da filha de Jairo é apresentado pelos três evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas, e todos colocam os dois milagres em uma narrativa só. São dois milagres surpreendentes.

A mulher buscou a cura para si; Jairo para sua filha. A mulher, que no passado era provida de recursos, tornou-se pobre gastando suas posses com   médicos; Jairo, homem de recursos, respeitável e chefe da Sinagoga; a mulher procurou a Jesus de forma secreta; Jairo veio de forma pública, à vista de todos; a mulher tentou furtar a bênção de sua cura e Jairo pediu explicitamente a cura de sua filha.

Sob formas diferentes ambos tiveram seus pedidos atendidos, e saíram portadores das mais ricas bênçãos do Senhor Jesus. A mulher, tocando a orla do manto de Jesus, e Jairo confiando no poder das suas mãos.

Entretanto, uma das grandes lições contidas nestes milagres, é a espera angustiante da parte de Jairo. Ele chegou primeiro onde estava o Senhor Jesus e apresentou seu pedido: “Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, foi e se jogou aos pés de Jesus, pedindo com muita insistência: – A minha filha está morrendo! Venha comigo e ponha as mãos sobre ela para que sare e viva!”

Um pedido que qualquer pai faria com lágrimas, em pleno desespero. Não sabemos se assim se deu com Jairo, mas, pela narrativa dos evangelistas, sabemos que ele “se jogou aos pés de Jesus pedindo com muita insistência.”

Jesus, então, atendeu seu pedido e começou a caminhar em direção da casa de Jairo, mas essa trajetória foi interrompida pelo toque da mulher com hemorragia em suas vestes. E Jesus pergunta: “Quem tocou nas minhas vestes?”.

E Jairo passa a ouvir todo esse diálogo. Ele estava com pressa, e cada minuto “perdido”, a vida de sua filhinha corria risco. O caso era urgente. A mulher chegou na hora errada. Não sei se ele pensou assim, mas eu teria pensado.

Foi uma longa espera, mesmo que tenha levado cinco minutos. Para Jairo foi uma eternidade, ele tinha pressa.

A espera de Jairo redundou em fortalecimento de sua fé, pois viu mais um milagre de Jesus. A mulher enferma teve sua cura instantânea, seu mal foi extirpado, sua saúde restabelecida e a paz ofertada por Cristo criou raízes em seu coração. E Jairo contemplou todo o poder transformador de Cristo.

Sem dúvida a caminhada até sua casa com a presença de Jesus ao seu lado, foi a mais gratificante de sua vida. Estava certo de que as mãos poderosas de Jesus trariam de volta a vida de sua filha.

Quantas vezes a nossa pressa é prejudicial à nossa fé. Em meio às circunstâncias da vida queremos soluções urgentes, respostas imediatas de nossas orações, a cura de nossas enfermidades num passe de mágica.

Jesus deseja nos mostrar seu poder apresentando-nos lições, ensinando-nos a paciência, levando-nos a “crer somente”.

Esperemos com paciência como nos ensina o salmista e o Senhor Jesus Cristo será fiel em nos atender.

“Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”. (Salmo 40:1)

A Jesus Cristo toda a glória.

Orlando Arraz Maz



quinta-feira, 7 de abril de 2011

A CHACINA DO RIO DE JANEIRO
UMA DOR INCALCULÁVEL


Não há palavras apropriadas em situações tão tristes como a vivida pelas crianças na escola de Realengo, no Rio de Janeiro.

Como bem falou nossa presidente, com lágrimas nos olhos: “mostremos a nossa homenagem  a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida”.

Resta-nos em oração clamar ao nosso Deus que console o coração de tantos pais angustiados, pois só Ele conhece e entende um coração triste.

Que o fardo a ser carregado doravante por todos os que foram mergulhados em tamanho sofrimento, seja levado pelas mãos carinhosas do Senhor Jesus, pois ele enxugará dos olhos toda a lágrima.

