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sexta-feira, 30 de junho de 2017

CRISTO, O BRILHO DO ROSTO!





A luz da glória de Deus brilhou na face de Cristo
e seguiu direto para o nosso coração. (II Cor.4:6)



 Certa manhã de primavera o sol entrava pela minha janela e produzia um clarão que alegrava todo o ambiente. Que manhã maravilhosa.

E o tema da meditação naquele dia referia-se a refletirmos a imagem de Cristo. E daí surgiu o pensamento que aqui transcrevo.

Será que meus amigos estão contemplando a face de Cristo na minha face? Ou melhor, estou refletindo a face de Cristo?

Para que possamos refletir a imagem de Cristo é necessário recebermos o resplendor de Deus sobre nossas vidas.
Assim entendia o Salmista neste canto.

“Que o Eterno nos conceda sua graça e nos abençoe, e que faça sobre nós resplandecer a sua face, para que sejam conhecidas na terra o teu Caminho, a tua Salvação entre todas as nações”. (Salmo 67:1,2)

Esta era  a mesma  invocação sacerdotal proferida por Arão:

“Yahweh, o Eterno, te abençoe e te guarde. Faça o Senhor resplandecer o seu rosto sobre ti e te agracie. Que o Eterno revele a ti a sua face de amor e te conceda a paz! (Num.6:24,25 (KJ).

Mas qual a finalidade de resplandecer a sua face sobre nós? A resposta está em seguida: “para que se conheça na terra o teu Caminho, a tua Salvação entre todas as nações”.

A mensagem é bem atualizada.

Quando um coração alegre é estampado no rosto os outros veem em nós uma alegria diferente. Não quero dizer que precisamos sair por aí dando gargalhadas, pois nossa condição de pessoas alegres pode ser expressa por  gestos, palavras, atos de bondade, educação, mansidão, e todas as demais características de um  verdadeiro filho de Deus. Refletimos  aquele que é  o sol de Justiça, Jesus Cristo, profetizado pelo profeta Malaquias:

“Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria”.(Malaquias 4:2)

E cabe a nós estampar nossa alegria, mesmo nos dias mais negros, em que nossa serenidade será vista por nossos amigos e apreciada como o sol que brilha na sua força.

O tradutor da poesia transcrita, Dr. João Gomes da Rocha, expressa bem este pensamento: Cristo, a pura luz dentro do coração, refletirá seu brilho, e sua glória será revelada em mim, para consolo e salvação de muitos.

“Sol da minha alma, ó meu Jesus, revela a tua glória a mim, e recolhendo a pura luz, refletirei seu brilho aqui”.(HC 296).

O coração alegre aformoseia o rosto... (Prov.15:13). Mas só o rosto dos que já conhecem a formosura de Cristo.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 23 de junho de 2017

CRISTO, AMIGO OU CONHECIDO ?






A diferença entre um amigo  e um conhecido é  bastante notória. O amigo é  aquele com quem compartilhamos tudo o que pensamos, o que sentimos, nossos medos e frustrações, nossos sucessos e alegrias. Diante dele não nos acanhamos e nos sentimos à vontade. Escolhemos seu ombro para chorar, e ele entende nossas lágrimas, e nos conforta. Já com o conhecido não se dá o mesmo, pois é aquele que muitas vezes nem sabemos o seu nome, onde mora, o que faz.

Com Jesus como tem sido o nosso relacionamento? É amigo ou conhecido. O encontramos com frequência ou raramente? Claro que não se trata de algo pessoal, mas espiritual. Um contato do coração, uma aproximação de fé. 

Para muitos Cristo é alguém pouco conhecido, raramente procurado, exceto em tempos escuros e sombrios. Muitos desconhecem detalhes de sua vida, tais como: quando por aqui viveu, a casa onde morou, quem eram seus familiares e amigos, seus últimos dias neste mundo, como sua morte na cruz,  ressurreição e ascensão. O que sabem é tão pouco que, passados os dias religiosos, se esquecem de tudo rapidamente. 

Jesus quer ser o amigo verdadeiro de todos, pois provou seu amor e lealdade morrendo na cruz, saindo vitorioso do túmulo no terceiro dia.  Entre nossos melhores amigos, não há sequer um como o Senhor Jesus que entende nossas perturbações e que verdadeiramente enxuga nossas lágrimas.

