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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

QUANTO VALE SUA VIDA?


  
Homem algum pode redimir seu irmão ou
pagar a Deus o preço de sua vida,
pois o resgate de uma vida não tem preço.
Não há pagamento que o livre para que viva
para sempre e não sofra decomposição.  (Salmos 49:7-9)
 
 
Este é mais um salmo da lavra dos filhos de Coré. São os ancestrais dos que morreram tragados pela terra nos tempos de Moisés (Núm.27:11). Não ficaram para sempre excluídos dos serviços prestados a Deus, pelo contrário, sua graça se manifesta em utilizá-los de maneira abençoada através dos salmos cantados nos ajuntamentos do povo de Israel. Preservados pelo favor soberano de Deus se encheram tanto de gratidão, que aderiram à música sacra a fim de que suas vidas poupadas pudessem ser consagradas à glória de Deus.  Este é mais um deles.

Depois de relatar as ações perversas dos inimigos de Deus, quando nuvens escuras pairavam sobre si, destaca que os seus perseguidores julgavam-se fortes e sobremodo ricos, mas eram incapazes de “remir seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus.”

O salmo me leva a pensar no Senhor Jesus que veio para destruir as obras de satanás, cujo prazer está em derrotar aqueles que pertencem a Jesus, que é o único que pode remir uma alma para Deus. Não há preço que pague por uma alma, assim como não há preço pelo resgate do Senhor Jesus a nosso favor.

De fato é uma tranquilidade para todos os que confiam no Salvador saber que suas riquezas são infinitas e que seu poder é imensurável, pois o preço pago na cruz por uma alma garante vida eterna a todos. Jesus assim declara: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:40). Jesus não deixará seus filhos na cova, pois com ele viveremos para sempre.

“Mas Deus redimirá a minha vida da sepultura e me levará para si” (Salmos 49:15)

Esta era a esperança do salmista e bendito todo aquele que a tem no coração.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 3 de agosto de 2019

O REI SALOMÃO E SEU DECLÍNIO


 
O sucesso do rei Salomão é algo extraordinário, pois qualquer pessoa gostaria de estar em seu lugar. Ainda jovem teve uma revelação da parte de Deus, onde abriu seu coração expondo suas dificuldades em governar um povo tão numeroso. E nessa sublime visão, com humildade, pediu “um coração cheio de discernimento para governar”, o que agradou sobremaneira ao Senhor. Mas Deus foi mais além demonstrando sua graça para com ele. Deu-lhe um coração sábio, riquezas e fama, e uma vida prolongada, sob as condições de obediência total. (I Reis 3:12-14)

Deus cumpriu suas palavras, pois de fato Salomão tornou-se mais sábio do que qualquer outro homem,  e sua fama espalhou-se por todas as nações em redor. Foi autor de três mil provérbios e mil e cinco cânticos, e todas as nações vinham ouvir sua sabedoria. (I Reis 4:31-34)

Mas chegou um dia que Salomão abriu as portas do seu palácio e deixou entrar a rainha de Sabá, a qual passou a conhecer sua grandiosidade. E abriu seu coração para ela.

A partir daí, lamentavelmente há um declínio acentuado em sua vida, passando a desobedecer as ordens de Deus e sendo por ele reprovado. E uma nota triste aparece em sua biografia: “não seguiu completamente o Senhor” (I Reis 11:2-6).

Quantas lições nos trazem sua vida e que servem para abrir os nossos olhos.

Há muitos que iniciaram sua vida com Cristo de maneira esplêndida. Não receberam uma visão como Salomão, mas pela fé contemplaram riquezas maiores: a graça de Jesus, sua compaixão,  o perdão de todos os seus pecados e a garantia de vida eterna. Viram um caminho novo e vivo que foi aberto na cruz, e que seguia diretamente para os céus. Os tesouros de Cristo, e ele mesmo que é o tesouro encontrado pelo homem, encheram todos os compartimentos de sua vida, e ele passou a possuir a sabedoria que vem de Deus.

