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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 26 de setembro de 2020

SEU BARCO ESTÁ AFUNDANDO?

 

“Ora, levantou-se grande temporal de vento,

e as ondas se arremessavam contra o barco,

de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.

E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro;

eles o despertaram e lhe disseram:

Mestre, não te importa que pereçamos? (Marcos 4:37,38)

 

Quantas vezes o medo nos assombra de tal maneira que perdemos a paz.  Seja de um assalto, de uma doença, de um negócio, de planos e sonhos, com uma perspectiva de derrota. Entretanto, a morte é o pior de todos para muitos. A fé que deveríamos ter em Jesus fica distante, e assim nos tornamos impotentes. Não vislumbramos o que pode mudar a situação.

Nossa meditação nos leva a uma ocasião de extremo temor por parte dos discípulos. Quem sabe, como pescadores que eram, muitas vezes sofreram fortes temporais durante suas pescarias. Mas este sem dúvida ultrapassou a todos. Assim escreve o evangelista Marcos: “Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançaram sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água”. Quando os discípulos notaram que a água enchia o barco, ficaram mais aterrorizados certos de que iriam morrer afogados.

Quantas vezes agimos assim em iguais situações, e nossos pensamentos nos afastam de Jesus que deseja que confiemos nele. Os discípulos se esqueceram prontamente dos seus milagres, assim como ocorre conosco quando desviamos nossos olhos do seu poder revelado nas santas Escrituras. O medo, ainda, os levou a alertar Jesus de que estavam perecendo. Todos aflitos e ele dormindo sobre um travesseiro. E exclamam: “Mestre, não te importas que morramos?”. Quanta ousadia da parte dos discípulos! Devemos tomar muito cuidado em nossas queixas que denotam nossa total irreverência.

O mais sublime neste relato é a humanidade e a divindade de Jesus. Ele dormia. Talvez cansado em percorrer muitas cidades, muitas horas sem dormir, nos falam daquele que se fez homem e habitou entre nós, nas palavras do apóstolo João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Ev. João 1:14). E o escritor da carta aos Hebreus, escreve: “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Heb.2:18).Então, tanto os discípulos como nós deveríamos lembrar que Jesus está pronto para nos socorrer, pois conhece nossos medos e sofrimentos.

Em seguida descobrimos sua divindade: “Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: Aquiete-se! Acalme-se! O vento se aquietou, e fez-se completa bonança”. Somente Deus, aquele que criou os ventos e os mares pode repreendê-los e prontamente o obedecem. Os discípulos, então, foram advertidos por Jesus: “Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé”? E Marcos conclui: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem”?

Por fim, mais do que nunca, quando formos atingidos pelo pavor em quaisquer situações, lembremos que Jesus é o Deus-Homem que está nos céus, pronto para nos socorrer, e nele devemos colocar nossa fé. Somente assim o mar agitado se acalma e a bonança chega prontamente.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de setembro de 2020

ITAI, O GUERREIRO FIEL

Itai, contudo, respondeu ao rei: "
Juro pelo nome do Senhor e por tua vida
que onde quer que o rei, meu senhor, esteja,
ali estará o seu servo, para viver ou para morrer! "(II Sam.15:21)

A história de Itai, chefe de um exército de seiscentos soldados, e fiel a Davi, é de grande destaque e significância nas páginas da Bíblia. Ele era um filisteu da mesma cidade onde Golias fora morto, e como consequência, resultou a vitória do exército de Israel. Pouco nos revelam as páginas da Bíblia sobre os motivos que levaram a Itai a abraçar Israel como seu povo. Alimento pensamentos próprios de que ficara impressionado com a morte do gigante por um jovem que o atacou e o feriu de morte em nome do Deus de Israel. Jamais alguém poderia matar um gigante com cinco pedras lisas de um riacho, não fosse a intervenção de um grande Deus. Quem sabe assim pensara Itai no dia da batalha.

Não teria sido este o motivo de Itai trocar sua terra pela terra de Israel e abrigar-se sob o comando de um Deus grandioso? Vira com seus olhos o poder de Deus operando e o pavor que causou nas tropas filistias. E nada melhor do que servir uma terra cujo Deus comanda seu povo.