Quando o ser humano deixar de ser apenas conhecido de Jesus e tornar-se seu amigo, o panorama será bem diferente, a alegria será completa e a paz será perdurável. 

Jesus já declarou sua amizade. Suas palavras registradas nas Escrituras são bem claras: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, pois vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”. (Ev de João 16:14,15).

Vale a pena fazer a vontade de Cristo revelada na sua Palavra, e ganharmos sua amizade que jamais falhará. 

Tenha Jesus como Amigo e Salvador, e não apenas como mero conhecido.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 16 de junho de 2017

VIVENDO SEM DISFARCES



“E disse o rei de Israel a Jeosafá:  
Eu me disfarçarei, e entrarei na peleja;
tu, porém, veste os teus trajes reais.
Disfarçou-se, pois, o rei de Israel,
e entrou na peleja”. (I Reis 22:30)

O disfarce, máscara ou fantasia são artifícios bem usados em época de Carnaval com a finalidade de esconder a verdadeira identidade. Outros usam o disfarce para cometer crimes, como alguém um dia resolveu fantasiar-se de Papai Noel.

O disfarce não se restringe somente à vestimentas, mas é usado para esconder a verdadeira aparência, sob fingimento. É o individuo que tem dupla personalidade. Quando a máscara cai, há espanto e surpresa por parte de todos.

O texto desta meditação aponta para a história de um dos piores reis de Israel chamado Acabe, mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que o antecederam  (I Reis 16:30). Avisado pelo profeta da contrariedade de Deus que ele participasse da guerra contra a Síria, resolveu desobedecê-lo   usando de disfarce. A tentativa do rei foi de enganar a Deus e aos homens, entretanto, Deus não se deixa zombar: Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gál.6:7).

Hoje há muitas tentativas de enganar a Deus e aos homens usando disfarces. Em muitos lugares as máscaras são usadas sem qualquer pudor, quer dentro das casas, entre os familiares, nos ambientes de trabalho, e pior, dentro das igrejas. Bem disse Abraham Lincoln, nesta frase atribuída a ele:Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. E muito menos a Deus que tudo vê.

A participação na batalha por parte de Acabe foi um fracasso, pois encontrou a morte. Diz o texto sagrado:Então um homem entesou o seu arco, e atirando a esmo, feriu o rei de Israel por entre a couraça e a armadura abdominal. Pelo que ele disse ao seu carreteiro: Dá volta, e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido”.(I Reis 22:34). Logo em seguida morreu em Samaria onde foi sepultado.

Nos tempos de Jesus os disfarces pertenciam aos escribas e fariseus, que foram citados com duras palavras: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia”..(Mat.22:27)

A desobediência e o uso de disfarces sempre causam transtornos a todos que se opõe a Deus, em recusa a obedecer de coração os preceitos de sua santa Palavra. Quando a luz do evangelho raiar no coração do ser humano e mostrar-lhe o caráter de Cristo, as máscaras e disfarces deixarão de existir. Assim, poderá enfrentar qualquer batalha e sair dela vencedor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 9 de junho de 2017

VOZ DO POVO – VOZ DE DEUS? SERÁ?




Uma expressão que por certo muitos já ouviram, ou talvez até mesmo tenham compartilhado: “A voz do povo é a voz de Deus”, é bastante antiga, entretanto, não expressa a realidade. Ela é contrária a toda lógica e a toda a verdade espiritual.

O que seria do ser humano ser guiado pela voz do povo, seguir seus conselhos, tirar suas conclusões, orientar sua vida e a vida de seus filhos, simplesmente ouvindo essa voz. Por certo seria uma catástrofe. Quando Adão ouviu a voz da sua mulher já enganada pela serpente, e seguiu seu conselho, o desfecho foi o banimento da presença de Deus, e tudo que era maravilhoso naquele jardim, se tornou um caos.