Entretanto, com o decorrer do tempo, em muitos houve um declínio em sua fé. A porta do seu coração foi escancarada para estranhos alheios à sua fé, deixou-se seduzir por seus atrativos e distanciou-se do caminho da cruz. E a alegria da salvação desapareceu, entristeceu o Espírito Santo, e sua vida espiritual passou a ser um peso.

Em meio a esse estado de distanciamento há esperança para todos aqueles que assim se encontram: afastar-se das ofertas pecaminosas que este mundo oferece e voltar para os braços de Cristo. Não permitir que outros entrem nos recônditos do seu coração onde se encontram os tesouros de Cristo, e venham a provocar esfriamento total.

Finalmente, há um que foi superior a Salomão, Jesus Cristo(Mat.12:42), e que nunca falhou e nem conheceu pecado, e que está pronto para receber de volta todo aquele que um dia se distanciou dos seus caminhos. Atentem para o seu convite: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”(Apoc. 3:20)

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 26 de julho de 2019

ESPERANÇA EM MEIO AO CAOS



“O Espírito do Senhor falou por meu intermédio;
sua palavra esteve em minha língua”. (II Sam. 23:2)

É interessante meditar nas últimas palavras do rei Davi. A longa trajetória desde os primeiros dias quando foi ungido por Samuel, até o final foi marcada por altos e baixos. Vitórias e derrotas, alegria, choro e decepções feitas por inúmeras pessoas traiçoeiras. Poderia dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”. (II Tim.4:7). Foi usado por Deus para falar pelo Espírito Santo de outro Rei, que seria exaltado e sublime. 

Deus usou Davi de maneira majestosa, “um homem que foi exaltado, ungido pelo Deus de Jacó, o cantor dos cânticos de Israel”. Sem saber, referia-se a outro ungido, profetizado pelo profeta Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”. (Isaías 61:1)  

Ainda, seu olhar profético atravessa tempos bem distantes, apontando para o reino  milenar de Cristo: “O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: quem governa o povo com justiça, quem governa com o temor de Deus”. Seu filho Salomão, ao escrever o salmo 72, também fala desse Rei glorioso: “Nos seus dias florescerá a justiça, e haja abundância de paz enquanto durar a lua. Governe ele de mar a mar e desde o rio Eufrates até os confins da terra”.  (Vers.7,8)

Que mensagem confortadora que Deus nos manda através desses homens com suas profecias. Há esperança para todos os que vivem num mundo mergulhado na dor, na miséria e no pecado, desde que se convertam ao Senhor Jesus. Aquele que vai governar “é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra”. Ainda, o profeta Isaías embeleza mais a esperança daqueles que habitarão nessa nova terra: “Ninguém fará mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9)

Devemos amar a Bíblia, a Palavra de Deus, pois nela descobrimos que há esperança para os que se encontram longe dos caminhos de Deus. Hoje podemos alcançar o perdão de Cristo através de sua morte na cruz, e viver com a sua paz. E amanhã reinaremos com Ele nessa nova terra, onde “Ele enxugará dos olhos toda a lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem passou”. (Apoc. 21:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 21 de julho de 2019

O DEUS QUE MATA NOSSA SEDE


Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia;
de noite esteja comigo a sua canção.
É a minha oração ao Deus que me dá vida.(Salmo 42:8)



