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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A TI, SENHOR

                         

A TI,  SENHOR


Se eu tivesse todas as flores da terra
Para adornar e agradar a minha vida,
E o canto de muitas aves
Em melodias suaves,
E não conhecesse a Tí, Senhor,
Como meu Mestre e Salvador,
De nada me serviria.

Se eu tivesse um reino e fosse poderosa,
Se até anjos eu tivesse às minhas ordens,
Se fosse minha a grandeza,
Do sol, da luz, a beleza,
E não conhecesse a Tí, Senhor,
Como o meu Amigo melhor,
Pobre, mui pobre eu seria.

Se eu possuísse aqui a eterna juventude
E aclamada fosse a bela entre as mais belas,
A melhor entre as bondosas,
A mais sábia das venturosas,
E não conhecesse a Tí, Senhor,
Como o meu grande Redentor,
Muito infeliz eu seria.

Mas se eu nada possuísse aqui na terra,
Nada, sim, senão a cruz de cada dia;
Se os espinhos me ferissem,
E todos me repelissem;
Porém, Senhor, se em Tí vivendo
E a Tí muito conhecendo,
A mais feliz eu seria.

Pois flores murcham e caem por terra,
A beleza se apaga e a riqueza acaba,
Os pássaros emudecem,
Os reinos todos perecem,
Tudo no mundo desvanece.
Só Tu és eterno meu Rei
E em Ti eu eterno serei!

Maria Luíza de Araujo.
Maio, 1961


sábado, 11 de fevereiro de 2017

SAQUEADORES






Nestes últimos dias cenas de saques em muitos estabelecimentos comerciais têm assustado, de forma assombrosa, muitas pessoas que as  assistiram. Dentre elas, pessoas que nunca se envolveram em tais atitudes ilícitas, mas que se aproveitaram da situação de forma vergonhosa. Interessante notar que muitas delas devolveram as mercadorias às autoridades, tentando reparar o ilícito, para escapar, assim, das garras da justiça. Um engano terrível, pois apesar da devolução, o crime persiste de forma atenuada.

Diante de tal situação, fui levado à pensar no perdão de Deus concedido através de Jesus Cristo, ao homem e a mulher que pecaram e foram destituídos de sua glória, como nos fala as Sagradas Escrituras:  pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rom.3:23). O perdão de Deus apaga para sempre o nosso pecado, e para que possamos entender melhor, Deus afirma que “não se lembra mais...” (Isaias 43:25) , ou como se eles fossem uma nuvem, seriam varridos para longe ou desaparecem como a neblina da manhã (Isaias 44:22).

Portanto, para os saqueadores que tantos prejuízos causaram, a lei se torna implacável com vistas à sua punição, mas a lei de Deus, quando se trata de pecados, levou ao Senhor Jesus pagá-los em nosso lugar na cruz: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”. (Isaías 53:5)

Então, há esperança para todos, inclusive para os saqueadores, desde que confessem os seus pecados ao Senhor Jesus, se arrependam e não voltem mais a praticá-los:Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.1 João 1:8,9

A justiça lança o nome dos condenados no “rol dos culpados”, Deus  lança os nossos pecados nas profundezas do mar e os esquece para sempre!

Só a misericórdia de Deus revelada na bendita pessoa de Jesus Cristo!


Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

CRISTO,ESPERANÇA NO CAOS




Em Gênesis 3 encontramos um dos diálogos mais impactantes, travado entre Deus, a serpente, Adão e Eva.

Após a transgressão cada um foi questionado por Deus.

A serpente teve sua punição e foi ”amaldiçoada“:

Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. (3:14)

A mulher também foi punida por Deus:

À mulher, Ele declarou: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará".
E ao homem disse:

Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.(3:16,17)

O homem teve sua punição e por causa do seu pecado a terra se tornou maldita.

O que chama minha atenção é que tanto a serpente como a terra recebeu a maldição da parte de Deus, mas a mulher, não.