Nos versículos que antecedem ao texto que serve de base para esta meditação, nos deparamos com a revolta de Absalão, filho do rei, tentando usurpar o trono de seu pai. O medo tomou conta de Davi,  resolvido a fugir de Jerusalém deixando o palácio guardado por suas concubinas. Na fuga, surge Itai com seiscentos soldados apresentando-se para juntar-se ao seu exército, desejoso para entrar em combate. Davi, entretanto, recusa e sugere que volte com seus irmãos, ao que Itai respondeu: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo para viver ou morrer”.

Magnifica declaração de lealdade por um estrangeiro, filisteu que reconheceu Deus como  Senhor  e Davi como seu rei.

Itai traz à minha lembrança todos os que estavam separados de Deus, e nas palavras do apóstolo Paulo, “e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês, mas agora Ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresenta-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.” (Colos. 1:21,22)

Somos livres pela obra majestosa de Jesus que na cruz venceu o inimigo de nossas almas. O diabo foi derrotado, o Golias da terra de Itai, despojado, humilhado e morto. Jesus, o grande vencedor ganhou nosso amor e admiração e na cruz venceu e derrotou Satanás.  Hoje servimos em suas fileiras e saímos da terra inimiga. Fomos reconciliados e recebidos por Ele.

Será que nossa fidelidade é a mesma de Itai? Somos testemunhas de Jesus em qualquer situação, prontos a defendê-lo e declarar que Ele é nosso Senhor, Salvador e Rei? E assim, dizer para Jesus “... onde quer que o Rei, meu Senhor, esteja, ali estará o seu servo, para viver ou para morrer”!           

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

domingo, 13 de setembro de 2020

SOLIDARIEDADE QUE VEM DE DEUS

 

“E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro. E não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico:

Filho, perdoados estão os teus pecados.

...................................................................................................................................................

E levantou-se e, tomando o leito, saiu da presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos”

(Marcos 2:3,5,12)

 

Uma palavra bem conhecida nestes dias é “solidariedade”. Em virtude dos estragos causados pela pandemia, onde muitos perderam suas vidas e outros seus ganhos para sobrevivência, pessoas e entidades se unem para ajudar, aquelas com poucos recursos e estas com vultuosas quantidades de valores e gêneros de primeira necessidade. Outras se prontificam ajudar idosos, fazer suas compras, buscar remédios que necessitam, levá-los às consultas médicas, enfim, uma verdadeira corrente do bem tem surgido nestes últimos meses. A solidariedade é sempre bem vista e muito elogiada.

No texto de nossa meditação lemos sobre uma ocasião quando Jesus se encontrava em uma casa em Cafarnaum, e uma multidão a rodeava, sem condições de qualquer um adentrar à mesma. E um paralítico desejoso de ser curado, foi ajudado por quatro pessoas que o levaram até Jesus, abrindo um buraco no telhado.  Cada uma pegou num lado da cama e sem medir esforços, o desceram até os pés de Jesus. Além de ter seus pecados perdoados, foi curado de sua paralisia e saiu andando. Sem a solidariedade das quatro pessoas seria impossível obter a cura de Jesus. Portanto, em todos os sentidos a solidariedade é benéfica não só aos que a praticam como os beneficiados por ela.

Mas há uma outra solidariedade que nos passa muitas vezes despercebida, e é a que vem dos céus ao encontro de homens e mulheres. A Bíblia nos informa que a entrada do pecado trouxe uma pandemia universal e a morte veio para afastar o homem de Deus. Então, a Trindade se uniu para socorrer o ser humano e trazer salvação dessa mortal enfermidade. Deus, o Pai, enviou seu filho ao mundo – aquele que planejou; Jesus, o filho, quem executou dando sua vida na cruz para salvar aqueles que nele creem; e o Espírito Santo para vir morar em caráter permanente dentro de cada um. Bendita e maravilhosa solidariedade, que além de curar o ser humano trouxe vida eterna, nas palavras de Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão”. (João 10:27,28).

Continuemos a aprovar a solidariedade humana, exaltar suas qualidades, mas sabendo que ela é passageira, e abrange uma existência curta frente à eternidade.