“ Bendito seja o Senhor que dia a dia leva o nosso fardo. Deus é a nossa salvação” (Salmo 68:19)


Quando leio sobre fardo, logo me vem à mente a história do Peregrino. Um fardo às suas costas era qual montanha que o impedia de andar pelo caminho estreito. Quando se aproximou da cruz o fardo ficou para trás como um passe de mágica.


No decorrer da vida quantos fardos uma pessoa leva! O fardo do trabalho, da incompreensão de amigos e familiares, da doença, da dor, do infortúnio, da morte, e por aí teremos uma longa e infindável lista.


Mas, que tal descermos um pouco do “geral” e passarmos para o “individual”?


Qual o meu fardo, ou melhor, o principal fardo? Que fardo hoje vai me acompanhar e me oprimir? Tirar a alegria do coração, deixar sulcos no meu rosto? Eu não sei qual é o seu fardo, mas o meu eu bem o conheço.


Infelizmente cada um de nós tem um fardo a carregar, e muitas vezes dele não escapamos.

Pode ser leve ou pesado, passageiro ou demorado, gratuito ou oneroso, mas não deixa de ser um fardo.

Fardo não é pecado. Pecado é tentar levar o fardo sem pedir ajuda, ser orgulhoso, arrogante, cheio de autoconfiança.

Neste salmo Deus se dispõe a levar nosso fardo dia a dia. Um fardo por dia, que maravilha do amor de Deus.

Que tal, então, pedir ajuda ao Senhor Deus? Confessar que o fardo é pesado e que eu sou inútil e fraco.

Quando tomo este passo, ele arrebata de mim meu fardo, coloca sobre o meu pescoço seu jugo e me conforta dizendo:


” Deixa comigo o seu fardo e toma o meu que é leve, porque sou manso e humilde de coração”.

Orlando Arraz Maz

De Meditações nos Salmos

sexta-feira, 1 de abril de 2011


PRIMEIRO DE ABRIL




Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.



 João 8:44


Hoje é 1º de abril, dia conhecido como o dia da mentira. É comemorado em toda a parte, desde entre as famílias, escolas, ambientes de trabalho. Cada um apresenta sua história como se fosse verdadeira para depois esclarecer que não passa de uma mentira.

Entretanto, nos demais dias do ano, sem que se destaque um dia específico, a mentira prevalece em toda a parte por muitas pessoas.

E quantos efeitos terríveis têm provocado. Destroi pessoas, arruína negócios, desestabiliza a família, planta a dúvida de onde suscitam as discórdias, separa cônjuges, e faz crescer o ódio e a amargura no coração.


Hoje a mentira estabelece suas bases em todas as áreas: no comércio, nos negócios, nos produtos. É como uma árvore gigantesca que espalha suas raízes maléficas sob a terra e cuja seiva envenena e mata o ser humano.

O dia 1º de abril me leva a pensar em outro dia quando o diabo em forma de uma serpente enganou o primeiro casal. Eva deu ouvidos à mentira que soou doce aos seus ouvidos, de que ela e seu marido seriam iguais a Deus. Uma tentativa frustrada de Satanás que o lançou para longe da presença de Deus. E naquele dia a mentira entrou no coração de Adão e Eva e trouxe trágicas consequencias espirituais, conforme atesta a Palavra de Deus:

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. (Romanos 5:12)

E Jesus afirma de maneira bem clara que o diabo, sendo mentiroso é o pai da mentira.

Ele deseja que através da mentira se instale o caos no coração do homem, e seja criada uma ruptura em seu relacionamento com Deus.

A mentira por mais pueril que seja não deixa de ser mentira, com consequencias danosas. E quantas vezes pais acham graças nas mentiras praticadas por seus filhos, e na idade adulta não há mais o que fazer. Tornaram-se mentirosos fluentes.

Que este dia 1º de abril seja um dia de reflexão, notadamente para os que conhecem os preceitos bíblicos, e sabem quem é o pai da mentira.


Que assim seja.

