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sábado, 6 de fevereiro de 2021

DESANIMADO? NÃO TEMAS. SIGA EM FRENTE

 




“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso!
Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor,
o seu Deus, estará com você por onde você andar", (Josué 1:9)


 

As palavras acima foram ditadas pelo Senhor Deus a Josué, com a finalidade de animar o povo na travessia do deserto.

Anteriormente o próprio Moisés as transmitira ao povo, dando-lhes suas últimas instruções (Deut. 31: 6-8). Acabara de falecer aquele que os libertara da escravidão do Egito, conduzindo-os pelo deserto pelo espaço de quarenta anos.

Deus conhecia perfeitamente aquelas pessoas, seus sentimentos, seus medos e suas aspirações. Sabia que depois da morte de Moisés viria o desânimo, a frustração, o medo, a revolta.

O texto de nossa meditação pode ser aplicado às nossas vidas especialmente nestes dias, quando a violência impera em todos os lugares. Temos medo de sair de nossas casas e nos aventurarmos em ir a lugares de grande concentração.

Não há segurança nas escolas onde estudam nossos filhos, em nosso trabalho, e até mesmo nas igrejas na hora dos cultos.

Nos tempos de Josué as circunstâncias eram outras: povos inimigos, guerras, falta de provisão, de água. Entretanto, o medo deles em nada é diferente do nosso.

A mensagem que vem da parte do Senhor para os nossos corações é sobretudo alentadora: “não te espantes”  

Para aquele povo Moisés estava morto. Para nós, nosso “Moisés” o Senhor Jesus está vivo. E aqui reside a grande diferença.

Sem dúvida os percalços estão à nossa volta, o medo e a insegurança, mas a promessa de Deus traz conforto ao nosso coração: “porque o Senhor teu Deus é contigo”. Esta bendita promessa veio ao coração daquele povo como bálsamo refrescante. E Josué, o novo capitão, seria o homem escolhido por Deus para abrir-lhes os olhos para esta promessa, e levá-los com segurança às terras férteis de Canaã.

E Deus cumpriu sua palavra, pois é fiel em suas promessas (II Carta aos Coríntios 1:20). Aquele povo provou sua fidelidade, pois muitos inimigos foram derrotados, cidades foram conquistadas, e a cada dia o povo se tornava vitorioso, apesar de suas falhas.

Em Jesus Cristo temos as mesmas promessas, e ainda maiores. Ele foi para o céu, por pouco tempo está ausente da nossa visão, mas as suas promessas permanecem inabaláveis.

Jesus, ao despedir-se dos seus discípulos, na sua ascensão para o céu animou-os com a certeza de sua presença: “e certamente estou convosco todos os dias, até a consumação do século” (Mateus 28:20). Uma presença sempre atual, não uma promessa remota, que serviu de incentivo e coragem para que enfrentassem os dias tumultuosos descritos no livro dos Atos dos Apóstolos.

Outra promessa brilhava nos seus corações: “não vos deixarei órfãos; virei outra vez para vós”. E assim, os apóstolos alcançaram forças quando as provas chegaram.

O escritor da carta aos Hebreus escrevendo para os fiéis que perderam os seus bens, e que foram presos pelo testemunho do evangelho, os conforta: “não te deixarei nem te desampararei” (Hebreus 13:5). Não foram poupados das mãos de assaltantes, de governos impiedosos, de leis injustas. Pelo contrário, foram espoliados de seus bens, muitos reduzidos à miséria, mas a promessa de Deus servia-lhes como verdadeiras alavancas. Não se sentiam sós, muito menos desamparados.

Resta-nos, portanto, confiar nas mesmas promessas. O nosso amado Salvador caminha à nossa frente.

Nem sempre seremos poupados. O assalto poderá acontecer com a perda de nossos bens, talvez da própria vida, e mesmo assim sua promessa deve nos transmitir segurança e conforto.

O caminho que temos a seguir é incerto? Não enxergamos nada? As palavras do poeta nos animam: “Não sei o que me espera, Deus não me revelou; a senda é nova para mim, mas com meu guia vou”.

Que as promessas de Deus e a presença de Jesus fortaleçam nossas vidas, sustentando-nos a cada nova manhã, quando sairmos para o trabalho, nossos filhos para os estudos, nossas esposas cuidando do lar: “não te espantes porque o Senhor teu Deus é contigo”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

 

 

domingo, 31 de janeiro de 2021

COMO ENSINAR MEU FILHO?

 

“Então, disse Manoá: Quando se cumprirem as tuas palavras, 
qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?” (Juízes 13:12)
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, 
e ainda quando for velho, não se desviará dele”, (Prov. 22:6)

 

A história de Sansão sempre traz interesse e curiosidade, especialmente nas crianças. Sua força descomunal, muitas vezes pintada em livros de desenhos infantis, atiça a curiosidade delas.