A que vem de Deus dura para sempre. Não exige formalidades, cadastros, contas bancárias, e muito menos filas extensas. Ela socorre a todos indistintamente, sem quaisquer esforços. Basta confessar ao Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e pela fé entrar para o grupo dos que foram alcançados pela solidariedade dos céus.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 6 de setembro de 2020

ORAÇÃO TRANSFORMADORA

 

 

 

Eli respondeu: "Vá em paz, e que o Deus de Israel

lhe conceda o que você pediu".
Ela disse: "Espero que sejas benevolente para com tua serva! "

Então ela seguiu seu caminho, comeu,

e seu rosto já não estava mais abatido.
(I Samuel 1:17)

 

“Bendita é sempre a oração, que nos dá paz ao coração, e sobrepuja toda dor, trazendo auxílio do Senhor”, é um hino bem conhecido no meio evangélico, e expressa uma realidade indiscutível de que a oração dá paz ao coração. A vida de Ana nos ensina esta verdade, pois em meio à tanta tristeza, buscou a face do Senhor e expos o seu problema. Quando entrou no tabernáculo seu rosto estava banhado pelas lágrimas, e ao concluir sua oração, seu rosto já não estava abatido.

Quantas vezes, amargurados, buscamos o consolo de Deus em face de problemas que nos afligem, e ao terminar nossa oração saímos de sua presença bem tristes. O pesar permanece, e parece que nem sequer oramos.

Com Ana não foi assim, pois quando terminou sua oração, mesmo sem qualquer vestígio de resposta, saiu com o rosto modificado, e na manhã seguinte ela e seu marido adoraram ao Senhor, depois, seguiram viagem. (I Sam. 1:19)

Seria ideal se em nossas orações imitássemos Ana, deixando a paz transbordar dentro de nós, e aguardar a resposta de Deus. A causa de seu problema já não a perturbava mais, agora tudo estava sob o controle de Deus.

A oração deve transformar nosso rosto e nos revestir de paz, e prostrados aos pés de Cristo, o Deus encarnado, adorá-lo de todo o coração.

A súplica de Ana foi atendida, e no tempo certo deu à luz um filho que ofereceu ao Senhor desde seu nascimento. Depois de desmamá-lo viajou para Siló, e o dedicou ao Senhor: “Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor. (I Sam.1:28)

Muitas vezes a resposta não virá da forma como desejamos, mas nossa oração sempre deverá alegrar nosso coração e nos levar a adorá-lo por sua grandiosidade em ouvir homens e mulheres pecadores, salvos pela obra de Jesus Cristo. 

A oração deve cessar a amargura que levamos a Deus, e ao sairmos de sua presença devemos dar vasão à esperança que alegrará o nosso rosto. Assim escreve o salmista: “De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança.” (Salmos 5:3).

Então, como está seu rosto após sua oração?

Deus permita que esteja alegre e cheio de esperança.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 23 de agosto de 2020

OS PÉS DE CRISTO, O MELHOR LUGAR

 

De imediato, uma mulher que tinha

ouvido falar dele veio e caiu a seus pés.

(Marcos 7:25-30)

  

A história desta mulher é repleta de instruções para todos os que se acercam da Palavra de Deus. Nos ensina como devemos através da oração expor nossas dificuldades e implorar o socorro de Jesus. Primeiramente ela tem um grande problema, sem capacidade para resolvê-lo. Por mais que tentasse, suas forças eram inúteis pois estava diante de um poder maligno que subjugava sua filha. Então, ela aproveita a visita de Jesus à cidade onde morava, e vai ao seu encontro.

A fama de Jesus já se espalhara por todos os lugares, ultrapassando os limites de Israel, e então chega às cidades de Tiro e Sidom. Sem dúvida, Jesus pela sua onisciência, sabia que a mulher viria pedir-lhe ajuda. Um dia ele entrou, também, na cidade de Samaria, e levou uma mulher a recebê-lo como Senhor de sua vida. Jesus conhece o coração de todos e suas necessidades não estão alheias ao seu alcance.

Devemos notar primeiramente que a mulher se aproximou de Jesus com humildade, caindo aos seus pés e o adorando. Quantas vezes procuramos a Jesus com nossos problemas de forma errada, pois nos esquecemos de prestar-lhe nossa adoração, que é o reconhecimento dele como nosso Senhor e Salvador, e agradecer-lhe pelo recebimento de todas as suas bênçãos. Depois, sim, apresentar-lhe nossa petição. Foi o que a mulher fez.

A resposta de Jesus à mulher nos surpreende. De fato, “ele veio para as ovelhas perdidas da casa de Israel”, e seu propósito era alimentar seu povo em primeiro lugar, e conclui dizendo: “Não é certo tirar comida das crianças e jogá-la aos cachorrinhos”. Ela, então, persiste em seu clamor, não abandona a Jesus, não volta aborrecida para sua casa, mas dá uma resposta aprovada por Jesus, demonstrando uma profunda humildade: “No entanto, até os cachorros, debaixo da mesa comem as migalhas dos pratos dos filhos”, ao que Jesus respondeu: “Mulher, sua fé é grande”. “Seu pedido será atendido.” E, no mesmo instante, a filha dela foi curada”.