Quantas vezes nos pegamos falando sozinhos, não é verdade? Gesticulamos, franzimos a testa, mas não há ninguém para nos ouvir. Parece cômico, mas é assim mesmo.
Aqui o salmista fala com sua alma, algo invisível, mas que poderia ser um diálogo perfeito. Não há menção do nome do autor deste salmo, mas tudo nos leva a crer que se trata do rei Davi. É fruto de sua pena onde transparece seu estilo inconfundível. Há nele um pano de fundo que revela seu abatimento em virtude da revolta de seu filho Absalão.
Na sua angústia ele fala com sua alma, comparando-a como a corça que busca água corrente para matar sua sede. Ele também tem sede e sabe onde encontrar a fonte inesgotável. Entretanto, o salmista se encontra num deserto espiritual, abatido, sem forças e sem ânimo.
Quantas vezes nos encontramos da mesma forma, mergulhados em nossa angústia, e nos esquecemos de saciar nossa alma com a água corrente que é a palavra de Deus. Basta uma perda de alguém pela morte, uma doença inesperada, uma decepção profunda, e nosso desejo em meditar na Palavra de Deus vai embora. Nossa alma fica seca.
A aflição de Davi foi tão grande a ponto de seus amigos o desafiarem perguntando: Onde se encontra o Deus que você tanto falava e descrevia em seus cânticos?
O mesmo acontece conosco quando entramos em profunda aflição, causando espanto em nossos amigos que sempre nos viam falando de Deus e seu socorro presente.
Entretanto, Davi “acordou” em tempo, e descobriu que sua alma deveria descansar em Deus: “Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”.
Aqui está o melhor caminho para deixarmos nossas aflições à margem, saber que podemos descansar em Deus em meio às turbulências da vida, pois ele é nossa esperança, Salvador e Deus.
Davi reconhece tal fato, pois nas duas divisões do salmo (1 a 5) e (6 a 11), ele afirma: “Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” e repete no final: “ele é o meu Salvador e o meu Deus”.
Que a convicção de Davi e sua volta por cima do estado em que se encontrava, seja a mesma de cada um de nós, para sairmos do deserto de nossa alma, e nos refrescar  nos mananciais divinos. E que sua oração seja a mesma de todos nós: “Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida”.
Que assim seja
 Orlando Arraz Maz©

sábado, 13 de julho de 2019

MOISÉS E DAVI – VIDAS PARA SEREM IMITADAS

Então o rei Davi entrou no tabernáculo,
assentou-se diante do Senhor, e orou:
"Quem sou eu, ó Soberano Senhor,
e o que é a minha família, para que
                                                                                              me trouxesses a este ponto? (II Sam. 7:18) 



Hoje gostaria de meditar com vocês sobre dois homens amados por Deus: Moisés e Davi.

De Moisés aprendemos que Deus falava com ele como qualquer fala com seu amigo: (Êxodo 33:11). Claro que se tratava de revelações extraordinárias, o que é algo marcante para qualquer ser mortal, uma vez que Deus é espírito. E ele caminhou com Deus durante toda sua vida, e sob orientação divina, retirou o povo do Egito , atravessando um deserto inclemente sob pressão de todo o povo. Sofreu bastante, como deduzimos dos relatos bíblicos, e embora falhando várias vezes, foi fiel a Deus, como lemos: “Não é assim, porém, com meu servo Moises, que é fiel em toda a minha casa”(Números 12:7)

O maior desejo de Moises, por certo, era entrar na terra prometida, e desfrutar de suas farturas e belezas, mas foi impedido por Deus, e esse desejo veio por terra. “Portanto, você verá a terra somente à distância, mas não entrará na terra que estou dando ao povo de Israel” (Deut.32:51-52). Mesmo assim, com tamanha punição, prosseguiu servindo ao Senhor com toda a fidelidade. Não diminuiu seu ritmo de trabalho, não perdeu seu ânimo, não se queixou para ninguém, pelo contrário, preparou de forma magnífica seu sucessor, Josué.