E a partir deste infausto acontecimento, a voz do homem demonstrou-se fraca, sem vida e sem qualquer veracidade. E a história comprova que a voz humana jamais poderá ser a voz de Deus

O apóstolo Paulo descreve de forma magistral como o ser humano faz uso de sua língua, quando escreve sua carta aos Romanos:

A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura”.(Rom. 3:13,14)

A voz de Deus é inigualável porque sai dos lábios de um Deus santo. Quando Jesus esteve entre os homens sua voz tinha autoridade, no meio de uma sociedade totalmente corrompida. Certa ocasião o evangelista João relata um depoimento dos guardas encarregados de prendê-lo:

Os guardas, pois, foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os guardas: Nunca homem algum falou assim como este homem”. (Ev.João 7:45,46)

Se através dos tempos, e mais do que nunca em nossos dias, os homens atentassem para a voz de Deus, ouvissem seus sábios conselhos, não teríamos tantas decepções, revoltas, amarguras, infelicidades. O que ocorre hoje é uma atenção redobrada à voz dos homens e muitos a obedecem como sendo a voz de Deus. Pode ser, sim, a voz de deus, e este com minúsculo, mas do Deus que está nos céus, por certo não é.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 26 de maio de 2017

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: ARQUIVOS DE DEUS

MEDITAÇÕES PARA UM VIVER FELIZ: ARQUIVOS DE DEUS:    “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vid...

ARQUIVOS DE DEUS

  


“E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante
do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro,
que é o da vida; e os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras”. (Apoc. 20: 12)


Nunca se falou tanto nestes dias em “apreensão de documentos”. Policiais com mandados judiciais em suas mãos vão às residências, e lá procuram por computadores, onde por certo acharão indícios de crimes cometidos. As pessoas suspeitas  jamais imaginaram que seriam descobertas; outras ocultam nomes e os substituem por apelidos para despistarem as autoridades; ainda outras não admitem a hipótese de serem descobertas. Uma coisa é certa: a intranquilidade tira-lhes o sono e a paz.

Olhando para as Sagradas Escrituras encontramos os “arquivos de Deus” – os livros citados pelo apóstolo João - em seu Apocalipse. Entre os livros há o “Livro da Vida”  onde apenas nomes são registrados; e outros livros onde os “atos” são registrados,  sujeitos à condenação da parte de Deus,.

Entretanto, a mão de Deus apaga os atos sujos e vergonhosos daqueles que se arrependem, e creem na morte sacrificial de Cristo na cruz do calvário.  Seus nomes são transferidos para o Livro da Vida: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados”.(Isaías 43:25). Tais pessoas se alegram por este fato deslumbrante.

Nos demais livros que serão abertos naquele dia, estão registrados pecados cometidos  que não foram deixados e nem confessados a Cristo. Tais registros são infalíveis ao contrário dos arquivos humanos. Mas destes ninguém tem medo e não perde o sono, o que é deveras triste.

As buscas das autoridades podem ser adiadas ou até canceladas, mas as de Deus são certas, e destas todos podem gozar tranquilidade, desde que busquem o perdão de Deus para apagar seus atos pecaminosos.

Os atos ilícitos dos homens encontrados nos arquivos são passíveis de condenação, pagam multas, cumprem penas e voltam para suas casas. E por toda vida carregam peso em suas consciências, e são sempre hostilizados nas ruas.

Entretanto, quando é Deus quem apaga nossas transgressões dos seus “arquivos”, nada disso ocorre. Saímos aliviados de sua presença, com um coração puro e com um espírito renovado, tal qual o rei Davi após confessar o seu pecado (Salmos 51).

Hoje é tempo de suplicar o perdão de Deus, para que o nosso pecado seja apagado dos livros, e seja registrado nosso nome no Livro da Vida. E assim, naquele dia não temeremos a abertura dos livros, e enquanto aqui vivermos, dormiremos um sono tranquilo e sem medo. “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”. (Salmos 32:1)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©





sábado, 20 de maio de 2017

VOCÊ TEME NOTÍCIAS MÁS?

Ele não teme más notícias;
 o seu coração está firme, confiando no Senhor.
(Salmos 112:7)

Diante de tantas notícias assustadoras que nestes dias têm abalado a classe política e o povo de nosso País, me vêm à mente as palavras deste salmo, que trata do comportamento de pessoas fiéis. O salmista descreve o sucesso daqueles que são tementes a Deus e que confiam nele. Há aqui promessas maravilhosas da parte de Deus.

O homem que teme ao Senhor “não teme más notícias; o seu coração está firme, confiando no Senhor”.

O temor do Senhor vem pelo conhecimento de sua Palavra, tão negligenciada nos dias de hoje por todos, especialmente por aqueles que comandam os destinos de nosso país. Há uma preocupação em angariar recursos, e nessa batalha desenfreada e gananciosa, esquecem-se dos preceitos de Deus e lançam mão de práticas desonestas. E assim, muitos do povo os imitam.