Sem dúvida, todos temos problemas das mais diversas causas, e muitas vezes perdemos a paz tentando buscar soluções das quais Deus não se agrada, ora nos livros de autoajuda, ou em religiões com suas crendices, e, por fim, agravam-se os problemas. A mulher cananeia face ao estado lamentável de sua filha foi à procura de Jesus, assim que chegou à sua cidade, e lá do fundo do seu coração clamou: “Senhor, ajuda-me”. Uma pequena oração, mas revestida de humildade e fé.

Que os pés de Cristo seja o lugar escolhido para depositar o nosso clamor: “Senhor, ajuda-me”. Assim, um dia fez o rei Davi: “Em minha angústia clamei ao Senhor, e ele respondeu a minha oração” (Salmo 120:1). Estava aflito, orou e veio o livramento.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Jardim Botucatu, 47 anos


     

 1973 - 2020

Parabéns, igreja do Senhor, 

Dentro em breve cinquentenária

Apesar dos anos, com vigor, 

Segue com força extraordinária.   

 

Como as águias que nas alturas  

Voam sem exaustão ou cansaço,

A igreja, apesar de tantas agruras,

Também voa forte em seu espaço.

 

Vários meses suas portas se fecharam,

Pois o vírus chegou com os seus ais,

Porém, seus filhos não se intimidaram,

E contentes se uniram mais e mais.

 

A internet qual ave apareceu

Trazendo bênçãos em suas asas,

E o culto “on line” floresceu

Unindo os crentes em suas casas.

 

E assim, mensagens em profusão,

Chegavam de todos os lugares,

E aumentava a fé em cada coração

E mais temor em muitos lares.

 

Assim, prosseguiu a igreja de Jesus

Durante esta triste pandemia,

E as portas do inferno, distantes da luz

Não venceram nem roubaram sua alegria.

 

Louvado seja nosso Deus grandioso

Pela igreja que foi aqui plantada,

Pois seu maior e mais profundo gozo

É ter sua vida sempre consagrada.

 

Receba, Senhor a nossa gratidão,

Pelos anos de labor neste lugar,

Somos gratos de todo o coração,

E só teu nome desejamos exaltar.

 

Orlando Arraz Maz

 

 

 

sábado, 15 de agosto de 2020

VOCÊ CRÊ NA VOLTA DE CRISTO?

 

 

Eis que venho sem demora, e comigo está a recompensa

que tenho para dar a cada um segundo as suas obras.

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último,

o Princípio e o Fim. (Apocalipse 22:12,13)


Nos últimos dias neste mundo Jesus deixou uma mensagem aos seus discípulos: “E quando eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também” (João 14:3) Sem dúvida, palavras de conforto em face de seus próximos sofrimentos, dirigidas aos discípulos que conviveram com ele aproximadamente três anos.

Assim se dá com despedidas de pessoas que muito amamos, as quais nos animam com as palavras: “eu volto logo, nada de choro.” Muitas vezes há frustração, pois nunca mais as vemos. Entretanto, com Jesus não havia como duvidar de suas palavras “voltarei e os recebereis para mim mesmo”. Sem dúvida, encheu de esperança o coração de cada um deles.

No texto que encima nossa meditação, o apóstolo João tem o privilégio de receber a mesma mensagem deixada há aproximadamente sessenta anos, quando ainda era um jovem no vigor de sua vida. Agora, na ilha de Patmos, novamente ouve a voz de Cristo não mais como nos dias de sua angústia, mas glorificado junto ao Pai. E sua voz vem como um bálsamo para o seu coração aliviando seu sofrimento e abandono naquele triste lugar: “Eis que venho sem demora”. Uma promessa consoladora que por certo acalmou o coração do apóstolo, e o encheu de gozo, pois guardara suas palavras durante todos os seus anos. Seu Senhor e Salvador logo viria com   a recompensa que daria a cada um segundo as suas obras (Apoc.22:7,12,13).

A promessa da vinda de Cristo é uma realidade ainda em nossos dias, e o apóstolo Pedro assim escreve: “Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (II Pedro 3:13).