A mulher não recebeu maldição, pois sua descendência não podia ser maldita, pois uma mulher no futuro daria a luz a um filho que seria o Salvador do mundo, e que viria para esmagar a cabeça da serpente, o que Jesus fez na cruz.

Maria, a mãe do Salvador, foi bem aventurada, e através dela todos os que recebem a Cristo como Salvador, também são bem aventurados.
                              
Entretanto, ela jamais poderá ser mediadora entre Deus e os homens, conforme está escrito em I Tim. 2:5:

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”, pois foi seu filho quem morreu na cruz, e se tornou Salvador do mundo, inclusive de Maria, pois no seu “magnificat”, assim ela se expressa:

“Disse então Maria:  A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lucas 1: 46,47)

Maria foi bem aventurada, mas seu amado Filho tornou-se maldito pelo nosso pecado,

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:13).

A bênção nos alcançou pela obra bendita e vencedora da cruz, a serpente e a terra foram amaldiçoados, e Deus nos dá uma rica e doce promessa:

“Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos”. (Apoc. 22:3,4,5)

Quem não deseja um lugar como esse, sem maldição, onde  veremos a face de nosso Salvador, que nos trouxe a bem aventurança da salvação, no instante em que crermos em sua morte substitutiva na cruz. Basta confessá-lo de coração e exclamar como Maria:

”A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O CÉU QUE CONTEMPLAMOS UM DIA FOI ESCURO!



 Quando olhamos para o firmamento num dia bem iluminado pelo sol, ficamos maravilhados com sua beleza, seu azul profundo e sua extensão. E a noite, um céu cravejado de estrelas, com uma bela lua iluminando o   espaço. Somente o poder de Deus para realizar obra tão majestosa.

Agora, imaginem se Deus abrisse o céu, e permitisse que víssemos além do firmamento! Anjos circulando de um lado para o outro, ruas asfaltadas de ouro e brilhantes, pessoas cantando em grandiosos corais e Jesus caminhando acompanhado de grande multidão! Claro que não passa de uma impossível hipótese, pois como mortais, com uma natureza pecaminosa, não podemos desfrutar tais maravilhas. Entretanto, com um corpo de glória preparado por Deus na ressurreição dos salvos, tudo isso e muito mais será permitido desfrutarmos extasiados.
Ao lermos as Sagradas Escrituras descobrimos que várias vezes o céu foi aberto, e Deus se manifestou para demonstrar sua aprovação ao Filho:
Na noite quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus:
“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” ( Lucas 2:13,14)
No dia do seu batismo:
Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado" (Mat.3:16-17)
No monte da transfiguração com três dos seus discípulos:
Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!" (Mat.17:5
Certa ocasião em Jerusalém, quando alguns gregos desejavam conhecê-lo:
“Pai, glorifica o teu nome! Então veio uma voz do céu: “Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente”. (João 12:28)
Às vésperas de sua morte na cruz, no jardim, um anjo desceu para confortá-lo:
Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia”.(Lucas 22:43)
No dia de sua ressurreição dois anjos apareceram a Maria para animá-la e anunciar a gloriosa ressurreição:
Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que você está chorando?” Levaram embora o meu Senhor", respondeu ela, "e não sei onde o puseram"(João 20:11-13)
Tais manifestações do poder de Deus em abrir os céus, revelam seu desejo em dar aos homens ciência de seus atos em prol da salvação de suas almas, sem deixar margem de dúvidas de que seu amado filho foi enviado por Ele.
As belezas de um céu aberto que nos inundam de alegria e paz, entretanto, não ocorreram na morte de Jesus quando ele sofria. Não houve anjos sobrevoando a cruz, ora confortando, ora enxugando seu rosto, mas o que vimos foi um céu enegrecido e total abandono, levando-O a exclamar:
Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46). Um hino expressa bem essa angústia de Jesus:
“A Sua vara Deus alçou E castigou-Te, enfim. Teu Deus a Ti desamparou Para amparar-me a mim. Verteste, então, como expiação, Teu sangue carmesim”.
(HC 506)
Que o nosso amor ao Senhor Jesus aumente mais e mais em nosso coração, pois Ele sofreu o abandono sem merecer, uma vez que não conheceu pecado, mas se fez pecado por mim e por você. Deus o abandonou na cruz porque via Nele os nossos pecados. Assim escreve o profeta:
“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.”(Isaias 53:5)
O céu que foi fechado para Jesus felizmente está aberto. Deus o abriu no dia de sua ascensão para recebê-lo, onde foi preparar moradas junto ao Pai.  Se hoje não podemos olhar as belezas do céu, por certo podemos gozá-las agora para desfrutá-las um dia, desde que cremos em Jesus como nosso Salvador e Senhor.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O ADVOGADO DE JÓ