Os holofotes destes últimos acontecimentos estão voltados para os que   comandam  o país, que legislam, governam, decidem, e têm em suas mãos todo o poder, que muitas vezes é exercido sem escrúpulos e sem temor a Deus. Muitos têm perdido o sono com o confisco de seus bens ou com prisão, e sempre à espera de más notícias.  

O salmista, entretanto, esclarece que para não ser vítima de más notícias, sempre  desalentadoras e apavorantes, e nem perder a tranquilidade esperando por elas,  a confiança do ser humano deve estar depositada nos preceitos divinos e viver sabendo que há um Deus a quem todos devem prestar contas.

Quando o coração do homem estiver inclinado para os assuntos concernentes a Deus, e dar-lhe prioridade, as notícias más e desalentadoras deixarão de existir, e todos, desde as maiores autoridades até todas as demais pessoas, terão tempos menos agitados.

“Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!(Salmos 33:12)

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 12 de maio de 2017

JESUS ESTÁ PERTO E SEMPRE É VENCEDOR!

   
“Quando chegaram onde estava a multidão,
um homem aproximou-se de Jesus,
ajoelhou-se diante dele e disse:
"Senhor, tem misericórdia do meu filho.
Ele tem ataques e está sofrendo muito.
Muitas vezes cai no fogo ou na água.
Jesus repreendeu o demônio;
este saiu do menino e,
desde aquele momento,
ele ficou curado.(Mateus 17:15,16,18)  

Um pai suplicando misericórdia e o demônio se aproveitando de sua dor. Esta cena deveras triste veio à minha mente logo após receber a notícia da enfermidade de uma querida irmã em Cristo, sempre ativa no trabalho do Senhor e cooperadora fiel de seu marido na obra. Agora, enferma, portadora do Alzheimer, sofre terrivelmente.

Nos relatos bíblicos, e neste que encima nossa meditação, o demônio sempre se aproveita da fragilidade das pessoas, e as ataca sem piedade. "Senhor, tem misericórdia do meu filho", estas foram palavras de um pai mergulhado na dor e na tristeza. Satanás veio para destruir, mas Jesus veio para salvar e dar vida e esta em abundância.

Da mesma forma, esta nossa querida irmã na fé, atualmente está com pensamentos suicidas, e repete sempre que não é mais salva no Senhor Jesus Cristo. São pensamentos tristes que só podem vir do inimigo dos filhos de Deus, que deseja trazer dúvidas quanto à salvação de todo o que crê. Em sua palavra Jesus esclarece que tal possibilidade é inexistente: “Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão”. (João 10:28).

Como aquele pai implorando e recebendo a misericórdia de Cristo, e vendo seu filho totalmente restabelecido, desejamos e oramos em favor desta irmã querida, para que a misericórdia do Senhor venha em seu socorro, e se tal enfermidade persista na soberania de Deus, que tais pensamentos sejam banidos de sua mente, e que ela possa se regozijar na salvação de Cristo, e ter a sua fé sempre firmada Nele, que é a Rocha da nossa salvação.

Palavras consoladoras são as palavras de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. (João10:10).

Que tais pensamentos possam nos ajudar quando a enfermidade bater às nossas portas, quando nosso corpo se sentir fragilizado pela doença, ou quando o inimigo chegar com pensamentos destrutivos. Que a misericórdia de Jesus nos dê cobertura, e que a oração do salmista seja nossa oração: “Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo”. (Salmos 57:1).

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A VIOLÊNCIA ASSUSTA - JESUS TRANSFORMA



  

Vivemos dias onde o medo é espalhado em toda a parte. Cenas de violência como espancamentos são noticiadas pela televisão e espalhadas nas redes sociais. Agridem com pedaços de paus ou ferros sem quaisquer constrangimentos, e muitos persistem após matarem suas vítimas. Não esboçam qualquer piedade. A naturalidade de tais atos é assombrosa, pois muitos depois dormem um sono tranquilo como se nada tivessem feito.

Uma das lições deixadas por Jesus foi sobre o amor. Ressaltou a importância de amar a Deus, sem esquecerem de amar ao próximo como alguém ama a si. E para elucidar bem sua lição contou a parábola do bom Samaritano descrita no Evangelho de Lucas (10:30-37)

É impossível amar ao próximo sem primeiro amar a Deus, pois seu amor desce ao coração onde é espalhado, e extravasa sobre todos os que nos cercam.