Quanto a Davi, um homem segundo o coração de Deus. Lemos esta declaração maravilhosa de Samuel: “... o Senhor procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo...”(I Sam. 13:14). Mais tarde o apóstolo Paulo, ao ser solicitado pelos chefes da Sinagoga para lhes dar uma palavra de encorajamento, referindo-se a Davi, falou: ”Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: “Encontrei Davi, filho de Jesse, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade”. (Atos 13:22)

Na sua trajetória, Davi foi surpreendente. Desde sua escolha, de onde apascentava o rebando de seu pai, até ser um dos maiores reis de Israel. As vitórias que alcançou serviram para fortalecer o reino de Israel e alargar suas fronteiras. Era um homem dedicado a Deus, o que descobrimos pelos inúmeros Salmos que escreveu, os quais têm fortalecido multidões sem fim através dos anos.

Entretanto, como Moises teve seu sonho frustrado: construir uma casa para o Senhor seu Deus. O tabernáculo era morada provisória de Deus, e mesmo assim se alegrava em frequentá-lo: “Alegrei-me com os que me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Salmo 122:1). Amava a casa de Deus: “Eu amo, Senhor, o lugar da tua habitação, onde a tua glória habita” (Salmo 26:8).

Porém, foi impedido pelo Senhor de construir o templo, conforme suas próprias palavras: “Davi mandou chamar seu filho Salomão e ordenou que ele construísse um templo para o Senhor, o Deus de Israel, dizendo: Meu filho, eu tinha no coração o propósito de construir um templo em honra do nome do Senhor, o meu Deus. Mas veio a mim esta palavra do Senhor: Você matou muita gente e empreendeu muitas guerras. Por isso não construirá um templo em honra do meu nome, pois derramou muito sangue na terra, diante de mim” (I Cron.:22:6-8).

Como Moisés, não desanimou. Impedido de construir o templo, ofertou de seu tesouro pessoal todo o material necessário. Ele mesmo afirma: “Com muito esforço providenciei para o templo do Senhor três mil e quinhentas toneladas de ouro, trinta e cinco mil toneladas de prata, e tanto bronze e ferro que nem dá para calcular, além de madeira e pedra. E você (Salomão) ainda poderá aumentar a quantidade desse material” (I Cron. 22:14). Causa grande impressão a disposição do seu coração, em ofertar para o Senhor imensos tesouros. Por certo, antevia a glória do templo.

Quanta lição nos trazem estes homens notáveis. Impedidos de realizarem seus sonhos mantiveram-se firmes no propósito de servirem a Deus.

E nós, como estamos na jornada do Senhor? Desistimos facilmente em face dos sinais vermelhos de Deus? Ou continuamos a servi-lo fielmente, certos de que Ele será engrandecido, mesmo sem vermos nossos desejos realizados. Será que desanimamos facilmente em sua obra, ou nos esforçamos ao máximo para que outros desfrutem das bênçãos do Senhor?

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O SERVO PERFEITO

 "Eis o meu servo, a quem sustento
o meu escolhido, em quem tenho prazer.
Porei nele o meu Espírito,
e ele trará justiça às nações.(Isaías 42:1) 

Todas as vezes que lemos sobre a escravatura no Brasil, ou em qualquer outro país, ficamos impressionados como eram tratados os escravos. Castro Alves bem retratou em seus versos a vida que levavam sob os chicotes de seus senhores.

Entretanto, ao ler sobre as instruções concernentes aos escravos dadas por Deus a Moises, os israelitas são lembrados constantemente de que foram escravos no passado: “Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e de que o Senhor, o seu Deus, os libertou; por isso lhes ordeno que façam tudo isso.”(Deut. 24:18). Com vistas a esta lembrança os israelitas deveriam tratar com urbanidade os seus escravos.

Assim, muitos se prendiam aos seus senhores por laços afetivos, formando uma família. No tempo estabelecido deveriam deixar mulher e filhos em troca da liberdade. No entanto, poderiam optar em permanecer para sempre na casa de seu senhor, na companhia de sua família.