                        

“Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos 

céus;nas alturas está o meu advogado.

O meu intercessor é meu amigo,

quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos;

ele defende a causa do homem perante Deus, como quem 

defende a causa do amigo.”

(Jó 16:19-21)


 Quem não deseja um advogado competente, sobretudo com bons conhecimentos jurídicos? Jó, o velho patriarca, pode nos ajudar neste sentido, pois diante de seus “amigos”, verdadeiros acusadores, apresenta-lhes um advogado que, além de competente, se interessava por ele. Eis suas credenciais:

a) local onde atende: nas alturas, nos céus;
b) ele é um amigo e um intercessor;
c) ele compreende as muitas lágrimas;
d) defende ações como a um amigo;

Apesar de tanto sofrimento, reduzido não somente à miséria financeira, como à precária saúde, sua esperança ainda era forte e sua confiança em Deus era inabalável. Apesar de suas queixas contra Deus, sem compreender as causas de  tamanha dor, e ainda, incitado por sua mulher a amaldiçoar Deus, Jó guardava e alimentava dentro do seu coração  total esperança.

Quantas vezes nos encontramos perdidos em meio ao sofrimento, à tristeza, à dor pela doença ou pela morte de alguém que amamos, e de repente avistamos uma pequena luz para nos iluminar, e nela depositamos nossa esperança. Foi assim com Jó. A luz que ele pode ver através de seus olhos sem nenhum brilho foi um advogado para defendê-lo.

Esta bendita luz que avistamos nada mais é que nosso Advogado, o Senhor Jesus, o mesmo que socorreu a Jó em suas necessidades e devolveu-lhe  saúde e paz. Ele está nos céus e é nosso amigo, compreende nossas lágrimas e deseja nos defender. Assim, somos apresentados a Ele por João, seu apóstolo: 

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. 

Ele está pronto para restaurar aquilo que satanás roubou, libertar-nos de suas acusações, e enxugar de nossos olhos toda a lágrima.

Bendito seja este nosso Advogado, pois “Ele é o mesmo ontem (nos tempos de Jó), hoje e eternamente” (Hebreus 13:8).


"Redentor onipotente,
Poderoso Salvador,
Advogado onisciente
É Jesus meu bom Senhor".


Quem assim seja.

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

COMO VAI SUA LÍNGUA?



“Vejam como um grande bosque
é incendiado por uma simples fagulha”. (Tiago 3:5)

A língua é descrita na carta de Tiago como um órgão pequeno que está oculto na boca, com capacidade para fazer coisas boas e más. E esta é uma verdade incontestável, assim como toda a revelação de Deus. Em suas instruções, Tiago usa quatro figuras de linguagem: freio, leme, fogo, fera selvagem. Destas, o fogo é bem conhecido de todos pelos estragos e destruição que causa. E Tiago afirma: “Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha”

Lamentavelmente a língua tem produzido mais estragos do que benefícios entre as pessoas. Ela é causadora de calúnias, maledicências, fofocas, e atinge pessoas que são impedidas de se defenderem, uma vez que no momento estão ausentes.

No livro de Provérbios há muitas lições sobre o uso da língua, e em todas Deus manifesta sua reprovação. Vejamos:

“Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos. (Provérbios 6:16-19).