A história de seu nascimento também foi algo extraordinário, pois um anjo do Senhor visitou a seus pais (primeiro a sua mulher), com a notícia que todas desejam: ela daria à luz um menino, um verdadeiro milagre já que era estéril. Em seguida deixou instruções de como criaria o menino, e ausentou-se. E em meio a essa notícia alvissareira, correu para contar a seu marido, que orou a Deus e suplicou por mais uma visita do anjo, pois desejava saber como “ensinar o menino”. E ao aparecer-lhe o anjo do Senhor pela segunda vez, reforçou seu pedido: “mas qual será o modo de viver e serviço do menino?” (Juízes 13:12). E após oferecer-lhe uma oferta que foi recusada, desejou saber o nome do anjo, e descobriu chamar-se Maravilhoso, ou em outra versão “meu nome está além do entendimento”. E ao oferecer em sacrifício o animal para Deus, o anjo subiu na chama do holocausto. Daí descobriram que era o próprio Deus, e que entendemos ser o Senhor Jesus em forma humana.

Embora Sansão teve uma vida de desobediência a Deus e não observou as instruções por ele dadas, sem dúvida foi instruído por seus pais.

Uma lição que podemos tirar é a preocupação dos pais em “como criar o menino”, e qual seria o “modo de viver e serviço do menino”. Quão bom seria se tal preocupação fosse a de muitos pais em nossos dias, especialmente a dos que conhecem a Palavra de Deus, em ensinar-lhes que Cristo é Maravilhoso, cujo nome é incomparável, e levá-los ao conhecimento de Cristo desde sua infância.

A Bíblia nos manda “ensinar a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Prov.22:6) Os pais de Sansão fizeram a sua parte. Sua mãe, sem dúvida, cumpriu a palavra do Anjo do Senhor, e ambos o instruíram da melhor forma possível.

Entretanto, muitos podem questionar: mas Sansão não andou nos caminhos do Senhor, e sua vida foi totalmente contrária à vontade de Deus? E isto pode acontecer em nossos dias, quando crianças são ensinadas de forma adequada “no caminho que devem andar”, por seus pais, e mais tarde seguem seus próprios caminhos, longe de Deus. Há exceções, mas trata-se de uma regra geral.

Os pais devem “ensinar” seus filhos e com amor mostrar-lhes o caminho de Deus, pois há subsídios em abundância na Palavra de Deus. Se ocorrerem desvios, como no caso de Sansão, seus pais não poderão lamentar o descuido no ensino quando crianças.

Por último, que o exemplo dos pais de Sansão venha a incentivar todos os pais, nestes dias quando a tecnologia tende a ganhar espaço na vida das crianças, roubando-lhes o tempo precioso do aprendizado da Palavra de Deus.

Que haja mudanças em muitos pais, e a exemplo dos pais de Sansão, que orem ao Senhor: “como ensinar o menino?”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

UM RARO PERFUME

 

 

 

Então Maria pegou um frasco de perfume caro

feito de essência de óleo aromático,

ungiu com ele os pés de Jesus

e os enxugou com os cabelos.

A casa se encheu com a fragrância do perfume. (João 12:3)


Os evangelistas nos apresentam a vida de Jesus como uma foto vista de diversos ângulos. Cada um deles focalizou a sua beleza mostrando detalhes diferentes.

 No relato desta nossa meditação, Mateus e Marcos observam que a mulher ungiu a cabeça de Jesus; João, que ungiu seus pés e que a casa se encheu de perfume, e que era Maria, irmã de Marta e Lázaro, cujo unguento guardara para sua sepultura, e por fim, que Judas reclamou do desperdício.

Mateus e Marcos falam que o jantar foi oferecido por Simão, um leproso, por certo curado por Jesus. E João, relata que nesta ocasião memorável, se encontravam Maria, Marta e Lázaro.

Juntando todos esses ângulos temos uma foto perfeita que nos permite contemplar as belezas do Amado Salvador.

Uma família grata ao Senhor pela bênção da ressurreição de seu irmão Lázaro encontra-se em casa de Simão, que oferece uma ceia para o Senhor Jesus, com Marta servindo aos presentes e Maria adorando, sempre contemplativa diante daquele que um dia se referiu a ela como ter “escolhido a boa parte que não lhe seria tirada” – a de estar aos seus pés aprendendo dele (Lucas 10:42). Quanta alegria não teriam os participantes desta ceia: Simão curado de sua lepra, Lázaro cheio de vida à mesa, Marta, como de costume, servindo e Maria adorando. Somente Judas não apreciou nada, pois seu coração estava distante de Jesus.