Não devemos nos desanimar pela demora de sua vinda, nem tampouco desacreditar, pois segundo escreve o apóstolo Pedro: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. (II Pedro 3:9)

A promessa de sua vinda deve nos animar nestes tempos de tanto sofrimento, onde lágrimas vem aos nossos olhos, e tentam nos sufocar. Sua demora tem um motivo maravilhoso onde é revelado o seu amor: “não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”.

Que nosso olhar esteja voltado para a eminente volta de Cristo, pois nas suas mãos estarão as recompensas para todos os que guardaram suas palavras e creram nelas de coração, como o próprio Senhor Jesus falou: “Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a     minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).

Jesus pode voltar, talvez, antes que alguém termine de ler esta meditação!

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 9 de agosto de 2020

EVANGELHO - A ÚNICA SAÍDA

 

 

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,

pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;

primeiro do judeu e também do grego.

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé,

como está escrito: Mas o justo viverá de fé” (Rom. 1:16,17)

 

Pouco antes da partida de Jesus para os céus deixou uma ordem aos seus discípulos: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:15,16). É o mesmo evangelho que Jesus ensinou no princípio do seu ministério, conforme escreve o evangelista Marcos.

Mas o que vem a ser o evangelho? Significa uma boa mensagem, uma boa notícia, pois diante de nossa situação pecaminosa, merecedores do castigo eterno, nos avisa que Deus nos ama e deseja a nossa salvação.

 A mensagem do evangelho de nada adiantaria caso fossem normas escritas por homens, como as leis que são debatidas pelos governantes. Muitas vezes amedrontam as pessoas e poucas vezes corrigem ou mudam seu comportamento. Tal assertiva independe de provas uma vez que nossa sociedade se corrompe dia a dia, e péssimas notícias são veiculadas diante dos nossos olhos.

Já com o evangelho não ocorre tal anomalia porque o apóstolo Paulo deixa de maneira bem clara nos seus escritos, e em especial em sua carta aos romanos, que o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Ao escrever sua carta aos cristãos de Roma, Paulo traça um panorama da degradação humana: “cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade, murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males. Desobediente aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia” (Rom. 1:29 a 32). Uma lista inesgotável e deveras horrenda, um retrato em tintas carregadas de nossa sociedade. E nesse mar profundo da maldade humana, o Evangelho chega para modificar. Suas raízes penetram o coração daquele que crê e é transformado pelo poder de Deus espelhado no evangelho de Jesus Cristo.

A salvação preconizada no Evangelho chega ao coração do homem através da fé, quando está assentada na Palavra de Deus e é obedecida sem reservas. É quando o homem reconhece que não há outro caminho, que não possui nenhum mérito, mas confia na obra de Jesus na cruz do calvário.

O pecado trouxe a condenação como o próprio apóstolo escreve: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom. 3:23), mas o evangelho traz salvação e justificação perante Deus.

Através dos anos o evangelho tem percorrido o seu caminho transformando vidas, porque foi espalhado como uma semente em todas as partes deste mundo, e cresceu porque o poder estava e está em Deus. Se conseguiu vidas perdidas na antiga Roma dos tempos de Paulo, por certo alcançará vidas perdidas do século XXI.

Que a mensagem do evangelho realize sua obra em muitos corações, resultando em vidas extremamente felizes em Jesus Cristo.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 1 de agosto de 2020

" MARAVILHAS NO MEIO DE VÓS"


Então Josué disse ao povo:
“Purifiquem-se, pois amanhã o Senhor
fará grandes maravilhas entre vocês!”.(Josué 3:5)



 


O texto em destaque para nossa meditação leva-nos à passagem do rio Jordão. Duas vezes o povo de Israel passou pelas águas: primeiro no mar Vermelho quando fugia do exército de Faraó e depois, nesta ocasião quando da posse da terra de Canaã. Josué era o comandante ordenado por Deus, e por este instruído para cumprir e obedecer a todos os detalhes durante esta travessia. Além do preparo físico o que era algo difícil em virtude das condições atmosféricas, da areia quente do deserto, o cuidado com as mulheres e crianças, o preparo espiritual deveria ser observado e Josué dá a ordem necessária: ““Purifiquem-se, pois amanhã o Senhor fará grandes maravilhas entre vocês!. Que mensagem encorajadora e repleta de esperança. Sem dúvida, o ânimo entre o povo foi redobrado e os obstáculos se tornaram pequenos.

