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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A VISÃO QUE PRECISAMOS






Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! "
(Isaías 6:1 a 7)




A visão de Isaías nos leva a uma profunda reflexão, exigindo mudança radical em nossas ações, muitas das quais direcionadas para nosso bem estar e progresso, e distantes da linha traçada por Deus onde devemos andar.

Estamos sempre ocupados e nosso dia é bem pequeno para alcançarmos nossos objetivos. Nosso olhar está voltado para o chão onde pisamos, e facilmente esquecemos que há necessidade de levantarmos nossos olhos, e saber que há um Trono onde Deus deseja mudar e purificar nossas vidas.

Isaías, o profeta evangelístico, se encontrava no templo, e lá teve uma visão magnifica do Senhor Jesus, (Ev.João 12:39-41), onde serafins voavam, provocando uma série de abalos  na sua estrutura. Ficou apavorado e reconheceu que estava perdido, e confessou que era homem de lábios impuros, e que suas raízes estavam plantadas numa cidade da mesma forma, impura.

Como cristãos vivemos numa sociedade totalmente impura, inimiga de Deus, cujos caminhos são caminhos de morte. Muitos são engolidos por seus costumes e práticas pecaminosas, e seus lábios consequentemente se tornam impuros, reprováveis por Deus. E, pior de tudo, muitos se acomodam lotando igrejas e vibram na participação  de seus louvores. Há necessidade urgente de uma transformação.

Isaías teve uma reação positiva da visão dada por Deus, e caiu em si, e reconheceu seu estado pecaminoso: “Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!".

Deus deseja uma reação semelhante em cada vida que foi salva por ele, pois todos tiveram uma visão real e verdadeira da obra realizada na cruz do calvário, que sem dúvida está embaçada pelo pecado que tem tornado os lábios impuros e vidas inúteis.

A brasa viva que é a Palavra de Deus precisa tocar nossos lábios e queimar nosso coração, e só assim Deus vai receber nosso louvor e serviço.

Isaías tão logo foi tocado pela brasa do altar, curvou-se reverente e prontificou-se em servi-lo com toda integridade: Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós? “E eu respondi:  Eis-me aqui. Envia-me!


Que assim seja


Orlando Arraz Maz©



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ERVA QUE MORRE, AMOR QUE PERMANECE





 A vida do homem é semelhante à relva; 
ele floresce como a flor do campo,
que se vai quando sopra o vento 
e nem se sabe mais o lugar que ocupava.
Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno 
está com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos,
com os que guardam a sua aliança e se 
lembram de obedecer aos seus preceitos.Salmo (103:15-17)
                                                                                                                                

Este é um salmo onde as comparações saltam aos nossos olhos. De um lado apresenta a fragilidade do homem, e de outro a grandiosidade do amor de Deus.

Estes belos versículos nos transportam para um lindo parque repleto de árvores verdejantes, com uma fonte de água cristalina, e um gramado macio. Enfim, um pequeno Éden que nos leva à reflexão.

Nossos dias são como uma erva que por si só é deveras frágil que nasce pela manhã, depois floresce e à tarde murcha e morre. Perde todo vigor, e se alguém pisá-la inadvertidamente, antecipa a sua morte. Somos frágeis como a erva e um simples vento lá se vai.

Mas o amor de Deus é grande. E o salmista usa uma medida fácil de ser entendida e difícil de ser explicada: é de eternidade à eternidade.  Não há um dia determinado em que nasceu, pois sempre existiu e nunca morrerá.

Não sofre as intempéries do tempo e não se abala frente à força do vento. Seu amor é imutável. “Sim o amor de Deus é grande nem nele há variação...”.

Este amor é para aqueles que o temem e a melhor forma de temer a Deus é obedecê-lo e crer em seu Amado Filho como Salvador, pois ele é a expressão do amor do Pai, que o entregou como prova do seu amor por nós, para ser amado por nós.