Várias lições podemos extrair desta meditação, dentre elas nossa gratidão ao Senhor por todas as suas bênçãos, especialmente pela nova vida que alcançamos em Cristo. O apóstolo Paulo assim escreve: “Mas Deus é tão rico em misericórdia e nos amou tanto que, embora estivéssemos mortos por causa de nossos pecados, ele nos deu vida juntamente com Cristo. É pela graça que vocês são salvos” (Ef.2:4,5 – NVT). Hoje podemos ter plena comunhão com Cristo, pois as amarras do pecado foram desatadas e nos tornamos libertos, tal qual Lázaro ressuscitado.

Entretanto, no meio daquela ceia, apareceu Maria com um frasco de perfume caro feito de essência de óleo aromático, que ungiu com ele os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa se encheu com a fragrância do perfume”. (João 12:3). Maria não fez questão do alto preço do unguento, avaliado por Judas em trezentas moedas de prata, exatamente dez por cento do valor que venderia o Senhor Jesus.

Maria, mais uma vez foi elogiada por Jesus, pois seu ato fora feito como preparação para o seu sepultamento. (João 12:7). Não esperou a morte de Jesus para embalsamar seu corpo, mas o fez pouco antes. E Jesus conclui: “Eu lhes garanto: onde quer que as boas novas sejam anunciadas pelo mundo, o que esta mulher fez será contado, e dela se lembrarão”. (Mat. 26:13)

Grandiosa verdade! A pequena aldeia de Betânia entrou para a história, enquanto cidades famosas, hoje, não são sequer lembradas, e o feito de sua moradora é recordado após dois mil anos.

Simão, outrora leproso, nos ensina a abrir a porta do nosso coração e permitir Cristo comandá-lo; Lázaro nos leva a recordar a nova vida que temos em Cristo; Marta, sua prontidão em servir, e Maria sua devoção a Cristo.

Que nossas vidas que por Ele foram compradas por alto preço, sejam verdadeiros frascos de alabastros totalmente quebrados aos seus pés em constante adoração, cujo perfume venha dar alegria a Cristo, fragrância à  nossa vida e inebriar aos que nos cercam.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

 

 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

QUEM PODERÁ CURÁ-LO?

 

 E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.

E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava

 neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?

O enfermo respondeu-lhe: Senhor,

não tenho homem algum que, quando a água é agitada,

 me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou

desce outro antes de mim. (João 5: a 16)

 

 Ao ler este impressionante relato da cura do paralítico, me deparo com a maneira como Jesus aparece no texto:” E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? (João 5:6).

 

Jesus chegava à Jerusalém, e inicialmente dirigiu-se à Porta das Ovelhas, onde, perto, havia um tanque chamado Betesda, no qual se encontravam muitas pessoas doentes esperando a cura pelo movimento das águas. Sem dúvida, um ambiente que ninguém gostaria de entrar, muito menos de permanecer vendo a aflição dos enfermos. Não Jesus.

Ele, o Bom Pastor, o Cordeiro de Deus entrou pela porta conhecida como Porta das Ovelhas, por onde entravam para o sacrifício no templo. Uma alegoria que representa Jesus Cristo, o verdadeiro cordeiro de Deus. João Batista declarou aos seus discípulos uma verdade maravilhosa: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:35,36).

E lá, à beira do tanque chamado Betesda, que significa "lugar da misericórdia divina" ou "casa da misericórdia divina, “descobriu um homem que estava enfermo há muito tempo”. Não precisou fazer uma pesquisa, muito menos indagar às pessoas ali presentes, pois sabia de sua longa enfermidade.

O Cordeiro de Deus entrou pela porta deste mundo onde se encontravam ovelhas desgarradas, sem condições de locomoção, paralíticos espirituais, e sem ter alguém que tivesse compaixão delas para dar-lhes a cura que precisavam. A misericórdia de Cristo que naquele dia alcançou o paralítico restabelecendo seus movimentos, é a mesma em nossos dias que restaura vidas.

Quando Jesus perguntou ao paralítico se teria alguém para ajudá-lo a entrar no tanque, foi sincero: “não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque.” Quanta verdade! Muitos hoje esperam pela ajuda de religiosos, de amigos que nunca aparecem, e que não podem curá-los das enfermidades do coração. Enquanto não reconhecerem sua incapacidade confessando os seus pecados, não receberão a gloriosa cura espiritual que os fará andar com passos firmes debaixo da misericórdia de Cristo, desfrutando nova vida.

Aquele dia foi coroado com um final feliz: “Levanta, toma a tua cama e anda. Logo, aquele homem ficou são, tomou a sua cama, e partiu”. Hoje se dá o mesmo quando Jesus salva o pecador de seus pecados. Imediatamente surge uma nova vida, e a vida eterna é garantida.

A misericórdia de Cristo leva os paralíticos espirituais a andarem sobre a rocha que é Jesus e a terem a mesma experiência do salmista: “Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos”. (Salmos 40:2).

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

AFLIÇÕES PASSAM...