Apenas uma condição era exigida: "Se, porém, o escravo declarar: ‘Eu amo o meu senhor, a minha mulher e os meus filhos, e não quero sair livre’. (Êxodo 21:5). O amor era o ponto de partida para permanecer servindo na casa do senhor. Por certo o relacionamento entre senhor e escravo era bom, assim como o amor pela família. Em seguida vem o segundo passo: “ O seu senhor o levará perante os juízes. Terá que leva-lo à porta e furar a sua orelha. Assim, ele será escravo por toda a vida” (Êxodo 21:6). A orelha furada não causava vergonha nem humilhação, pelo contrário, alegria por pertencer ao seu dono e desfrutar dos privilégios da casa onde servia com a mulher e os filhos.

A figura deste escravo me fala do Senhor Jesus, que veio a este mundo para servir, conforme ele mesmo disse:  “Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mat.20: 26-28). E o apóstolo Paulo também afirma sua condição de servo: “mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”.(Filip.2:7)

Deus enviou seu amado Filho como Servo Perfeito, sempre obediente ao Pai. Não teve sua orelha furada, mas as mãos e os pés cravados na cruz como prova do seu amor.  E seu serviço em favor dos homens continua até hoje, salvando-os dos seus pecados e concedendo-lhes uma nova vida. Ele desceu do céu para fazer a vontade do Pai, como bem disse “Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou”. (João 6:38). Portanto, um servo perfeito profetizado por Isaias, no qual Deus tinha prazer: “Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele  o meu Espírito, e ele trará justiça às nações” (Isaías 42:1)

Nosso Salvador, o perfeito e verdadeiro Servo, na eternidade, com alegria, mostrará as marcas nas mãos e nos pés para os que creram nele, e o aceitaram como Salvador,  onde cantarão com alegria:
"Salvador maravilhoso, Deus que tomou meu lugar, Cordeiro entregue ao Calvário, morto pra nos salvar.  Ô ô ô, morto pra nos salvar".

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sábado, 29 de junho de 2019

MAIOR QUE SALOMÃO



“Disse ela, então ao rei:
“Tudo o que ouvi em meu país acerca de
tuas realizações e de tua sabedoria era verdade.
Mas eu não acreditava no que diziam,
até ver com os meus próprios olhos”. (I Reis 10: 6,7)

Fico impressionado ao ler sobre a rainha de Sabá, e não me canso em fazê-lo várias vezes, pois seu relato me traz grandes e maravilhosas lições. Assim, gostaria de compartilha-las com vocês.

Entre as muitas informações que lhe chegaram a respeito da sabedoria e da riqueza de Salomão, também ficou sabendo que havia um Deus em Israel, fato que mais tarde declarou: “Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei para manter a justiça e a retidão” (I Reis 10:9). Por certo tais informações foram obtidas por viajantes e mercadores no comércio que realizavam. Assim, desejou matar sua curiosidade, e empreendeu a longa viagem até Jerusalém. Apesar de cultuar os deuses pagãos de sua terra, estava certa de que o rei Salomão adorava a um Deus que era Senhor, o qual lhe havia dado uma sabedoria extraordinária. Assim, munida de perguntas difíceis que trazia em sua mente, desejosa de testar a sabedoria de Salomão, partiu com uma caravana repleta de presentes.

Ao chegar à Jerusalém, ficou impressionada ao conhecer o palácio de Salomão, sua mesa farta, oficiais e copeiros uniformizados, e os holocaustos que fazia no templo do Senhor. E extasiada, exclamou: “Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de sua sabedoria era verdade. Mas eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza”

O que me encanta mais nesta história é pensar no Senhor Jesus Cristo, um tipo do rei Salomão, que dizia de si mesmo: “e eis, aqui quem é maior do que Salomão” (Lucas 11:31). Maior em sabedoria e poder, pronto a responder perguntas do coração que ainda não nos chegaram à boca.