Portanto, a violência que tanto nos entristece, parte de corações secos do amor a Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos de Roma, enfatiza: “não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus; sua garganta é um sepulcro aberto, com suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios, cuja boca está cheia de maldição e amargura, e seus pés são ligeiros para derramar sangue” ((Rom. 1:18-32).

Jesus Cristo veio ao mundo para mudar este quadro de dor e miséria, e transformar o coração do pecador, que é um ser sem afeição, para um coração como o coração do Salvador, cheio de compaixão.

Enquanto o ser humano não for transformado pelo Evangelho, “que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê”, suas atitudes e agressividades serão as mesmas e sempre piores. Não há instituições humanas, por mais respeitadas que sejam capazes de mudar o coração.

Quando o amor de Deus for derramado nos corações daqueles que crerem em Jesus, não existirão mais agressores, mas, sim, homens e mulheres dispostos a curar as feridas dos que sofrem, tal como Jesus contou na parábola do bom samaritano. ”e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele”.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 28 de abril de 2017

SE DEUS FIZESSE GREVE?



Contudo não deixou de dar testemunho de si mesmo,
fazendo o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas,
enchendo-vos de mantimento,
e de alegria os vossos corações.(Atos 14:17)

Diante da cura de um homem aleijado que nunca havia andado, o povo da cidade de Listra desejou endeusar os apóstolos Paulo e Barnabé, chamando-os de Mercúrio e Júpiter, respectivamente.

Em face deste impulso totalmente contrário ao que ensinavam, disse-lhes que eram pessoas como eles, e que lá se encontravam para pregar-lhes o Evangelho, a fim de levá-los ao conhecimento do Deus vivo e verdadeiro.

E aproveitando a ocasião, apresentou-lhes a bondade de Deus que envia chuvas do céu, estações frutíferas, farto mantimento e alegria a todos os corações. (Atos 14:17).

Um Deus realmente bom, e que não age como o ser humano, notadamente nos dias em que vivemos, onde greves gerais, tumultos, desordens estão por todos os lados ao redor do mundo. Há paralizações em todos os setores, transportes, hospitais, empresas, onde as pessoas vivem assustadas.

Fico feliz porque Deus não decreta greves, pois neste caso estaríamos perdidos. Já imaginaram se Deus decretasse uma greve geral das chuvas por um período de seis meses? Ou se decretasse greve transformando o solo em terra árida, onde não germinasse qualquer semente? E, ainda, se excluísse a alegria dos corações? Por certo seria um caos. Uma tragédia mundial.

O ser humano é mau e não se importa em provocar prejuízos, desordens e tumultos. Enquanto não conhecer o verdadeiro Deus que foi anunciado aos moradores de Listra, e que vem sendo propagado através dos tempos até nossos dias, o panorama será de caos total. Deus é o Deus que amou e ama o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

Nas greves dos homens todas as portas são fechadas.

Mas Deus, o nosso Deus, é o Deus que nunca fecha as janelas do céu. É o Deus que nunca fecha o caminho que foi aberto na cruz do calvário; que nunca fecha seus ouvidos para o clamor do aflito; que nunca vira as costas àquele que pecou; que nunca fecha os olhos para ignorar aquele que chora.

Vale a pena conhecer o Deus que não conhece greve, mas que derramam dos céus suas bênçãos aos corações dos homens:

Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. (Tito 3:4-6)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 21 de abril de 2017

VOCÊ ESTARÁ NA FESTA?





“Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! 
Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro,
 e a sua noiva já se aprontou”
E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados 
para o banquete do casamento do Cordeiro! " 
E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus".

(Apoc. 19:7,9) 


A Igreja é uma instituição criada por Deus, e teve seu início após a ascensão de Jesus, mais precisamente no Pentecostes, quando o Espírito Santo passou a habitar entre os novos cristãos.

Portanto, essa igreja é invisível, e independe de prédios suntuosos, ou de pessoas para comandá-la, e é somente vista por Deus, e por este apreciada.

Quando da volta de Cristo para buscar aqueles que lhe pertencem, consequentemente os que fazem parte desta igreja, ocorrerão a tão esperada Bodas do Cordeiro, descrita de maneira deslumbrante pelo apóstolo João em sua visão na ilha de Patmos:

“Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou”.