 


 Porque para mim tenho por certo que

as aflições deste tempo presente não são para comparar

 com a glória que em nós há de ser revelada”. (Rom.8:18)


Aflição é uma palavra que não gostamos de pronunciar, pois nos lembra momentos de tristeza em nossas vidas, quer sejam passados ou presentes. As aflições que se foram deixam marcam profundas, e as que estamos passando, paralisados. Um exemplo bem marcante é a crise de pandemia que assola o universo. Por todos os lados somos atingidos, ora com a perda de familiares e amigos que tanto amamos, outros em hospitais ou confinados em suas casas. E assim, a aflição tira toda a tranquilidade.

 A aflição ainda pode ser mental que leva muitos à depressão, definhando-se a cada dia, sem ânimo para as mínimas coisas.

Entretanto, para os que confiam na Palavra de Deus, há lenitivo para as aflições, pois Deus tem suas misericórdias, e estas não têm fim, pois a cada manhã se renovam. (Lam. 3:22) Basta confiarmos de todo o coração e por certo Deus cuidará de cada aflição que pesa sobre seus filhos.

Atentando para a vida do apóstolo Paulo descobrimos suas aflições, conforme lemos na sua segunda carta aos Coríntios capítulo 11: abundantes trabalhos que não poupavam seu corpo cansado; crueldade e perseguições; perigos marítimos e terrestres; cansaço e necessidades; ansiedade pelas igrejas; humilhação ao ser baixado num cesto, e ainda pelo espinho na carne que o incomodava, e por fim sua morte bárbara ainda oculta aos seus olhos.

Em face de tantas dificuldades, ele escreve aos cristãos de Corinto e dá seu testemunho: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. Ele sabia que suas tribulações eram como gotas no oceano da glória de Deus e assim se tornavam em algo momentâneo, passageiro. E em sua carta aos irmãos de Roma, escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Rom.8:18). A perspectiva da glória enchia seus olhos e coração.

Suas palavras deveriam transbordar de ânimo todos os que passam por aflições, sabendo que o socorro vem da parte de Deus, e elas se tornam tão insignificantes diante do seu grande amor.

Que possamos voltar nossos olhos para Jesus nestes tempos tão difíceis, pois da mesma forma que um dia chorou em frente ao sepulcro de Lázaro, ele compreende perfeitamente as aflições e lágrimas de seus filhos.

Nas aflições do apóstolo João na ilha de Patmos, a revelação de Cristo trouxe paz ao seu coração:” E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. (Apoc. 21:4)

As aflições são passageiras, a glória reservada aos seus filhos é eterna.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

MUDOU O ANO E DEUS NÃO MUDOU

 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.(Hebreus 13:8) 

Mudamos o calendário – 2020 para 2021, e muita coisa vai mudar: planos modificados, sonhos reestruturados, novas conquistas, novos compromissos. Mudanças e mais mudanças.

 Nosso humor muda a cada instante, nossa alegria um dia está lá no alto, outro dia lá embaixo.

 Enfim, mudamos bastante.

 Entretanto, só há um que não muda: “Eu, o Senhor, não mudo” (Mal.3:1)

Jesus Cristo não muda:  Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8)

 O amor de Deus não muda: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

 A sua compaixão não muda: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”. (Hebreus 4:15)

 O seu cuidado não muda:  “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (I Pedro 5:7)

 O seu poder não muda: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Efésios 3:20)

 Então, queridos amigos, que possamos enfrentar este novo ano com mais ânimo e fervor, sabendo que podemos contar com o amor de Deus que não muda.

 Feliz e abençoado 2021.

Orlando Arraz Maz©

 

domingo, 27 de dezembro de 2020

NATAL, TEMPO DE ALEGRIA

 

 

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,

de ti me sairá o que será Senhor em Israel,

e cujas saídas são desde os tempos antigos,

desde os dias da eternidade. (Miqueias 5:2).

E entrando o anjo onde ela estava, disse:

Salve, agraciada; o Senhor é contigo:

bendita tu entre as mulheres. (Lucas 1:26-28)

 

Pensando, ainda, no Natal, e meditando no texto de Miqueias 5:2, descobrimos que Deus escolheu a cidade e escolheu quem seria a mãe do Salvador. A cidade seria Belém Efrata, ou Belém de Judá, que quer dizer casa do pão, onde muitos acontecimentos históricos se sucederam: lá, Raquel, esposa de Jacó, foi sepultada; Noemi e seu marido Elimeleque, por causa da fome, mudaram-se de Belém, escolhendo Moabe, onde mais tarde morreram os filhos de Noemi e seu marido. Rute, sua nora, mais tarde casou-se com Boaz, de onde nasceu Davi. São estes os diversos acontecimentos que se deram na pequena Belém, culminando com o maior de todos, o nascimento do Senhor Jesus.