Este amor imensurável nos acolhe em seus braços, e se estende aos “filhos dos filhos”. Podemos confiar sem reservas, pois nossos filhos e netos são amados e guardados por Deus neste mundo tão perverso. E assim sentimos que a sua misericórdia dura para sempre, em total contraste com a erva que mal dura um dia.

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”. (Romanos 5:8)

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

LIBERDADE VERDADEIRA

A escravidão deixou marcas profundas e tristes nas vidas dos que já se foram, e a historia está repleta de informações desoladoras.

Basta uma leitura do clássico Navio Negreiro de Castro Alves, para termos uma vaga noção do que foi a escravidão no Brasil.

O povo judeu sofreu as agruras da escravidão nos fornos de tijolos nas terras egípcias. Soube, portanto, o que era padecer por mais de 400 anos.

Mais tarde aprenderam que não poderiam escravizar seus irmãos por mais de sete anos, devendo dar-lhes liberdade plena no sétimo ano. Era o chamado ano da libertação.

Hoje, felizmente a  escravidão não mais existe não somente em Israel, mas em grande parte do mundo; os povos são verdadeiramente livres.

Entretanto, há uma escravidão que não é física, e seus males ultrapassam os danos corporais. Exatamente dessa escravidão Jesus veio trazer libertação:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"

Na Escritura sete é o número da plenitude ou perfeição. Assim como o judeu encontrava libertação ( no sétimo ano), na plenitude do tempo Deus enviou seu Filho, e por meio dele proclamou a remissão dos pecados não apenas para os judeus, mas para todos os homens (Com.Bibl.Pop. W.MacDonald).

A morte do Senhor Jesus na cruz do calvário trouxe plena libertação da escravidão imposta pelo pecado. Satanás saiu derrotado e perdeu totalmente a posse de sua vítima que buscou libertação nos braços de Jesus.

Hoje há muitos libertos, salvos por  Jesus, livres das penas do pecado e da condenação eterna, que podem cantar com vozes triunfantes:

"Eu pobre escravo fui, mas Tu, Senhor Jesus, do jugo que senti, livras-te-me na cruz.
E preso pelo teu amor, agora sirvo a ti Senhor"(HC 205)

Louvado seja o Salvador Jesus que na Cruz proclamou nossa libertação.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

ESPERTALHÕES DA FÉ






Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, (2 Timóteo 3:1,2)


Gostaria de ressaltar a expressão usada pelo apóstolo Paulo nestes dois versículos:

“Amantes de si mesmos” e “avarentos” ou “amantes do dinheiro”, para considerar o que se passa ante nossos olhos, na conduta de muitos “pregadores” que se intitulam apóstolos ou bispos, diante de câmeras de televisão, expulsando demônios com a exibição de cenas deveras chocantes, e, ainda, aqueles que pedem aos que foram “curados” que demonstrem sua cura total, deixando muletas, óculos e outros acessórios de lado. A demonstração de um poder que jamais existiu leva os ouvintes ao delírio numa gritaria total.

Em meio a toda esta demonstração, tais “pregadores”, verdadeiros espertalhões, se aproveitam da boa fé de seus espectadores, e vendem “óleo ungido”, “lenços com suor do rosto”, e diversos objetos carregados de “poder”. Ainda há os que “vendem” promessas de uma vida rica e próspera, estipulando altos valores. E os incautos compradores são enganados.

Tais pessoas são as mesmas descritas pelo apóstolo Paulo em sua segunda carta ao seu filho na fé, Timoteo. Externamente são religiosas, professam ser cristãs, porém suas ações falam mais que suas próprias palavras, e demonstram uma mentira em suas vidas. Enganam e são enganadas pelo diabo.

O verdadeiro cristão deve apartar-se de tais falsos “pregadores”, assim como Timoteo em seus dias. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.(II Tim.3:5). Devemos combatê-los sempre, e procurar apresentar o verdadeiro evangelho que transforma vidas, e que nos aponta para riquezas celestiais que só são encontradas em Cristo. 