Quando buscamos a Jesus, após “uma viagem longa e perigosa” carregados de pecados e tristezas, desilusões e desencantos, ficamos surpresos em conhecê-lo, não somente pelo que nos contaram, como seus milagres e poder, mas atraídos pelo seu amor. Fomos impactados por sua morte na cruz em nosso lugar e pela vitória que obteve em sua ressurreição. E como a rainha podemos parafraseá-la: "Tu, (Jesus) ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza".

Quando conhecemos a Jesus, e o recebemos como Senhor e Salvador, não como um rei de uma potência, mas como o Rei da Glória, aquele que os reis se ajoelham diante dele, “que livra o necessitado quando clama, como também ao aflito que não tem quem o ajude”(Salmo 73:11,12), somente nos resta adorá-lo caídos aos seus pés.

Um dia conheceremos os palácios de marfim, suas ruas de ouro e cristal e seu brilho semelhante a uma pedra preciosíssima, como se fosse jaspe cristalino, com seu grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e os nomes escritos sobre eles, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. E a cidade era de ouro puro semelhante a vidro límpido” (Apoc. 21).

Hoje enxergamos pelos olhos da fé, mas um dia veremos assentado num majestoso trono, não Salomão com a glória que um dia teve, mas nosso Salvador que nos amou e se deu por nós na cruz do calvário. E lá exclamaremos: os meus olhos veem o Rei da Glória e os meus pés pisam ruas de ouro e cristal.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©


sábado, 22 de junho de 2019

ITAI, O GUERREIRO FIEL



Itai, contudo, respondeu ao rei: "
Juro pelo nome do Senhor e por tua vida
que onde quer que o rei, meu senhor, esteja,
ali estará o seu servo, para viver ou para morrer! "(II Sam.15:21)

A história de Itai, chefe de um exército de seiscentos soldados, e fiel a Davi, é de grande destaque e significância nas páginas da Bíblia. Ele era um filisteu da mesma cidade onde Golias fora morto, e como consequência, resultou a vitória do exército de Israel. Pouco nos revelam as páginas da Bíblia sobre os motivos que levaram a Itai a abraçar Israel como seu povo. Alimento pensamentos próprios de que ficara impressionado com a morte do gigante por um jovem que o atacou e o feriu de morte em nome do Deus de Israel. Jamais alguém poderia matar um gigante com cinco pedras lisas de um riacho, não fosse a intervenção de um grande Deus. Quem sabe assim pensara Itai no dia da batalha.

Não teria sido este o motivo de Itai trocar sua terra pela terra de Israel e abrigar-se sob o comando de um Deus grandioso? Vira com seus olhos o poder de Deus operando e o pavor que causou nas tropas filistias. E nada melhor do que servir uma terra cujo Deus comanda seu povo.

Nos versículos que antecedem ao texto que serve de base para esta meditação, nos deparamos com a revolta de Absalão, filho do rei, tentando usurpar o trono de seu pai. O medo tomou conta de Davi,  resolvido a fugir de Jerusalém deixando o palácio guardado por suas concubinas. Na fuga, surge Itai com seiscentos soldados apresentando-se para juntar-se ao seu exército, desejoso para entrar em combate. Davi, entretanto, recusa e sugere que volte com seus irmãos, ao que Itai respondeu: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo para viver ou morrer”.

Magnifica declaração de lealdade por um estrangeiro, filisteu que reconheceu Deus como  Senhor  e Davi como seu rei.

Itai traz à minha lembrança todos os que estavam separados de Deus, e nas palavras do apóstolo Paulo, “e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês, mas agora Ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresenta-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.” (Colos. 1:21,22)

Somos livres pela obra majestosa de Jesus que na cruz venceu o inimigo de nossas almas. O diabo foi derrotado, o Golias da terra de Itai, despojado, humilhado e morto. Jesus, o grande vencedor ganhou nosso amor e admiração e na cruz venceu e derrotou Satanás.  Hoje servimos em suas fileiras e saímos da terra inimiga. Fomos reconciliados e recebidos por Ele.