Por sua vez o apóstolo Paulo dá instruções a Timoteo em sua primeira carta, referindo-se às mulheres idosas, o que não exclui todas as mulheres e homens: “Além disso, aprendem a ficar ociosas, andando de casa em casa; e não se tornam apenas ociosas, mas também fofoqueiras e indiscretas, falando coisas que não devem. (1 Timóteo 5:13 )

Diante de tantas instruções, melhor seria usarmos nossa língua para falar coisas agradáveis e verdadeiras, e fugirmos da tentação em proferir um julgamento antecipado sobre a vida das pessoas. 

O sábio Salomão ao escrever seus provérbios, ensina: “Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento”. (Provérbios 21:23). Uma pequena palavra censurando alguém pode transformar-se numa fagulha, e incendiar uma boa reputação.

Que o Senhor nos ajude a controlar nossa língua.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

PARABÉNS ESTHER !






Hoje é um dia de muita alegria, pois há 18 anos recebemos o melhor presente das mãos de nosso Deus – o Deus das maravilhas – nossa neta Esther .

Ela é uma graça. Além de ser muito bonita, calma, estudante aplicada, traz enraizada no seu coração uma fé nascida pelo testemunho de seus avós Orlando, Fátima e Rute, e de seus pais Washington e Méleri. Um dia desceu às águas do batismo e fez sua confissão pública de honrar e servir a Jesus Cristo, como seu eterno Salvador.

Que este dia seja mais um marco em sua vida, e que Jesus seja entronizado no seu coração, tendo sempre o primeiro lugar. Que a alegria de Cristo se renove sempre em sua vida, contagiando todos à sua volta.

Por último, desejamos que as palavras do Salmista estejam sempre presentes em seu viver, e que Cristo a cada minuto satisfaça  seu coração:

Dirige-me pelo caminho dos teus mandamentos, pois nele encontro satisfação”(Salmos 119:35).

Beijos mil e parabéns, querida!

Sinta-se abraçada, bem abraçada mesmo, pelos seus avós


Orlando e Fátima

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CORTINAS: SÓ DEUS PARA ABRI-LAS







Onde Ele guia
“Não sei o que me espera, Deus não me revelou.
A senda  é nova para mim, mas com meu guia vou.
E cada passo espero dar com quem por mim penou.

Se eu só um passo vejo, mais não preciso ver,
Nem quero já nenhum farol, se a luz do céu tiver.
Mas sempre dessa luz de Deus aqui terei mister.

Feliz tal ignorância do meu caminho além,
É bem melhor eu não saber as provações que vem.
Se já não sei por onde irei, decerto sei com quem.

Estribilho:
Onde Ele guia sigo, e creio no seu amor,
Se não enxergo o trilho além, o vê meu Salvador.

(Hinos e Cânticos – nº 346)

O novo ano é sempre uma caixa de surpresas. Ela está bem fechada por Deus e só Ele conhece seu conteúdo. Cada dia que passa somos inteirados em seus pormenores, que podem nos alegrar ou nos entristecer.

Este segredo reservado por Deus é deveras benéfico para todos nós, pois já imaginaram se soubéssemos antecipadamente? Uma perda de um familiar, uma doença fatal, o desemprego, e tantas outras mazelas, por certo nos derrubariam.

Mas há outro aspecto interessante: Deus deseja que confiemos nele, e assim, espera que nele depositemos nossa fé. Um bom exemplo foi deixado pelo Rei Davi ao escrever o Salmo 37 “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.” (vers.5). Por certo Davi teria passado por momentos difíceis, vendo a prosperidade e o poder de homens ímpios, tirando-lhe a paz do coração, até que descobriu o melhor remédio: “entregar-se” aos cuidados de Deus, “confiar nele” e deixar tudo em suas mãos.

Noutra oportunidade, vendo-se acuado por Saul, ele escreve o Salmo 31 “Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem” (vers.15). Davi era um homem que tinha sua confiança enraizada em Deus e sua vida inteira estava sob os seus cuidados.