Vamos proclamar bem alto aquele que se fez pobre por amor de nós, e que nunca prometeu riquezas para esta vida: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”. (2ª Coríntios 8:9) “Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo”.(2ª Coríntios 6:10).

Que o Espírito Santo ilumine os corações das pessoas que estão sendo enganadas, levando-as a refletir na pureza do Evangelho, e sem perda de tempo correr ao pé da cruz de Cristo, confessar e se arrepender dos seus pecados. Que alcancem a vida eterna e descansem no poder de Jesus, e deixem de procurar bens e riquezas que são efêmeros, passageiros.

A nova vida que Cristo oferece atravessa a eternidade, e, portanto, vale a pena.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©





sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

DESANIMADOS, JAMAIS

Salmos 13

Um dia abençoado é aquele que começa com uma leitura bíblica e oração, e assim, estamos prontos para enfrentar mais um dia.


Entretanto, muitas vezes parece-nos que há algo fora de sintonia, pois sentimos nosso coração pesado.  Logo nos esquecemos da meditação frente às nossas ocupações, trabalho, família, igreja, saúde, projetos pessoais, e tudo acumulado contribui para tirar nossa comunhão com Deus. E logo nos sentimos bem pra baixo.


O salmista passava por um período idêntico em sua vida. Ele começa o seu salmo com um lamento:


“Até quando te esquecerás de mim? Para sempre”?


A pressão era bem forte. Sente na sua alma a solidão, pois pensa que Deus se esquecera dele; sente vergonha diante das pessoas que supõem que Deus não cuida dele; desespero, porque ele é deixado só, com seus próprios recursos; injustiça, porque seus inimigos ganham vantagem sobre ele. Podemos concluir, assim: que homem mais triste.



Será que não ganhamos do salmista em pessimismo? Sem dúvida. E como seguimos nosso caminho? Como terminamos o dia que começou com oração?


Por que ficar pra baixo o tempo todo, pois temos recursos suficientes que nos permitem levantar a cabeça, escapar dos temores e das frustrações?                                                     


O salmista não fica derrotado envolvido em seus pensamentos. Do caos ele se levanta; da agitação da sua alma ele busca a tranquilidade em Deus, e encerra o seu salmo com uma nota de confiança:


“Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação o meu coração se alegra. Cantarei ao Senhor porquanto me tem feito muito bem”.


Ficar pra baixo não é pecado, mas é perigoso; e não devemos transformar este estado de alma para o resto do dia e contagiar aqueles que nos são caros. Portanto, devemos agir como o salmista.


Basta pensarmos assim: “Somos nascidos de novo e nos tornamos filhos de Deus, e Ele tem feito grandes coisas à nossa vida: deu-nos um Salvador precioso que morreu por nós, demonstrando a sua benignidade; restaurou a paz que o pecado nos roubou e nos cobre com uma multidão de bênçãos espirituais”.

E logo Deus colocará o cântico do salmista em nossa boca.

“Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação meu coração se alegra. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem”.

Que assim seja   

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O APÓSTOLO PAULO NA ESTAÇÃO SÉ





“Todos os atenienses e estrangeiros
que ali viviam não cuidavam de outra coisa
senão falar ou ouvir as últimas novidades”.(Atos 17:21)


O relato dos Atos dos Apóstolos narra a visita do apóstolo Paulo à Atenas. Não sei se esta foi a primeira vez, ou se já a teria visitado. Seja como for, ficou deveras impressionado com o que viu: uma cidade mergulhada na idolatria, e um povo sedento pelas últimas novidades, especialmente na área da religião e da filosofia. Por toda a parte via somente grupos de homens discutindo as ideias mais recentes que chegavam das grandes cidades, como Roma e Corinto. E Paulo ficou bastante impressionado.