Deus escolheu a mãe. Em uma cidade obscura, para lá se dirigiu o anjo Gabriel. Quanta honra para este ser angelical, cuja missão é relatada no evangelho de Lucas: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui envido a falar-te e dar-te estas alegres novas” (Lucas 1:19). Em outras ocasiões o anjo Gabriel foi enviado a Daniel para ajudá-lo a entender suas visões, e muito tempo depois foi enviado para anunciar o nascimento de João Batista, que em princípio duvidou da grata notícia, resultando daí sua mudez. Mas, desta vez coube a ele levar novas de grande alegria ao coração de uma jovem chamada Maria. Tão diferente do velho Zacarias, que após ouvir as explicações do anjo Gabriel, disse: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38).

Quanta verdade nas palavras do anjo, declarando que seriam novas de grande alegria. Naquela noite inesquecível para os pastores, a mensagem do anjo foi singular: “O anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10,11). A mesma alegria foi sentida pelos magos ao contemplarem no céu a estrela que os guiou até o humilde lugar: “E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:10,11).

A alegria que vem do nascimento de Jesus é a mesma que vem ao coração de todos os que creem nele, pois esta é sua promessa: “Tenho lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”. (João 15:11).

Quando Zaqueu quis conhecer a Jesus do alto de uma árvore, aceitou o seu convite para descer e o recebeu com alegria. (Lucas 19:6).

E quando Jesus subiu ao céu, os discípulos “adorando-o, voltaram para Jerusalém cheios de alegria” (Lucas 24:52)

O Natal é tempo de alegria, não alegria nas reuniões familiares, nas festividades, nas trocas de presentes, pois esta é passageira e termina assim que termina o dia de Natal. A alegria real deve ser a mesma dos pastores, dos magos, de Zaqueu e de todos os que encontram Jesus, não mais na manjedoura, mas vivo no coração, como Salvador, Cristo e Senhor.

Caso tenha sido assim este o seu Natal, parabéns. Sua alegria permanecerá para sempre. Se não, peça a Cristo para nascer em seu coração e seu Natal será todos os dias, e sua alegria não terá fim.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 20 de dezembro de 2020

NATAL, TEMPO DE ESPERANÇA

 

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,
de ti me sairá o que será Senhor em Israel,
e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade. (Miquéias 5:2)

Quem não gosta de palavras boas e esperançosas quando vem passando por períodos intensos de abandono, isolado dos amigos em tristeza profunda? Assim se encontrava o povo de Israel nos tempos do profeta Miquéias. Os ricos prevaleciam desprezando os pobres, e se aliavam às nações vizinhas, todas pagãs, e praticavam seus cultos. E nesse ambiente sombrio surge o profeta Miqueias com sua mensagem recebida de Deus, anunciando o castigo dos opressores, e deixando uma mensagem de esperança para os que se sentiam abandonados.

O texto desta meditação é como uma luz no fundo de um túnel, que aponta para um tempo que será mudado pela vinda do Messias que virá de um lugar obscuro, sem qualquer relevância histórica. Virá de Belém Efrata, distinta de outra cidade com o mesmo nome. Cidade pequena para receber o “Senhor em Israel”.

Uma profecia cumprida exatamente, sem qualquer mudança, pois Deus é fiel em todas as suas promessas. Assim escreve o apóstolo Paulo: “Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”.  Por isso, por meio dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus”. (II Cor.1:20)

 E foi exatamente o lugar onde o Senhor Jesus nasceu, conforme relata Mateus: “E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel”. (Mateus 2:5,6)

Quanta alegria e esperança trouxe a mensagem de Miquéias para as pessoas que a ouviram. Embora tenha levado aproximadamente setecentos anos para o seu cumprimento, tornou-se realidade na pequena cidade de Belém no tempo determinado por Deus.

Para nós que conhecemos a vinda do Senhor Jesus em todos os detalhes do seu nascimento, também temos alegria e esperança, pois ele é divino e eterno. Não tem princípio e nem fim. Temos alegria porque ele veio para nos salvar e nos garantir a vida eterna, porque ele é eterno – desde os dias da eternidade desde os tempos antigos.

Que a mensagem de Natal nos renove a alegria e nos leve a crer em Jesus como Salvador de nossas vidas, pois Ele “desceu do esplendor lá da glória e, humilde, entre nós caminhou; e, enfim, derramando o Seu sangue, aos homens na cruz resgatou” (HC 54)

O pecado oprimiu o ser humano, tirou sua alegria e o escravizou nos laços de satanás, mas a vinda de Jesus ao mundo para ser o Salvador, mudou a sorte de todos os que nele creem.

 Que nossos olhos sejam abertos tal como Simeão que tomou a criança nos braços e louvou a Deus, dizendo: “Soberano Deus, agora podes levar em paz o teu servo, como prometeste. Vi a tua salvação” (Lucas 2:28,30).