Quantas vezes sofremos por antecipação devido a um problema que surge inesperadamente, e  achamos que a solução será trabalhosa. Discutimos conosco mesmo, estabelecendo um possível diálogo da outra parte! E com isto perdemos a tranquilidade e o sono, antecipando os fatos do dia seguinte.

O novo ano por certo trará muitas surpresas, e nada melhor que exercitarmos nossa confiança em Deus. Jesus nos deixou um ensino precioso dado no sermão do monte: Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.(Mat.6:34).

Por último penso que nossa ignorância quanto ao dia de amanhã, é fator positivo para  buscarmos a orientação de Deus . Ele deseja que falemos com ele por meio  de Jesus Cristo, através da oração, todos os dias contando-lhe nossas apreensões, e assim aprendemos a descansar nele.

Que estes pensamentos nos ajudem a ter um ano bem feliz.
 .
Que assim seja


Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: TRAVESSIA SEM MEDO

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: TRAVESSIA SEM MEDO:     Durante o dia o Senhor ia adiante deles,  numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de fogo, ...

TRAVESSIA SEM MEDO



  
Durante o dia o Senhor ia adiante deles,
 numa coluna de nuvem,
para guiá-los no caminho, e de noite,
numa coluna de fogo,
para iluminá-los,
e assim podiam caminhar de dia e de noite. ( Êxodo 13:21)

Podemos imaginar o ano de 2016 como uma estrada sinuosa, cheia de curvas, aclives e declives, com algumas pedras espalhadas, dificultando a nossa caminhada, e muitas vezes causando grandes sustos. Assim tem sido este ano, que muitos desejam que logo termine, na esperança de que o próximo seja melhor.

O texto desta meditação nos leva à caminhada do povo hebreu pelo deserto, que é descrito pelo escritor sagrado com essas palavras: “Ele os conduziu pelo imenso e pavoroso deserto, por aquela terra seca e sem água, de serpentes e escorpiões venenosos. Ele tirou água da rocha para vocês” (Deut.8:15).

Em meio a tantos perigos e dificuldades, Deus se importava com o povo. Além de providenciar-lhes água para matar a sede naquele deserto árido, providenciou um esquema de proteção que jamais falhou naqueles quarenta anos: sua presença infalível vista por todos – uma coluna de nuvem durante o dia, e a noite uma coluna de fogo para iluminar o caminho. Ninguém era privado de tais garantias, pois bastava olhar para cima e ter plena certeza da presença do Eterno entre eles.

Hoje pela luz que temos ao ler a Palavra de Deus, descobrimos que era a presença de Jesus caminhando entre o povo, embora invisível, mas real. Mais tarde, no calendário divino Ele desceu em forma física, como Deus entre os homens, cumpriu a vontade de seu Pai, e hoje está oculto aos olhos das pessoas.

Embora o temor, as preocupações, as incertezas que tumultuam nossos corações com a vinda do novo ano, mais do que nunca devemos colocar nossa confiança nas mãos daquele que tem o controle de tudo, e que jamais falhou em seu cuidado. Ele é o mesmo ontem (no deserto), hoje (2016), e para sempre (2017,2018...) (Hebreus 13:8). Ele mesmo deu sua palavra: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".(Mateus 28:20)

Que eu e você possamos confiar em Cristo de todo o coração, certos de que Ele é a  ponte segura que nos leva a 2017 . Com Ele podemos dizer: ‘Que venha 2017. Estou em paz”.

Que assim seja                                                                                                                   
Orlando Arraz Maz©










sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

"HOSPEDARIA LOTADA". VOCÊ, QUE FARIA?




“Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê,
e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e
o colocou numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na hospedaria”.(Lucas 2:6,7)

Quando lemos o relato do nascimento de Jesus, ficamos extremamente chocados saber que ele nasceu numa estalagem, no lugar onde os animais passavam a noite, em um cocho que serviu de berço.