Ao meditar neste texto das Sagradas Escrituras, dei vazão à imaginação, dando de cara com o Apóstolo Paulo na estação Sé do Metrô. Lá estava ele rodeado por um pequeno grupo de pessoas. Aproximei-me, cheguei bem perto dele e externei minha agradável surpresa em conhecê-lo. E logo tasquei uma pergunta: “O que o senhor achou do povo de nossa cidade?” E gentilmente começou a responder:

“Agora estou no metrô e vejo pessoas com fones nos ouvidos, outras escrevendo mensagens, completamente alheias ao que se passa à sua volta; pelas praças e avenidas as pessoas atravessam ruas movimentadas, umas falando, outras digitando mensagens, tirando “selfs”, arriscando suas vidas. Outro dia visitei uma igreja e notei que as pessoas se ocupavam com seus celulares, e percebi que muitas pessoas se comunicavam entre si, outros acessavam o facebook, totalmente alheias à mensagem pregada. Após o culto fui convidado por uma família para lanchar em sua casa, um casal bastante simpático. Assim que o lanche foi servido, os quatro filhos do casal, cada um com o seu celular, passaram a mexer ávidos por mensagens e fotos”.

Nesta altura, o grupo de pessoas no metrô aumentou consideravelmente, e todos queriam ouvi-lo. E ele continuou sua resposta: “Sabem de uma coisa, quando pisei nesta cidade, lembrei-me de Atenas. Lá era a idolatria que dominava a cidade, e aqui são os celulares. Na verdade eles têm sua utilidade e atestam os avanços da tecnologia, mas têm sido a fonte de muitas distrações, não somente no trânsito, mas dentro das igrejas, quando o correto seria desligá-los totalmente. Muitas pessoas estão deixando de lado a voz de Deus querendo salvá-las, e esta distração certamente, irá leva-las à perdição eterna”.

Quando o ilustre pregador se retirou, fiquei imaginando na seriedade da mensagem, e constatei que muitos estão vivendo como os atenienses do passado, querendo novidades na tecnologia, e recusando às boas novas do Evangelho. Gastam seu tempo nesta e em muitas outras novidades, e o deus que trazem no coração não pode transformá-los em novas criaturas. Precisam descobrir o Deus de amor que deseja a salvação de todos, pois não quer que ninguém se perca, mas "sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (I Tim.2:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©


sábado, 9 de janeiro de 2016

ENFRENTANDO O ANO NOVO



“Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim?
Dize aos filhos de Israel que marchem.
E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar,
e fende-o, para que os filhos de Israel passem
pelo meio do mar em seco”.(Êxodo 14:14-16)
 

Nestes primeiros dias do ano ainda respiramos ares de festa e de muita alegria. As mensagens recebidas de amigos e familiares têm trazido ânimo, e indicaram o grau de nossa amizade. 

Entretanto, a imagem do desconhecido permanece latente em cada um de nós, e muitas perguntas para as quais não temos respostas vêm à mente, como: será que chegarei ao final do ano, aquele projeto que arquitetei será concluído, todas as pessoas que amo estarão vivas?  E assim, uma infinidade de questionamentos. 

Quase todos os dias do ano iniciante estão diante de nós.  Vivemos como os israelitas recém-resgatados do Egito, os quais desconheciam os planos de Deus. Apenas veem as águas profundas e geladas e nenhuma perspectiva de vida. O desespero é o que resta em cada coração e a morte se apresenta como uma saída.

Mas a ordem para o povo é marchar, e para Moisés é fazer uso da vara de Deus. Confiar mais uma vez, pois a promessa dada por Deus é que faria maravilhas no meio deles:

"Então disse: Eis que eu faço uma aliança; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem em nação alguma" (Êxodo 34:10)

Sem dúvida as apreensões são normais quanto ao futuro, e sendo assim, devemos fixar nosso  olhar para Deus que deseja nos conduzir em segurança pelo mar bravio dos dias deste ano, realizando  perfeitas maravilhas na nossa vida. Os israelitas atravessaram o mar como em terra seca: “Mas os israelitas atravessaram o mar pisando em terra seca, tendo uma parede de água à direita e outra à esquerda”. (Êxodo 14:29).Depois desta retumbante vitória, uma vez acampados do outro lado do mar, cantaram um hino a Deus, expressando toda a alegria dos seus corações:  

“O Senhor é a minha força, e o meu cântico; ele se tem tornado a minha salvação; é ele o meu Deus, portanto o louvarei; é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei”. (Êxodo 15:2)

Confiemos em Deus frente ao desconhecido, e não permitamos que o medo cresça dentro de nós e cegue os nossos olhos para não vermos as suas maravilhas.