 

Orlando Arraz Maz















































segunda-feira, 28 de março de 2011



A ESCOLA DE DEUS




E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.(Êxodo 3:1,2)


 
Os anos na corte de Faraó trouxeram muito conhecimento a Moises: uma carreira brilhante, honras literárias, e um vasto conhecimento em toda a ciência do Egito.

Mas na Escola de Deus precisava aprender o “alfabeto”. Por mais que fossem importantes as ciências do Egito, não podiam fazê-lo um servo de Deus.

Assim ocorre em nossos dias. Toda cultura humana por melhor que seja não pode fazer um servo de Deus – ela tem a sua utilidade, mas não é suficiente.

As qualidades de um servo só se adquirem “atrás do deserto” (lado ocidental). É um lugar que ninguém gostaria de estar – mas é ali que está a realidade. Não há cores falsas, vãs pretensões. É um lugar bem diferente das salas do Egito.

Atrás do deserto só se ouve a voz divina – sua luz ilumina tudo; os pensamentos de Deus fazem moradas no coração do discípulo.

Você que ser apto para o ministério? Antes tem que se refugiar atrás do Deserto.


Quantos têm naufragado no serviço do Mestre porque saíram sem permanecer no deserto.

Saíram sem ouvir a voz de Deus no meio da sarça.


Que exemplos maravilhosos nos deixaram Moises em Horebe; Elias no ribeiro de Querite; Ezequiel junto ao rio Quebar; Paulo na Arábia e João na Ilha de Patmos.

Entretanto, o maior e o mais sublime exemplo temos em Jesus: 30 anos na casa humilde de José antes de manifestar-se em público. E para cada ano em seu ministério, 10 anos em particular. Que proporção!

Na Escola de Deus tudo é diferente. O servo que entra para o aprendizado deve ter sido pesado na balança do santuário; deve ser medido na sua presença.

Aí dos que saem para este ministério santo e abençoado sem este preparo.

Olhemos e imitemos servos que foram ensinados na Escola de Deus, e sem dúvida nossas vidas serão abençoadas.


sexta-feira, 25 de março de 2011

CLAMOR DE UM NECESSITADO



“Porque ele acode ao necessitado que clama, e também ao aflito e ao desvalido; ele tem piedade do fraco e do necessitado, e salva a alma dos indigentes; redime a sua alma da opressão e da violência, e precioso lhe é o sangue deles” (Salmo 72: 12 a 14)

Este salmo, de acordo com seu cabeçalho, é atribuído ao rei Salomão.


Entretanto, ao lermos o versículo 20, descobrimos que se trata de uma oração do rei Davi.


É bem provável que foi composto antes da entronização de Salomão como rei. Davi já estava bem velho, e por orientação divina sabia que seu filho seria o seu herdeiro no trono. Portanto, é um salmo profético.


Para os judeus daqueles tempos e para os judeus contemporâneos que ainda aguardam o Messias, o salmo fala das belezas de um reinado de justiça e paz como o reinado de Salomão.


Mas para os cristãos, aqueles que já confessam a Jesus como Salvador, este salmo se aplica à pessoa de Cristo, o Messias, aquele que já veio, voltará e reina em nossos corações.


Salomão é uma ilustração da pessoa de Cristo, que acudiu ao necessitado, ao aflito e ao desvalido.


Quer retrato melhor para nossas vidas?


Eu e você éramos necessitados (precisávamos de salvação), éramos aflitos (vivíamos na incerteza da vida eterna e sem paz), e éramos desvalidos - sem valor, desamparados e miseráveis (e o sangue de Cristo nos valorizou, amparou-nos e tornou-nos abençoados).


É maravilhoso saber que temos um Salvador com estas características, que nos deu vida quando estávamos mortos em delitos e em pecados. Que redimiu a nossa alma da opressão e da violência que Satanas exercia sobre nós.


Nossa vida hoje é preciosa para Cristo, pois Ele nos comprou e nos transformou.