Natal é ter os olhos abertos para ver a salvação de Deus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 13 de dezembro de 2020

A BÍBLIA, O LIVRO SEM IGUAL

  

 

Uma iluminação tem sua utilidade sempre à noite, embora muitos lugares usem-na durante o dia. Mas é na escuridão que a luz se propaga, e quanto mais escuro o lugar, mais predomina a iluminação.

 Nos mares os grandes faróis orientam as embarcações, mostrando-lhes rotas seguras sem os perigos de acidentes.

Entretanto, a meditação deste versículo nos apresenta outra utilidade da luz, uma lâmpada para iluminar o caminho. A “noite escura” da maldade do coração do ser humano e do pecado, nos distancia de Deus e dificulta nossos passos para agradá-lo.

A lâmpada que o salmista se refere é a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Hoje é comemorado o seu dia, pois ela tem sido o verdadeiro farol que ilumina os passos dos homens, apontando-lhes para o Senhor Jesus, que transforma os corações.

Napoleão Bonaparte, o imperador francês, assim falou sobre ela: “A Bíblia não é um simples livro, senão uma Criatura Vivente, dotada de uma força que vence aos que se lhe opõem”.

 Segundo dados do “Guiness Book” a Bíblia já foi traduzida para 349 idiomas e é o livro mais vendido do mundo. Os números absolutos, porém, são incertos, mas há estimativas de que mais de cinco bilhões de cópias foram distribuídas desde o século XIX.

Embora a Bíblia seja o livro mais vendido do mundo, é pouco lida, pois ainda há muitas pessoas que a ostentam em suas bibliotecas, ou em um móvel de sua sala, tão somente aberta em um salmo de sua predileção para trazer sorte, ou bons “fluidos” para o dia.

Quando a Bíblia for lida com o coração sedento de Cristo, ele será achado por todos, e fará morada permanente nos corações endurecidos. O apóstolo Paulo conhecia perfeitamente o valor da Palavra de Deus, e deixou claras instruções ao seu filho na fé, Timóteo:

 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”.

Que os dias tão escuros em que vivemos, onde muitos são arrastados para os caminhos de destruição e morte, sejam iluminados com a luz da Bíblia, e tenham perfeita orientação, deixando que sua luz penetre seus corações e mude suas vidas.

 “Andas tu na escuridão sem nada ver? Abre o coração e deixa Cristo entrar, sua luz em ti raiar. Deixa a luz do céu entrar; deixa o sol em ti raiar. Abre bem a porta do teu coração: Deixa agora Cristo entrar” (HC 699)

Jesus é o centro das Escrituras, e como ele é a luz do mundo, creia de coração em sua Palavra, e só assim a Bíblia será “lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 6 de dezembro de 2020

A VACINA CONFIÁVEL

 "E eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra 
e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna 
e não será condenado, 
mas já passou da morte para a vida." (João 5:24)

Em meio a uma pandemia que ameaça a todos de morte, há esperança para os que aguardam a vacina tão comentada. Muitos fazem seus planos para saírem de suas casas, fazerem viagens, visitar e abraçar familiares e amigos. Imaginam uma nova vida que foi interrompida de forma bastante trágica.

Entretanto, há uma pandemia de proporções gigantescas que existe há muitos anos, mas que pouco incomoda a muitos. Ela separa o homem de Deus, que segue seu próprio caminho pensando ser reto, mas que no final conduz à morte. (Prov. 16:25).

A pandemia que nos assola tem deixado marcas profundas de tristezas e muitas lágrimas pela perda de vidas queridas, assim como a pandemia espiritual que também tem afetado toda a humanidade. E o pior, aquela leva à morte física, esta, a morte espiritual e a separação eterna de Deus

A vacina contra o coronavírus pode falhar e a contaminação persistir, mas na “vacina” que Deus providenciou, a cura jamais falhará. Para resolver de uma vez por todas, deu seu único filho para nos salvar, morrendo na cruz por nós. Ali a pandemia espiritual cessou completamente e não deixa sequelas para os que creem em Cristo, pois nele alcançam nova vida e passam a respirar os ares celestiais.

A vacina de Deus não é aplicada escolhendo idade das pessoas, não faz nenhuma restrição e não provoca efeitos indesejáveis. Também não se formam filas intermináveis sob o sol ou chuva, mas está sempre disponível para todas as idades e seu estoque é inesgotável, como é o amor de Deus.

Então, como precisamos fazer a nossa parte para não sermos atacados pelo coronavírus, usando máscaras, higienizando nossas mãos, com a vacina de Deus nossa participação é ineficaz, nossos esforços desnecessários, pois só Deus, através do sangue de seu filho, pode nos livrar da morte eterna.

Que tal buscarmos a vacina de Deus olhando e crendo em seu filho, pois só nele temos cura e vida eterna. E Jesus atesta esta preciosa verdade: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. (João 6:40).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

AOS PÉS DE CRISTO, O MELHOR LUGAR

 

  

Convidado por um dos fariseus para jantar,

Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa.
Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu,

certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’,

trouxe um frasco de alabastro com perfume,
e se colocou atrás de Jesus, a seus pés.

Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas.

Depois os enxugou com seus cabelos,

beijou-os e os ungiu com o perfume.(Lucas 7:36-38)

 

A Bíblia está repleta de narrativas envolvendo a bendita pessoa de Jesus, muitas das quais nos emocionam. Esta, de nossa meditação, é uma delas.

Descobrimos ao ler o texto um fariseu que convidou Jesus para jantar, e podemos deduzir que seu convite era meramente formal, talvez investigativo para acusá-lo perante as autoridades. Sua atitude como anfitrião denota um coração frio e desprovido de qualquer necessidade espiritual. Pelo julgamento que fez à mulher, ele se colocou num pedestal ao afirmar que se tratava de uma pecadora.

Não basta um convite para recepcionar a Jesus em nossas vidas, quando nos colocamos num lugar elevado, ou nos aborrecemos quando somos tratados como pecadores, e o convite se torna apenas uma formalidade espiritual.

Entretanto, a iniciativa da mulher é deveras instrutiva, pois sentiu necessidade em seu coração de ter um encontro com Jesus. Analisou sua vida e descobriu que a melhor solução estava em Jesus. E não perdeu tempo. Munida de um frasco de alabastro, postou-se beijando os pés de Jesus, e com seus cabelos secando as lágrimas neles derramadas. Uma atitude de profunda necessidade, pois era impossível carregar o fardo dos seus pecados, e a melhor solução era depositá-lo aos pés de Jesus. Em seguida, suas mãos carinhosas derramaram em seus pés o perfume precioso.

Nada escapou do atento olhar de Simão, que em seu pensamento censurou o Senhor Jesus, duvidando de sua missão, como profeta e Salvador do mundo. E Jesus em sua onisciência leu o pensamento de Simão, e em seguida contou-lhe a parábola dos dois devedores mostrando ao fariseu a sua frieza em contraste com a devoção da mulher.

Hoje não mais podemos beijar os pés de Jesus e regá-los com nossas lágrimas, mas podemos e devemos trazer em nosso coração o alabastro do nosso louvor e gratidão pelo amor demonstrado na cruz. Fomos abençoados com um amor infinito que cobriu a multidão de nossos pecados, e nos deu a sua paz.

Lamentamos o procedimento de Simão, pois sua história poderia ter sido diferente. Nada tocou seu coração. Saiu da presença de Jesus levando sua arrogância. A mulher, por sua vez, saiu salva e levando sua paz no coração.

Que imitemos esta mulher conhecida como “a mulher pecadora”, e tal como ela, sejamos conhecidos por todos como “pecadores”, salvos por Cristo e possuidores de sua paz.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 21 de novembro de 2020

CORAÇÃO DE PEDRA OU DE CARNE?

 “Darei a vocês um coração novo e porei 
um espírito novo em vocês; 
tirarei de vocês o coração de pedra 
e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

Estamos atravessando um período de nossa história marcado por violência e morte. As notícias e imagens chegam até nós, e ficamos perplexos com cenas de horror. Basta uma pequena discussão, que normalmente acaba em morte. Nesta semana foi a vez de João Alberto morrer vítima de espancamento, cuja notícia se espalhou imediatamente por todos os lugares.

A Bíblia relata o primeiro homicídio que também nos causa certa perplexidade. Um irmão mais velho, Caim, matou seu irmão menor, Abel. Desconhecemos como o matou, mas os motivos que o levaram à tamanha crueldade, estes, sim, são conhecidos. A inveja de seu irmão foi a causa, uma vez que teve sua oferta rejeitada por Deus.

Certamente, dentro do jardim, a morte não era cogitada e muito menos entendida. Não bastasse a expulsão motivada pela desobediência, agora sentem os efeitos do pecado. Primeiramente, a morte espiritual, o afastamento de Deus, agora, a morte física de seu filho Abel. Fico imaginando a tristeza de seus pais, e o lamento dessa morte brutal.

E a partir daí, como uma estrada sinuosa, através dos anos temos visto a mesma história: sangue derramado, lágrimas sem conta, famílias esfaceladas, filhos sem pais, e tudo porque o pecado entrou por todos os poros do ser humano.

Tais mortes acontecem porque falta o amor de Cristo no coração daqueles que as praticam, pois “o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”. (Gál. 5:22,23).

Embora o panorama seja sombrio, há esperança em meio a tanto caos. É conhecer o transformador amor de Cristo que muda os impulsos do coração. A nova vida dada por Cristo vem com novos desejos, todos produzidos pelo fruto do espírito.