Mesmo que as adversidades venham, que as lágrimas aflorem nossos olhos, o mar que Deus abriu jamais se fechará sobre nós, pois seu amor dura para sempre, e como refúgio seguro é infalível:  

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.  Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza”.(Salmos 46:1-3).

Então, 2016 sem medo.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©




 
 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

TRAVESSIA SEM MEDO




CÂNTICO DO PEREGRINO

 Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?
O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.
Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,
sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!
O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita.
De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.
O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.
O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.
(Salmo 121)
 


 Este lindo salmo retrata o viajante que vem de longe com destino ao templo de Jerusalém, que ficava no alto de um monte cercado por montanhas. O cansaço da viagem era esquecido, pela alegria em saber que a presença de Deus era real naquele lugar. Deus sempre desejou caminhar entre o seu povo, ora iluminando o caminho, ora guardando de todo o mal.

Esta era a experiência do salmista: chegar salvo ao seu destino: “O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”.

Eu e você somos viajantes por este mundo. Ao longo do caminho de nossa vida, Deus se faz presente em todos os momentos, inclusive naqueles mais sombrios, mesmo que não venhamos a admitir. O nosso protetor não dorme nem cochila.

Como temos chegado até aqui? Com passos lentos de desânimo, trôpegos de incertezas, vacilantes de medos, ou firmes, confiantes? Uma coisa é certa: os passos do Senhor são passos do guerreiro que vence as batalhas, que não desiste, e que com ele nos leva em segurança até o final.


Que ao passarmos pela porta do novo ano, estejamos certos de que Deus cuida de todos e que vai à nossa frente como “guarda de nossas vidas”. E para aqueles que são seus filhos, faz todas as coisas cooperarem “para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rom.8:28).

Ele vai à nossa frente! Que esta seja a sua inabalável confiança.

Feliz ano novo.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

NATAL VERDADEIRO








Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo.
Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria,
 que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi,
lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.
Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto
em panos e deitado numa manjedoura". Lucas 2:10-12



Um dos maiores e espetaculares acontecimentos já registrados na história da humanidade foi o nascimento do Senhor Jesus.

O evangelista Lucas, inspirado pelo Espírito Santo, como um artista usou as mais variadas tintas para descrever a cena do nascimento de Jesus. Desejou profundamente que seu “excelentíssimo” amigo Teófilo fosse inteirado das coisas que lhe foram ensinadas, e para tanto, empreendeu a mais profunda investigação.

Lucas destaca a participação angelical com as notícias do nascimento de Jesus. Os anjos são seres celestiais criados por Deus e servem como ministros para as mais diversas situações. Muitas vezes foram usados por Deus para executar suas ordens, e de maneira particular estiveram presentes durante a vida do Senhor Jesus neste mundo. Nesta oportunidade não vieram para executar os juízos de Deus, mas para dar conhecimento de sua graça salvadora aos homens a quem ele quer bem.

Naquela noite majestosa os anjos deram um duplo sinal aos pastores: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Parece-nos à primeira vista que é um sinal óbvio, pois todas as crianças recém-nascidas são envolvidas em panos ou fraldas. Mas não. O que os pastores encontraram foi um bebê diferente de todos os demais: era o Menino Deus envolvido em panos, o Senhor, e este era um sinal maravilhoso. Outra pista extraordinária dada pelos anjos: “deitado numa manjedoura”, um estábulo onde os animais comiam. Um lugar incomum para bebês, e muito mais para “o Salvador que é Cristo, o Senhor”.