A arca do conserto deveria ir à frente e o povo atrás, mantendo uma distância aproximada de um quilômetro. Deveriam segui-la pois o caminho lhes era desconhecido. Nenhuma distração no percurso para não perderem de vista os sacerdotes que levavam a arca do Soberano.

Eu e você fazemos a mesma travessia por este mundo, e muitas vezes há obstáculos a serem transpostos, como enfermidades, desgostos, decepções, perdas irreparáveis, carência de recursos, falta de emprego e uma lista enorme de dificuldades. O que fazer, então? Da mesma forma como fez o povo de Israel seguindo a arca, devemos seguir a Jesus, nossa arca espiritual. Ele vai à nossa frente e somente ele conhece o caminho.

Em seguir a Cristo temos uma mensagem de esperança: devemos ter purificado os nossos corações e confiar na sua morte sobre a cruz, onde seu sangue nos lavou dos nossos pecados. Sua promessa não falha e é verdadeira: ”Amanhã farei maravilhas no meio de vós” Para o povo de Israel tais maravilhas consistiam em tomar posse de uma terra que manava leite e mel, longe das agruras do deserto; para todos os que foram purificados, nosso Capitão Jesus nos livra do poder do inimigo, nos garante a vitória, dia a dia faz maravilhas entre nós, e nos leva para o céu.

A arca abriu o caminho pelo deserto, entrou nas águas profundas do rio Jordão e o povo passou sem molhar os pés – um verdadeiro milagre. Na cruz Jesus entrou nas águas profundas de seu sofrimento e morte, teve o seu corpo rasgado, e nos abriu um novo e vivo caminho que nos conduz à vida eterna - um verdadeiro milagre -. “Ele é o caminho, a verdade e a vida, ninguém pode vir ao Pai senão por mim” (João 14:6) palavras de Jesus que nos enchem de profunda alegria e esperança.  Há maravilha melhor?  

Que nossa esperança seja renovada nestes dias de tantas notícias de sofrimento e mortes causadas pela covide 19, olhando para Jesus e seguindo os seus passos como o povo outrora seguia a Arca. Cristo, a nossa Arca fará maravilhas entre nós.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 27 de julho de 2020

CANSAÇO OU DESCANSO


  
“Venham a mim todos vocês que estão cansados
e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.
Tomem sobre vocês o meu jugo. Deixem que eu lhes ensine,
pois sou manso e humilde de coração,
e encontrarão descanso para a alma.
Meu jugo é fácil de carregar,
e o fardo que lhes dou é leve” (Mateus 11:28-30- NVT)

O cansaço é algo bem desagradável e ninguém o aprecia. Após um dia de trabalho ou de qualquer atividade, muitas vezes nos deixa mau humorados, irritadiços. Já o descanso é bem-vindo e não há ninguém que o despreze, pois nos deixa relaxados e se há uma sombra e água fresquinha, tanto melhor.

Entretanto, o cansaço a que Jesus se refere em seu ensino, foge totalmente dos padrões humanos e não há como mensurá-lo. É o cansaço que nos vem pela carga do nosso pecado, como escreve o escritor da carta aos Hebreus: “Portanto, uma vez que estamos rodeados de tão grande multidão de testemunhas, livremo-nos de todo peso que nos torna vagarosos e do pecado que nos atrapalha, e corramos com perseverança a corrida que nos foi posta diante de nós” (Hebreus 12:1 -NVT). A carga que o pecado produz na vida de qualquer pessoa, além de oprimi-la traz cansaço, deixa os passos vagarosos e atrapalha a corrida nos caminhos traçados por Deus. Portanto, é algo desgastante, pois tal peso levará o homem à separação de Deus e a sua morte eterna.

Assim, o convite de Jesus se torna bastante claro e elucidativo. Ele convida todos que sentem este peso para que o busquem, pois ele dá o alívio que tanto satisfaz. Por mais esforço que faça a pessoa, por mais que busque nas religiões, nos livros de autoajuda os meios para se desvencilhar do peso que o pecado traz, são totalmente inúteis.

Outro detalhe de vital importância é que Jesus ao retirar o peso do nosso pecado, em seu lugar coloca sobre nós o seu jugo que nada pesa, e nos convida a aprender dele, pois é manso e humilde de coração. Daí, o total descanso, não o físico, mas o espiritual que nos fará seus filhos.