Será uma festa sem igual, onde o Senhor Jesus receberá a noiva, sua igreja, já pronta e totalmente ornada para encontrá-lo.

O apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios faz um paralelo do amor entre marido e mulher, e descreve o amor de Cristo por sua igreja:   

Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. (Ef.5:25-27).

Cristo purificou a igreja, isto é, cada um que faz parte dela, buscando-a nos lugares mais tristes de pecado, assim como o pastor resgatou a ovelha perdida, machucada, abatida, e alegre a colocou em seus ombros. Ou, ainda, como o pai que recebe o filho que se extraviou, maltrapilho, triste, envergonhado, e oferece-lhe, além de roupas, sandálias novas, um anel em seu dedo, um banquete sem igual. E tudo se transformou na mais perfeita alegria. E diante do inconformismo do irmão mais velho, o pai exclama:

“Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado".(Lucas 15:32).

Cristo amou a igreja, comprou-a com seu sangue.  Deu-lhe uma nova condição, pois a noiva que vivia enferma, Ele a curou; era ignorante e Ele a instruiu; era pobre e Ele a enriqueceu; era cega e Ele restaurou lhe a vista; estava imunda e Ele a lavou com seu sangue; era fraca e Ele a amparou em seus braços; estava nua e Ele a vestiu de roupas brancas; era perversa e o odiava, e Ele a suportou e amou-a; não queria escutá-lo, Ele  foi após ela com amor e humildade, e ganhou o seu amor, coração e mente.

Esta é a noiva que Cristo receberá naquele dia, a igreja, enfim, todos os que O confessaram como Senhor e Salvador, que foram amados, remidos e perdoados, e que estarão vestidos de trajes reluzentes, para serem apresentados ao Pai como a Noiva do Cordeiro.  

Diante deste quadro que comove o nosso coração, resta-nos  viver vidas que honrem nosso Salvador, obedientes à sua Palavra, na expectativa dessas gloriosas Bodas do Cordeiro.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 14 de abril de 2017

A VERDADEIRA PÁSCOA




Depois da prisão no jardim Jesus foi levado para o seu primeiro julgamento na casa de Caifás, sumo sacerdote. Foi uma noite de terror, de um sofrimento indescritível. O sumo sacerdote ficou transtornado diante da postura de Jesus, e rasgou as suas vestes, infringindo assim uma das leis do antigo Testamento:

Não descubrais as vossas cabeças, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha a ira sobre toda a congregação”(Levit. 10:6)

Um sumo sacerdote imperfeito, descumprindo a lei, diante de Jesus, o Justo, aquele que cumpriu toda a lei,  Deus entre os homens sendo julgado.

Pela manhã foi levado à presença de Pilatos, o governador. Por certo, enfraquecido pela perda de sangue durante toda a noite, e pela falta de qualquer alimentação, haja vista que a última foi servida no dia anterior quando comemorava a páscoa com seus discípulos.

E Pilatos passa a interrogá-lo, e na medida em que prosseguia o julgamento, era tomado de uma profunda admiração. Da narrativa de Mateus depreendemos que fez de tudo para soltar a Jesus, pois sabia que por inveja os judeus queriam a sua morte.

Primeiro, lhes apresenta Barrabás, numa tentativa de trocá-lo por Jesus. Nada feito. Depois surge mais um motivo: alguém pede permissão para entrar no tribunal, pois era portador de uma mensagem que vinha da mulher de Pilatos, que dizia:

“Não te envolvas na questão desse justo, porque muito sofri hoje em sonho por causa dele”.

Por fim, sem qualquer sucesso de absolvê-lo, pede água, lava suas mãos e diz ser inocente do sangue desse homem.

Mas o que nos prende  a atenção é o sonho da sua mulher. Por que ela teria sofrido? O que teria sonhado? Sem dúvida viu os horrores da cruz, o sangue a jorrar de sua cabeça, os pregos perfurando suas mãos e seus pés, as horas de agonia  debaixo do sol, até os momentos finais de sua morte.

E em sua mensagem pedia a seu marido: ”Não te envolvas na questão desse justo”.

Impossível cumprir a mensagem do bilhete, pois não só Pilatos, mas toda a humanidade está envolvida na morte de Jesus. Não adianta lavar as mãos e sair do cenário sem qualquer culpa. Não adianta sofrer e saber que era um Justo que estava sendo julgado.