A encarnação do Filho foi o maior milagre de Deus em favor de toda a  raça humana. Os portais da eternidade se abriram, e de lá desceu o “Salvador, que é Cristo o Senhor”. Ele deixou sua morada na eternidade, cuja descrição foi maravilhosamente detalhada nas palavras do Apóstolo Paulo:

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. (Filipenses 2:5-11)

Que este Natal possa tocar nosso coração, produzir uma alegria verdadeira, não efêmera, e nos levar a uma adoração ao Senhor Jesus, que deseja nascer em cada coração, não mais como nasceu em Belém, mas como Rei e Salvador de nossas vidas.

Só assim teremos um Feliz Natal.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©





sábado, 19 de dezembro de 2015

O CAMINHO DE GÊNESIS À LUCAS DOIS




“Disse então Maria:  A minha alma engrandece ao Senhor,
e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lucas 1: 46,47)

Em Gênesis três encontramos um dos diálogos mais impactantes relatados na Bíblia: Deus, a serpente, Adão e Eva.
Após a transgressão cada um foi questionado por Deus. A serpente teve sua punição e foi ”amaldiçoada“:
Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. (3:14)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

MÉDICO E ENFERMEIRO - ESSE É O NOSSO SALVADOR








Todas as vezes que medito na palavra de Deus, mais me alegro em confiar num Deus tão gracioso. Enquanto há os que desprezam suas palavras e apresentam suas teses sem quaisquer fundamentos, há os que bebem suas palavras e são dirigidos por elas.

Neste salmo Deus é médico e um terno enfermeiro. Ele cura os quebrantados e cuida de suas feridas. Ao mesmo tempo em que determina o número de estrelas, conhecendo-as por seus nomes, conhece todas as minhas dificuldades. Nada escapa ao seu entendimento que é impossível de ser medido.

Na parábola do bom samaritano Jesus é o modelo exemplar do médico e enfermeiro. Enquanto todos os demais passam de largo sem notarem a presença do homem assaltado, ferido e bem machucado, o bom samaritano é movido de compaixão, e o socorre prontamente. “Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele”.(Lucas 10:33,34)

Aquele que criou os luminares e embelezou os céus com as estrelas que ele mesmo criou,(Gên.1:16),  assim como “todas as coisas  foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”(João 1: 3), cuida de seres humanos prostrados à beira do caminho. Foi assim que o Pai nos viu lá da eternidade, e no devido tempo enviou seu Unigênito filho, que morreu em uma cruz, e pelas suas pisaduras, curou a cada um de nós.

Assim como o salmista, eu e você temos muitos motivos para exclamar do fundo do coração: “Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento”. Jesus merece ser louvado com as palavras deste lindo cântico: “O bom pastor buscou-me bem longe do redil, e com ternura achou-me caído, triste, vil. As chagas com amor pensou e ao lar nos braços me levou”.(HC 341).

Que Salvador maravilhoso! Aquele que conta as estrelas e as conhece por seus nomes, desceu dos céus, se fez homem, e nos socorreu dos ataques do salteador dos nossos corações, pensou nossas feridas, nos aconchegou em seus braços, e um dia certamente virá nos buscar. Bendito seja nosso Salvador – Médico e Enfermeiro.

A Ele nossa eterna gratidão.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©



sábado, 5 de dezembro de 2015

QUAL O TAMANHO DO SEU PASSO?


  

 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo,
e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças,
até que eu chegue ao meu senhor em Seir".(Gênesis 33:14)

Quem diria Jacó andando no passo dos rebanhos e das crianças!  

Desde que saíra de casa há vinte longos anos, sua vida fora bastante agitada. Trabalhara arduamente para seu sogro durante quatorze anos em troca de suas duas mulheres, e mais seis anos cuidando do rebanho. Agora é um homem envelhecido, experiente, com uma família numerosa e uma grande riqueza.