Assim, quando o Evangelho de Cristo penetrar no coração de pedra do ser humano, e for trocado por um coração de carne, muitas vidas serão poupadas e lágrimas não mais serão derramadas. Ezequiel, o profeta, assim escreve: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

O pecado trouxe lágrimas e mortes. Cristo trouxe vida e vida em abundância. E ele mesmo enxugará dos olhos toda lágrima. “Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apoc. 21:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 15 de novembro de 2020

QUEBROU! E AGORA?

 Mas o vaso de barro que ele estava formando se estragou-se em suas mãos; 

e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade.Jeremias 18:4



Certa vez mandei um vídeo para ser consertado, e qual não foi minha surpresa em ouvir do técnico que o conserto não compensava. Seu destino deveria ser o lixo. Uma tristeza, pois estava bem conservado, sem riscos, e parecia ter saído da loja. Mas, para nada mais servia.

E por falar em algo que se quebrou, vem à lembrança o vaso do oleiro descrito pelo profeta Jeremias.
A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo:
Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. (Jeremias 18:1-4)

Um oleiro e sua obra - um vaso - possivelmente para ser usado como decoração, o que requer muito cuidado e atenção. Mas mesmo assim, quebrou-se nas mãos do oleiro.

Deus fez uma obra perfeita na criação do homem e sua mulher. Como um vaso de barro, sem rachaduras, uma verdadeira obra prima. Mas não tardou, exposto às tentações de Satanás, ficou totalmente destruído, com riscos por toda parte. Perdeu sua utilidade principal: glorificar seu criador através da obediência.

Através dos tempos o ser humano, qual vaso de barro, tentou cobrir as rachaduras e ocultar os defeitos. Tarefa impossível, cansativa, desgastante. Aparentava uma coisa, mas era realmente outra. Como bem diz o ditado:  "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

O que fazer, então? O conserto vem pelas hábeis mãos de Jesus, que nos molda de acordo com seu caráter. Nos dá uma nova vida, nos salva perfeitamente, e nos apresenta ao Pai como uma obra prima. Basta não fazer vistas grossas para as rachaduras, e suplicar seu perdão e pedir que nos restaure.

Para os aparelhos eletrônicos e todos os demais que apresentam defeitos, como o meu, embora conservados, nada se pode fazer. Mas para o ser humano há esperança de ser plenamente reciclado pelas mãos do nosso Amado Oleiro, o Senhor Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sábado, 7 de novembro de 2020

A FONTE INESGOTÁVEL

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  “Se alguém tem sede, venha a mim e beba"

 Nunca se falou tanto em falta d’água como nestes últimos dias. As reservas estão se esgotando, os rios estão secando e o povo vive afligido e temeroso diante de tal situação.

De fato, o cenário se descortina profundamente triste, na visão de campos outrora verdejantes agora carregados de um amarelo vivo, sem contar inúmeros animais mortos, sedentos e famintos.

 Nosso planeta em sua superfície é composto de 70% de água, sendo apenas 4% de água doce, própria para o consumo. Diante de uma população mundial aproximando-se de 7 bilhões de pessoas, realmente é para se pensar nas formas econômicas de usar o pouco que resta em nossos mananciais.

Todos por certo já provaram um copo d’água bem fresquinha depois de uma caminhada sob o sol inclemente, uma verdadeira delícia. Mas quando nos falta e a garganta começa a dar sinais, ficamos preocupados em encontrá-la o mais rápido possível.

Certa vez o rei Davi em meio às suas batalhas contra os filisteus, sentiu sede e desejou beber a água saborosa tirada do poço de Belém: “E Davi, com saudade, exclamou: Quem me dera beber da água da cisterna que está junto à porta de Belém!” (II Sam.23:15)

A história da mulher samaritana registrada pelo evangelista João, conta-nos da sua necessidade em buscá-la na fonte de Jacó, quando se encontrou com o Senhor Jesus que lhe pediu água para saciar a sua sede. E deste diálogo tão maravilhoso, descobriu que Jesus tinha uma água cuja nascente era divina, uma água viva que mata a sede espiritual do ser humano. E alegre pela descoberta, deixou seu cântaro junto ao poço e foi contar as novas para seus conhecidos.

A água que mata a nossa sede é vital, sim, para o corpo. Mas há uma água, a mesma provada pela mulher de Samaria, que sacia todo aquele sedento de Deus e que vai bebê-la na fonte do Calvário.

Uma das últimas mensagens de Jesus no pórtico do Templo de Jerusalém ressaltava a importância da água espiritual:  "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” (Ev. de João 7:37,38)

É bastante sensato o ser humano preocupar-se com a falta d’água no planeta, entretanto, poucos se importam com a “água viva” oferecida por Jesus, que não corre o risco de faltar, pois a fonte é inesgotável. Entretanto, há necessidade de sentir sede, incomodar-se, preocupar-se, e correr para os braços de Jesus, crer no seu sacrifício na cruz do calvário e confessá-lo como Senhor e Salvador. Somente assim a sede será saciada.

 Que assim seja

 ©Orlando Arraz Maz