Muitas vezes pensamos: por que o dono da hospedaria não se sensibilizou com o estado de gestação de Maria, e não ofereceu o próprio quarto? O que você faria? Mais: se visse Maria na iminência de dar à luz? Bem, não posso responder por você, mas vou ser bem sincero. Eu diria que devido ao grande número de pessoas que vieram para o censo, a hospedaria estava lotada e que não teria lugar para o casal, exceto nos fundos, no “estacionamento” para os animais. Agiria igual ao dono da estalagem.

Geralmente o comportamento do ser humano diante das crises e necessidades dos outros em nada mudou. Diariamente assistimos cenas que nos causam tristeza e até lágrimas, mas quando chega a hora de agirmos, nos distanciamos como se fosse uma doença contagiosa.

Jesus bem ilustrou este comportamento ao contar a parábola do bom samaritano. O sacerdote e o levita mudaram de calçada e passaram bem distante do homem ferido no assalto; o samaritano aproximou-se, cuidou de seus ferimentos, colocou-o sobre seu animal, levou-o a uma hospedaria, deixou dinheiro para os primeiros gastos, e prometeu voltar para acertar as despesas restantes.

Mas para o jovem casal não teve quem abrisse o coração para recebê-los, nem tampouco para compadecer-se de suas necessidades. E Jesus nasceu em condições precárias. Bem se expressou em sua linda poesia o poeta Gioia Júnior: “Disse o poeta um dia, fazendo referencia ao Mestre Amado: “O berço que ele usou na estrebaria, por acaso era dele”? Era emprestado”.

Ninguém abriu o coração, muito menos as portas para Jesus; tampouco tiveram compaixão Dele durante sua vida neste mundo, mas em troca ofereceram-lhe uma cruz onde padeceu terrivelmente até morrer. E se Ele nos retribuísse tal tratamento, estaríamos completamente arruinados. Mas, não. Ele nos afirma o contrário:O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Ev. de João 10:10) Em troca de portas fechadas, ele é a Porta que nos garante entrada para uma vida plena; em troca de repulsa pelos pecados que carregamos, Ele nos abraça declarando que  nossos pecados sumiram na cruz onde morreu. E para que possamos entender bem suas palavras, o profeta Isaias nos dá um exemplo: “Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem neblina da manhã, os seus pecados. Volte para mim, pois eu o resgatei” Isaías 44:22).

Comemoremos o Natal, então, sem tristezas pelas portas fechadas para Jesus, e que nosso viver se transforme em corações abertos para receberem seu amor salvador, e que o amanhecer de cada dia seja sempre um feliz Natal.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

MINHA FORÇA,MEU ESCUDO


É bastante comum encontrar uma criança segurando seu brinquedo e dizer: é meu. E se alguém tentar tirá-lo, ela vai dizer bem alto: é meu.
Embora adultos se comportem diferentemente de crianças, usam a mesma linguagem: isto é meu, aquilo é meu; consegui com meu esforço, meu trabalho, minha inteligência, e assim por diante centenas de vezes.
Corremos o risco de sermos taxados de possessivos, ou de sermos apontados por alguém de inconvenientes. E assim, disfarçamos um pouco nossos pronomes possessivos.
Olhando para este salmo descobrimos Davi como alguém deveras possessivo. Não uma possessão exaltando sua capacidade, seus méritos, seus dotes, sua sabedoria. Mas uma possessão adquirida fruto de sua experiência com Deus.
Nada tinha Davi para exaltar-se na presença de Deus. Possuía uma voz abafada, daí clamar; uma força inexistente, daí a força do Senhor; um escudo sem valia, um socorro ineficaz e um coração vacilante.
Devemos reconhecer que somos iguais a Davi sem quaisquer méritos, e que nossos pronomes possessivos precisam ser mudados com urgência.
Ao ser ouvido por Deus, Davi podia dizer: “o Senhor é a minha força”, “meu escudo”, “meu coração confia”, “nele fui socorrido”, “meu coração exulta” e “com meu cântico o louvarei”.
Deixemos de lado nossos pronomes possessivos que nos exaltam, e que tenhamos experiências com Deus, deixando nossas vidas em suas mãos, e entendendo que ao chegar aos seus pés, trazíamos uma voz abafada, uma força exaurida, um escudo de papelão, um socorro fraco e um coração de pedra.
Bendito o dia que Ele ouviu nossa voz súplice, e hoje, tudo o que temos e o que somos, é mérito de Deus na pessoa de Cristo.
“Minha possessão eterna, mais que a vida, mais que o amor, mais que tudo que conheço, és meu Deus, meu Salvador” (HC 292)
Enchamos nossas bocas com as obras de Deus, e ao usarmos os pronomes possessivos, que os usemos para engrandecê-lo.
A obra que Ele fez em minha vida é digna de um cântico de louvor, por isso o meu coração exulta.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