Que este salmo fale ao nosso coração de maneira eficaz, relembrando-nos as belezas de Cristo e nos mostrando como será o seu reino.


Um reino de justiça e de paz habitado por aqueles que clamaram e foram ouvidos e socorridos por Ele.

(De meditações diárias nos Salmos -19/01/2002)
Orlando Arraz Maz


























quarta-feira, 23 de março de 2011

O PODER DO EVANGELHO




O tema da carta de Paulo aos Romanos é "O Evangelho de Deus". E com este tema no coração, Paulo inicia uma das cartas mais profundas do Novo Testamento. Ela é diferente de todas as demais, pois trata de verdades fundamentais à fé cristã, originadas na pregação do Evangelho.

O começo de tudo é o Evangelho. Quando a boa semente da Palavra - o Evangelho - é lançada no coração e frutifica, o poder de Deus se manifesta e uma nova vida desponta.

Paulo conhecia muito bem tal processo. A voz de Cristo glorificado ecoou em seus ouvidos e calou fundo em seu coração na estrada de Damasco e, ao levantar-se, era um novo homem. O poder de Deus se instalara em sua vida, e a partir daquele dia Paulo tornou-se um verdadeiro arauto do Senhor Jesus.

Conhecia, finalmente, o poder de Deus revelado no Evangelho. Só o poder de Deus podia implodir aquele coração, reduzi-lo a escombros, e num piscar de olhos, colocar em seu lugar um coração de carne. O milagre do Evangelho!

Até então, Paulo conhecia o poder da religião, das autoridades, da   violência, calúnia, maldade, enfim, o poder das trevas!

Entretanto, na estrada de Damasco, conheceu o poder que vinha do céu e que o transformou em um novo homem.

E ninguém melhor do que Paulo para falar deste Evangelho, que é poder de Deus.

Ao escrever sua carta aos crentes tão distantes, em Roma, muitos dos quais conhecia apenas por seus nomes, deseja escrever-lhes sobre o Evangelho de Deus, contar-lhes porque não se envergonha deste Evangelho, uma vez que nele encontrara a paz para o seu coração.

Enquanto muitos, talvez, se envergonhassem na grande metrópole romana, tão "sábia", tão "atualizada", onde a palavra da cruz era considerada loucura, Paulo queria animá-los contando-lhes sua própria experiência. Não me envergonho do Evangelho, pois tenho motivos para tanto. Querem saber por que? : ele é o poder de Deus para salvação e não há limites nesse poder. Aquele que fez este universo, o sol, a lua, as estrelas, também preparou uma tão grande salvação (Hebreus 2.3).

A obra prima de Deus - a salvação – teve seu planejamento na eternidade e, porque é "poder", desceu dos céus e se concretizou aqui na terra, cumprindo seu propósito de restaurar o homem perdido. E Paulo podia escrever-lhes com bastante conhecimento, pois este poder o restaurou por toda a eternidade.

Paulo, ainda pode contar-lhes que este poder não discrimina as pessoas. Não as seleciona como fazemos com as frutas — boas e ruins -, esse poder atinge "todo aquele que crê", não vê raça, cor, posição social. Vê tão somente um coração carente, empedernido.

Como é confortador saber que há um Evangelho que deseja alcançar toda a raça humana, sem qualquer discriminação. Tanto na sociedade corrupta do primeiro século, onde havia discriminação (escravos e livres), como na sociedade do século 21, onde a discriminação permanece (brancos e negros, ricos e pobres).

O Evangelho anunciado por Paulo é poder. É vida. E dinâmico. Enquanto que outros “evangelhos” são anunciados como verdadeiras mensagens mortas, desprovidas de poder, Paulo declara com entusiasmo que seu Evangelho é do céu, que chama os homens das trevas para a luz, do poder de Satanás para o "reino do Filho de Deus".

E, desta forma, Paulo envia sua carta aos cristãos de Roma com a finalidade de encorajá-los a propagarem esse Evangelho, apresentando a justiça de Deus segundo o princípio da fé.