O profeta Isaias fala de sua morte cerca de 700 anos antes, e coloca em destaque nossa participação: 

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

E o apóstolo Pedro também salienta que como injustos necessitávamos o perdão de um Justo, que foi morto em uma cruz:

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito”.

Que a páscoa seja um momento de reflexão, e que não tentemos apresentar alternativas para não nos curvarmos diante da cruz de Cristo, muito menos pedir água e lavarmos nossas mãos. Tanto Pilatos quanto sua mulher, eu e você estamos envolvidos na morte de Jesus, e somos culpados por ela:

“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.”

A oportunidade para Pilatos e sua mulher já passou. Para nós ainda há uma saída. Não deixemos passar esta páscoa sem nos agarrarmos a ela:

“Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”.

A verdadeira Páscoa é ter um Cristo vivo dentro de um coração justificado.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 7 de abril de 2017

CONVERSÃO.O QUE É ISSO?

  


Portanto, se alguém está em Cristo,
é nova criação.
As coisas antigas já passaram;
eis que surgiram coisas novas!(II Cor.5:17)

A conversão é uma palavra bem conhecida dos motoristas. Ela se encontra nas placas de trânsito, e deve ser obedecida para evitar multas e colisões. A conversão nada mais é que uma mudança de rota, de caminho ou direção, segundo os dicionários.

A mesma palavra é aplicada em seu significado espiritual, quando uma pessoa resolve mudar de rumo, impulsionada e obediente à voz de Deus Espírito Santo. Cai em si, e descobre uma nova vida que nasce a partir da conversão. Assim se dá com todos que passam pela experiência da conversão. Nas palavras do apóstolo Paulo, uma nova criação. Ele mesmo passou por tal experiência na estrada de Damasco, quando perseguia os cristãos, e sob fulgurante luz do céu, caiu por terra, ouviu a voz de Jesus, e mudou de direção. Agora passou a seguir a Jesus.

Um novo homem nascia para Cristo, e durante toda a sua vida o serviu com fidelidade até à morte. Bem poderia afirmar: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”. (II Tim. 4:7) A sua conversão foi impactante, levando muitos a duvidarem de sua sinceridade. Assim como ele, muitos outros através dos anos mudaram de rumo, marcando muitas vidas, que movidas por tal transformação também se converteram.

Hoje, no meio evangélico, não vemos o mesmo quadro na vida de muitos que afirmam terem passado pelo processo da conversão. Mudam de religião, mas seus pensamentos permanecem da mesma forma como antigamente. Nos negócios continuam maus pagadores e espertalhões; os casados permanecem infiéis aos seus cônjuges; os solteiros fazem sexo com seus pares antes do casamento; frequentam bares e boates após o culto, e vivem da mesma forma como antes. Tais vidas são verdadeiras farsas. A conversão nunca existiu. Deixam de impactar outras vidas, pois são iguais a elas.

Quando “alguém está em Cristo” é uma nova criação. O processo de uma vida separada não se dá do dia para a noite, mas ocorre a cada dia. A conversão levará o verdadeiro convertido ao conhecimento da Palavra de Cristo, e a obedecê-la com prazer. Passa a viver Cristo, e isto, sim, impactará a todos os que o conhecem.

Quando houver verdadeiras conversões veremos vidas triunfantes, que se destacam como luzes em meio às trevas.

Só assim teremos novos tempos, e não mais o marasmo evangélico que vivenciamos.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©



  




sexta-feira, 31 de março de 2017

QUANDO A GLÓRIA DE DEUS NOS ENCHE

  
“...e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, 
se humilhar, orar e buscar a minha presença, 
e se desviar dos seus maus caminhos, 
então ouvirei dos céus,
perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”
2ª Crônicas 7:14

Para que a Glória de Deus se manifeste:

Em sua resposta a Salomão, Deus estabelece as condições para que sua glória nos alcance. Elas estão sintetizadas magistralmente em 2ª Crônicas 7.14. Ser povo de Deus não nos deve encher de orgulho, mas de esperança.