Na cruz, ao morrer, Jesus levou sobre si a carga gigantesca do nosso pecado, e ao expirar clamou ao Pai: “Está consumado”. O descanso, finalmente, veio, e nossa carga desapareceu. E o apóstolo Pedro nos ajuda a entender mais um pouco: “Ele mesmo carregou nossos pecados em seu corpo na cruz, a fim que morrêssemos para o pecado e vivêssemos para a justiça; por suas feridas somos curados. (I Pedro 2:24 – NVT).

Então, cansaço ou descanso? Que seja sábia sua escolha.

Uma boa semana a todos.

Orlando Arraz Maz©

terça-feira, 21 de julho de 2020

SONO DE CRIANÇA



                                                                      Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários!
São muitos os que se levantam contra mim.
Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá)
Mas tu, Senhor, és um escudo para mim,
a minha glória e o que exalta a minha cabeça.
Com a minha voz clamei ao Senhor;
ele ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá)
Eu me deitei e dormi; acordei,
porque o Senhor me sustentou. (Salmos 3:1 a 5)
 
Quantas vezes a tristeza nos abate e nos derruba de tal forma que rouba nosso sono e tira-nos a paz. São tantas as adversidades que se tornam verdadeiros adversários. Talvez uma doença que chegou de repente, uma dor insuportável, a morte de um parente ou amigo, um mal entendido no ambiente familiar, enfim, grandes e pequenas mazelas, enormes gigantes.

A meditação deste salmo nos apresenta Davi totalmente derrotado em vista da insurreição de seu filho Absalão. O segundo livro de Samuel descreve seu estado deplorável: “E subiu Davi pela subida das Oliveiras, subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e caminhava com os pés descalços; e todo o povo que ia com ele cobria cada um a sua cabeça, e subiam chorando sem cessar” (II Sam.15:30). A que ponto lastimável chegou o rei que no passado enfrentou o gigante Golias, que ganhou inúmeras batalhas, e agora foge apavorado pela revolta de seu filho, desejoso em tomar o reino de suas mãos.

Daí sua oração: “Senhor, como se tem multiplicado meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim” (vers.1). De fato, foi rejeitado pelo povo, e é alvo de zombaria e insinuações maldosas. Bem antes de ser constituído rei, um dia as mulheres cantavam sua vitória contra os filisteus: “E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares” (I Sam. 18:7). E durante quarenta anos reinou com sabedoria e retidão o povo de Israel, mas agora é totalmente rejeitado pelo mesmo povo, e se torna um fugitivo com medo de seu próprio filho Absalão. Além do mais, em seu desespero, é insultado sob a afirmação de que não há para si salvação em Deus.

Igual situação pode ocorrer a cada um de nós em meio às profundezas de uma crise, algo insuportável que nos deixa sem rumo. Aqueles que um dia nos serviam de estímulo e que muitas vezes vinham nos socorrer, hoje são inimigos e afrontam a nossa fé em Deus.

O que fazer, então? Olhemos para Davi e sigamos os seus passos. Ele busca a Deus em oração, sem pensar em recorrer a outros meios, ou buscar conselhos entre os seus comandantes. Reconhece que “O Senhor é um escudo para mim”. Uma arma defensiva e bastante usada por Davi em suas batalhas. Assim, é Deus para ele. Seu escudo, sua fonte de glória e aquele que exalta sua cabeça. Assim, Deus lhe concede dignidade e justiça. Anima e acalma seu coração.

Davi estava certo de que seria atendido em seu clamor: “Com a minha voz clamei ao Senhor, ele ouviu-me desde o seu santo monte”. Tal era sua convicção que ele pode dormir em perfeita paz: “Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou”. Assim escreve W. MacDonald em sua obra “Comentário Bíblico Popular do Antigo Testamento”: “O sono tranquilo é uma dádiva de Deus para aqueles que confiam nele em meios às circunstâncias mais desoladoras da vida”. E continua o ilustre comentarista: Depois de uma noite de repouso, Davi desperta consciente de que o Senhor acalmou seus nervos tensos de medo e maus pensamentos. Agora tem coragem para encarar os inimigos sem receio, mesmo que se encontre cercado por milhares deles”.

Depositemos, por fim, nossa fé em Deus no meio da tempestade, e nosso sono será inigualável.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 11 de julho de 2020

JAMES D. CRAWFORD - SERVO AMANTE DA OBRA DE CRISTO


27/10/1924 - 06/07/2020

Em homenagem à vida preciosa de nosso amado irmão Jaime, desejo neste blog, que é publicado semanalmente, prestar-lhe minha gratidão e respeito.