Diante de tanto empenho da parte de Paulo e de toda a sua coragem em desfraldar a bandeira do Evangelho, resta-nos um exame introspectivo: Como tem sido nossa atuação para com o Evangelho? Temo-lo encarado com certa leviandade, uma vez que já nos apropriamos dele, somos salvos e isto nos basta? Quedamo-nos em nossas igrejas e nos limitamos a anunciá-lo aos perdidos do alto da plataforma?

Muitas vezes o fracasso ronda as mensagens evangelísticas porque falta convicção plena de que o Evangelho é "poder". Outros se escondem e se omitem, como que envergonhados e desanimados.  A mensagem que pregam já sai sem vida!

Que tal nos inspirar nas lições do apóstolo? Transformar nossas mensagens em verdadeiros desafios ao pecador? Falar de Cristo com plena convicção em todos os lugares (não só do púlpito) e sem qualquer constrangimento?

Quando o pecador ouvir a mensagem do Evangelho pregado com intrepidez, com convicção e, sobretudo, com a unção do alto, o poder de Deus para a salvação vai agir eficazmente, tal qual naquele dia agiu no coração de Paulo.

Orlando Arraz Maz






































quinta-feira, 17 de março de 2011

Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”

Salmo 91:3




 
Tenho visto este Salmo estampado em quadros ou folhas avulsas, ou em Bíblias muitas vezes abertas em bibliotecas ou estantes. Muitos apreciam este Salmo apenas como um talismã para dar sorte ou livramento dos perigos, fazendo uso dele de forma absurda.


O diabo também conhece erroneamente este Salmo,  pois o aplicou de forma indevida no monte da tentação.


Como filhos de Deus cada palavra deste Salmo deve ser recebida como uma mensagem de bênção e de alerta para o seu povo, e como uma prova do grandioso amor de Deus.

Hoje quero meditar no versículo três. Há duas figuras interessantes: laço e peste.


A primeira era o terror das aves, a segunda,das pessoas.



O passarinheiro podia ser um hábil caçador, criador ou vendedor de pássaros. Neste texto é um caçador que armava sua armadilha, normalmente feita de bambus, espalhava alimento por perto e ficava à espera da ave.

Na minha infância muitas vezes construí armadilhas, entretanto poucas vezes apanhei pássaros.



Você e eu, como pássaros, somos vítimas das armadilhas que são colocadas perto de nossos pés. Ora são colocadas por pessoas que não desejam nosso bem estar, ou o progresso em nossas atividades, ou pelo inimigo das nossas vidas que não deseja nosso sucesso espiritual.


Na primeira, os danos são materiais, como a perda do trabalho, da promoção; na segunda, é a tristeza do coração.

Quantas vezes o “astuto caçador” preparou sua armadilha, espalhou “alimento” por perto e fomos pegos de surpresa.

A peste era outro temor. Naqueles tempos dizimava tanto pessoas, como o gado e a plantação. Era sinônimo de tragédia e de miséria.


Mas o salmista confiava em Deus. Tinha certeza que estes males não o atingiam, pois seu segredo era estar escondido entre as penas e debaixo das asas do seu Deus. Que lugar abençoado. Que tranquilidade para o coração.


Quando tais males nos apanham é porque confiamos em nossa sabedoria: para as armadilhas, mostramos nossa inteligência, nossas habilidades; para as pestes buscamos remédios “caseiros”.

Tanto você e eu estamos sujeitos às armadilhas e às pestes. E para fugirmos delas, abandonemos os recursos próprios e busquemos o mesmo lugar preferido pelo salmista: o coração de Deus.


Amados por seu Filho, estaremos seguros e lá ouviremos seus conselhos de vida e de saúde espiritual. Só assim seremos livres do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.


Sejamos obedientes.



"De meditações diárias nos Salmos"(12/03/2002)
 
Orlando Arraz Maz