Apesar de suas conquistas era um homem cuja consciência o perturbava noite e dia, pois o engano praticado contra o seu irmão o perseguia constantemente. Agora, a caminho de uma reconciliação, lá estava ele tentando aplacar sua ira com a dádiva de rebanhos.

Como muitos de nós somos parecidos com Jacó!  

Envolvemos-nos  profundamente em nossas ocupações, trabalhamos arduamente, frequentamos cursos de aperfeiçoamentos, e o mês se torna pequenino para tanta atividade. E no meio de toda essa correria, deixamos para trás deveres superiores, relacionamentos quebrados, amizades desfeitas que precisam ser consertadas, perdão que precisamos liberar, e dar assim o alívio necessário para nossa consciência. E qual a solução? Diminuir a velocidade de nossos passos, buscar a reconciliação e dar o abraço restaurador.

Jacó levou muito tempo carregando suas culpas, pelo menos longos vinte anos, mas conseguiu o abraço de seu irmão, cujo relato ainda hoje nos emociona:

“Mas Jacó insistiu: Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!” (Gen. 33:10).

Não precisamos levar tanto tempo como levou Jacó. Hoje mesmo devemos buscar a amizade que ficou distante, consertar ou apagar as palavras usadas que magoaram, e seguir em paz com o nosso coração.

Ao findar sua viagem Jacó edificou um altar e o chamou: “El Elohe Israel” O Deus de Israel, seu novo nome.

Quando eu e você andarmos “no passo das crianças”, consertarmos todas as diferenças, aliviados, podemos imitar Jacó, edificando um altar de adoração em nosso coração declarando que Deus é o nosso Deus. 

Que assim seja

Orlando Arraz Maz© 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

FILHOS - PÁGINAS DE UM LIVRO




Nossos filhos são como livros que não foram concluídos. Escrevemos o prólogo com letras caprichadas e informamos com detalhes como eles vieram  ao mundo. A obra é concluída quando eles partem antes de nós, mas na maioria das vezes é inacabada, pois partiremos antes deles.

Como os livros onde os manuscritos são lidos várias vezes e em seguida cortamos aqui ou acolá, o mesmo não se dá com a página que escrevemos sobre nossos filhos. Não há retoques a fazer, pois elas expressam o que nosso coração sente, e devem dizer exatamente, sem floreios, o que eles são.

Na medida em que escrevemos partilhamos nossos escritos com as pessoas que amamos, e que tem paciência em ler, reler e opinar muitas vezes, e assim melhorarmos o texto. Os manuscritos sobre nossos filhos muitas vezes são compartilhados com pessoas muito próximas, mas não para serem corrigidos ou melhorados, mas para que nosso coração se tranquilize em ouvir suas ponderações, compreenda suas lágrimas ou se regozije pelo que leram.

Não desanimemos em redigir todos os dias os manuscritos, mesmo naqueles dias de sombras, ou mesmo quando nossas mãos tremerem ao escrevê-los. 

Entretanto, a melhor transcrição que podemos fazer no livro de suas vidas é relatar com detalhes sua experiência com Deus, seu dia a dia com Jesus e o amor que nutrem por ele. Sem dúvida estas páginas superam as páginas tristes, alegram o coração de Deus e de todos os que desejam compartilhar tais manuscritos.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

OH! QUANTO ELE ME AMOU



  Nós amamos porque ele nos amou primeiro.

1ª João 4:9






Oh ! Quanto Ele me amou

Da casa do Pai distante a vagar,
Minha alma sem paz um dia se achou,
E Cristo buscou-me com graça sem par
Por isso só eu sei o quanto me amou.

No fundo do poço à beira da morte,
Meu triste pecado ali me deixou,
De pronto mudou meu mal, minha sorte ,
Por isso só eu sei o quanto me amou

Com mão poderosa me leva seguro,
Não temo perigo, pois é meu futuro,
Não tenho mais medo, com ele eu vou.

É meu Salvador, é meu companheiro,
Por mim morreu no rude madeiro,
E tudo foi porque ele me amou.

     Orlando Arraz Maz©