Um servo incansável na obra de Cristo até seus últimos dias. Não media esforços em se deslocar de sua cidade, São Joaquim da Barra - SP - , para os mais diversos lugares, muitas vezes distantes, para levar sua mensagem de edificação às igrejas.

Foi um incentivador e colaborador do periódico trimestral de "A Senda do Cristão", que circula entre os membros das Casas de Oração desde 1961, sempre cuidadoso na seleção dos artigos e, como tesoureiro, fiel provedor nas suas publicações.

Foi também um participante nos trabalhos concernentes ao Hinário Hinos e Cânticos, fazendo parte de sua diretoria desde a instituição da Associação Cristã Editora. Sempre atento à qualidade espiritual dos hinos, sendo auxiliado por sua esposa D. Jenny, excelente cooperadora juntamente com Luiz Soares e outros,

Os trabalhos prestados por nosso amado irmão se estendia nas mais diversas áreas, e todos sempre exercidos com muito carinho.

Sempre manifestou seu interesse na instrução dos jovens, quer em acampamentos, ou mesmo em sua casa, nestes últimos anos, onde os recebia às segundas-feiras para estudo bíblico utilizando os cursos bíblicos de Carangola-MG.

Por último, lembramos aos irmãos e amigos, que há uma publicação neste blog quando o nosso irmão completou sessenta anos de casamento, e em seguida nota de falecimento de D. Jenny. Basta inserir em “pesquisar neste blog” do lado direito, “Jenny Crawford” onde poderão ser lidos todos os detalhes.

Que sirva de bênçãos e edificação a publicação dos dados de nosso amado irmão Jaime.  

E que o Senhor Jesus Cristo seja glorificado pela sua vida e exemplos deixados.

Orlando Arraz Maz©






domingo, 5 de julho de 2020

UM MAL EVITADO NA PANDEMIA


“Portanto, “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor.

“Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei”,

“e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas”,

 diz o Senhor Todo-Poderoso.” (II Cor. 6:17,18)


Uma das consequências causadas pelo “novo corona vírus – covid 19”, além dos terríveis efeitos físicos que podem levar à morte, está a desorganização do orçamento familiar gerado pelo desemprego em massa. Famílias estão à beira da miséria, desesperadas pela falta de alimentos e recursos financeiros para o pagamento das mínimas necessidades.


A pandemia não escolheu nível social, muito menos pessoas de diversos segmentos religiosos, algumas conhecedoras das Sagradas Escrituras, outras sem qualquer entendimento nesta área bíblica.


Daí surge um dos males da pandemia: o desespero entre os cristãos que são convidados por amigos ou parentes para exploração de alguma atividade de rentabilidade urgente. Juntam seus parcos recursos e passam a serem sócios. A premente situação vedou-lhes total entendimento para tal empreendimento societário.


Quando o apóstolo Paulo escreveu sua segunda carta aos Coríntios, preveniu aqueles cristãos dos perigos de uma união desigual: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?” (II Cor. 6:14). Muitas vezes alguns aplicam essas palavras aos casamentos mistos, mas elas vão mais além, abrangendo as uniões em sociedade. E muitos cristãos que abraçam tal caminho se veem bem cedo envolvidos em situações pecaminosas.


O apóstolo usa a figura de um jugo desigual, um verdadeiro absurdo no trabalho do campo, quando na lei de Moisés era vedado o uso de um boi e de um jumento, um animal forte e um fraco, um imundo e outro limpo. Sem dúvida, quando um ia para um lado, o outro seguia em direção oposta. Da mesma forma, uma união do crente com o descrente se dá o mesmo: um é limpo e purificado pelo sangue do Senhor Jesus, o outro ainda convive com a prática de pecado em sua vida; um é luz e o outro trevas. E o apóstolo conclui: “... que comunhão da luz com as trevas”?


Uma união desigual jamais contará com a bênção de Deus, mesmo que haja sucesso em seu início, o que não aponta para a aprovação do Senhor. Muitas vezes o cristão acaba concordando com atos ilícitos do descrente, o que o leva a um enorme pesar e o entristecimento do Espírito Santo.


Portanto, esse mal oriundo da pandemia poderá ser evitado pelo cristão. Deus tem meios melhores e abençoados para seus filhos. Coloque seus temores na presença de Deus e ele, somente ele terá a solução ideal. “Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança” (Salmos 130:5) Que a esperança do salmista seja apropriada por todos. Por último, temos a promessa de Deus "e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo Poderoso.


Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©