Como suas ovelhas, estamos guardados na palma da sua mão. Como nosso Pastor, ele cuida de nós. Orar é travar com Deus um diálogo desigual, em que nós pedimos e esperamos, louvamos e descansamos. Orar é pedir por nós mesmos e pelos outros. Orar não é impor nossa vontade à de Deus. Antes, é esperar que o Espírito Santo transforme nossa vontade à semelhança da vontade do Pai. (Rom.8:27)       

Buscar a face de Deus é ter prazer em estar em sua presença. A festa da inauguração do templo tinha um sentido bem diferente do nosso: naquela época, se acreditava que Deus morava no santuário preparado para ele. Agora, sabemos que cada um de nós é santuário do Senhor. O apóstolo Paulo solidifica essa doutrina: Não sabeis que sais santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós? (I Cor.3:16)

O santuário  hoje é todo espaço que se abre para a celebração da presença de Deus. Pode ser um templo, uma casa, um auditório. O Senhor nele está quando seus filhos nele estão. Não devemos valorizar demais o templo, nem menosprezá-lo como uma mistura de pedra e barro. Estar no templo significa que temos interesse em separar uma parte do nosso tempo para nos dedicar exclusivamente a Deus. Estar no templo dedicado à adoração e ao estudo da sua Palavra mostra que somos individualmente sua habitação e que queremos ampliar dentro de nós o espaço para sua  morada. Em meio a tantas possibilidades, alegremo-nos em estar na casa separada para a adoração a Deus, para a compreensão da sua graça, para a experiência da sua glória. Busquemos ao Senhor no santuário do nosso corpo e no santuário de terra.

(Transcrito da Bíblia Brasileira de Estudos)

sexta-feira, 24 de março de 2017

ABSOLUTAMENTE NADA



É muito duro este discurso: nada trazemos ao chegar e nada levamos ao sair!
O primeiro a discursar sobre o assunto é o patriarca Jó. Depois de perder todos os bens que possuía e todos os filhos, o homem da terra de Ur ajoelha-se diante de Deus e diz: "Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer" (Jó 1.21)

O segundo é o salmista. Depois de lembrar que ninguém escapa da morte, o profeta afirma: "Não se preocupem quando alguém fica rico, e a sua riqueza aumenta cada vez mais. Pois, quando morrer, ele não poderá levar nada; a sua riqueza não irá com ele para a sepultura" (SI 4916-17).

O terceiro é o autor do livro de Eclesiastes. Depois de mencionar algumas das ilusões da vida, o sábio escreveu: "Como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada. Apesar de todo o nosso trabalho, não podemos levar nada desta vida. Isso também é muito triste! Nós vamos embora deste mundo do mesmo jeito que viemos. Trabalhamos tanto, tentando pegar o vento, e o que é que ganhamos com isso? O que ganhamos é passar a vida na escuridão e na tristeza, preocupados, doentes e amargurados" (Ec 5.15-17).

O quarto é Paulo de Tarso. Depois de afirmar que a religião ou a espiritualidade é uma fonte de muita riqueza, o apóstolo pergunta e responde: "O que foi que trouxemos para o mundo? Nada!" (1Tm 6.7).

É sempre nada! Nada! Absolutamente nada! Fatidicamente nada! Horrivelmente nada!  Decepcionantemente nada!

A roupa do corpo e o corpo. A casa da cidade, a casa da montanha e a casa da praia. O carro e o celular. O RG, o CPF, os cartões de crédito, o seguro de saúde e a aposentadoria. A academia e o SPA. O computador e a televisão. As estantes cheias de livros e o álbum cheio de fotografias A família e os amigos. O patrimônio histórico e a fama. Os diplomas e as medalhas. Os amores e as amarguras. E tudo mais que possa existir divorciado da espiritual idade. É por isso que Paulo aconselha a Timóteo nesta mesma epístola "Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais. Pois os exercícios físicos têm alguma utilidade [temporal], mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro" (Tim. 4.7-8).

O patrimônio temporal é patrimônio temporal. Ele fica, não acompanha a pessoa que morre. Mas a riqueza da alma – as convicções, a fé, a comunhão com Deus, a certeza da salvação, a esperança - não apodrece com o corpo nem vira pó. Ela atravessa a morte e segue em frente. Sai do tempo e entra na eternidade. Por ser uma rica bagagem, agregada à alma e não ao corpo, ela não vai para a tumba.

Quando o discurso religioso insiste na pergunta "o que vamos levar do mundo" e insiste na resposta "nada, absolutamente nada!", ele não está machucando ninguém. Está simplesmente reforçando o discurso de Jesus: "Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las" (Mt 6.19-20).
É um discurso amigo! E terapêutico!

Extraído de Ultimato Nov.Dez.2015

E. César