PERTO ESTÁ O SENHOR

PERTO ESTÁ O SENHOR

PERTO ESTÁ O SENHOR


  


Nestes últimos dias fomos abatidos pela morte dos jogadores e demais integrantes da equipe do Chapecoense. A dor de familiares, pais, irmãos, esposas, demais parentes, amigos e conhecidos, foi deveras dolorosa, faltando-nos palavras para expressá-la.

Em todo este emaranhado de sentimentos, veio à mente a presença do Senhor, sempre confortadora e oportuna nas horas mais funestas. O apóstolo Paulo, autor desta rica e abençoada carta dirigida aos crentes da cidade grega de Filipos, conhece com muita propriedade este assunto, e daí nossa segurança total.

Preso, entre soldados da guarda pretoriana; isolado dos seus irmãos em Cristo;  privado do abraço carinhoso dos familiares e amigos, sabia que o “Senhor estava perto”. O mesmo Senhor descrito por Isaías: Com quem vocês me compararão? Quem se assemelha a mim?” pergunta o Santo. Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer! (Isaías 40:25-26). O Senhor Deus que controla o universo, conhecedor pelo nome de cada estrela, é o mesmo que se coloca perto de cada um, e o apóstolo descansava no poder deste Deus Maravilhoso.

Quantas vezes deixamos o abatimento nos surpreender, as aflições nos derrubarem, sem que possamos nos lembrar desta afirmação tão surpreendente: “o Senhor está perto”. 
Quando outros estiverem distantes; quando os abraços não chegarem; quando as mãos estiverem fechadas para enxugar as lágrimas, ”perto está o Senhor”. Que afirmação confortadora que deveria satisfazer nossos corações e afastar todo desespero. Sigamos o conselho do profeta Isaías: “Ergam os olhos e olhem para as alturas”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A PRAÇA CELESTIAL





E mostrou-me o rio da água da vida claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.

Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.

E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.
Apocalipse 22:1 a 5

 Sentar-me-ei na praça celestial,
Extasiado ante seu esplendor,
Longe das mágoas, do sofrer, do mal,
E com Jesus, meu terno Salvador.
Bem perto, toda formosa e florida,
Vem encantar-me a árvore da vida,
Que dá seus frutos no devido tempo,
Sem falhas e sem qualquer contratempo.
 Sentar-me-ei na praça celestial,
Onde corre o rio cristalino.
É manso e suave e claro qual cristal,
E tem um som perfeito como um hino.
E lá no alto, belo e sobranceiro,
Avisto majestoso, reluzente,
O trono de Deus e do Cordeiro,
Jesus, que vive e reina eternamente.

Sentar-me-ei na praça celestial,
Com um corpo de luz, já transformado,
Lá terei novo canto triunfal,
Ao Rei, meu Salvador glorificado.
Neste país eu servirei contente,
Aquele que por mim morreu na cruz.
E viverei cantando alegremente,
Hinos de triunfo ao meu Rei Jesus.

Sentar-me ei na praça celestial
Banhado pela luz do Salvador,
Que ilumina  com força sem igual,
Mais forte do que o sol em seu fulgor.
Lâmpadas jamais e nem do sol a luz,
Brilharão na praça onde está Jesus
E lá eu estarei o tempo inteiro
Adorando a beleza do Cordeiro.
Orlando Arraz Maz