Será que nossa fidelidade é a mesma de Itai? Somos testemunhas de Jesus em qualquer situação, prontos a defendê-lo e declarar que Ele é nosso Senhor, Salvador e Rei? E assim, dizer para Jesus “... onde quer que o Rei, meu Senhor, esteja, ali estará o seu servo, para viver ou para morrer”!           

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sábado, 15 de junho de 2019

CASA DE PALHA OU DE ROCHA


  
Desde os confins da terra eu clamo a ti;
com o coração abatido;
põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu”(Salmos 61:2)


Quando as dificuldades surgem e invadem o nosso coração, se transformam em verdadeiras muralhas que roubam a nossa paz. Basta uma enfermidade repentina, um desapontamento cruel, uma infeliz desavença e tudo desaba sobre nós de uma só vez.

Davi, o autor deste precioso salmo, é quem o compôs e ao mesmo tempo o entoa com seu  instrumento de cordas que tanto amava. Expressa o sentimento do seu coração, e na sua tristeza pede ao Senhor Deus que prolongue os seus dias. Sente profundamente seu afastamento da casa de Deus, o tabernáculo, em virtude do exílio forçado pela revolta de Absalão. Diante deste quadro, clama por socorro ao Senhor para que atenda sua oração. E o seu desejo é ser levado para a rocha mais alta do que ele. Cria que Deus era sua Rocha, pois conhecia as palavras de Moisés: “Ele é a Rocha, suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é.” (Deut.32:4).

Davi conhecia bem o seu Deus, seu Pastor, e a ele dirige sua oração e sabe que ele é Rocha verdadeira e inabalável. 

Quantas vezes em nossas aflições buscamos meios impróprios e sem condições para trazer a paz ao nosso coração. Muitos repetem a oração do “Pai nosso” decorada desde criança, e nem sequer pensam em suas palavras, que não expressam os sentimentos do coração.

Davi colocava para fora tudo o que sentia: “clamo com o coração abatido, põe-me à salvo na Rocha mais alta do que eu”. A Rocha é lugar seguro e traz conforto. Nas palavras proféticas de Moises, Cristo é a nossa Rocha. É ele que sustenta a “casa” que foi construída sobre a rocha. Um refúgio da chuva de dificuldades que evita o desabamento, da tempestade, da perseguição, das enchentes de tentação satânica, do calor da ira divina. Enfim, uma torre forte, duradoura, inabalável, segura para todo o aflito de coração. “Pois tu tens sido o meu refúgio, uma torre forte conta o inimigo.” (Salmos 61:3)

Que esta seja sua sábia decisão, a mesma do rei Davi, que mantinha a certeza em seu coração de “habitar na tenda de Deus e refugiar-se no abrigo de suas asas” (Salmos 61:4),onde “cantaria para sempre louvores cumprindo seus votos cada dia”.(Salmos 61:8).

Deseja um lugar seguro? Busque refúgio na Rocha de nossa Salvação, Jesus Cristo. “Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio” (Salmos 94:22)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 7 de junho de 2019

"QUE HOMEM É ESTE"?




E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
E eis que se levantou no mar tão grande tempestade
que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo:
Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo.
Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé?
Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.
E aqueles homens se maravilharam, dizendo:
Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
Ev. de Mateus 8:23 a 27)

“Que homem é este?” – A pergunta dos discípulos maravilhados tem sido feita através dos anos por homens e mulheres, tentando descobrir quem é Jesus. Milhares de livros foram escritos, debates intensos realizados, pesquisas sem conta, sugestões as mais diversas,  tentando achar   resposta, mas nada conseguiram. A frustração foi total, e não alcançaram a paz ao coração, porque deixaram de pesquisar a origem deste homem. Partiram do seu nascimento em Belém, mas se esqueceram de que Ele sempre existiu. O evangelista João abre a cortina da eternidade e nos revela que “No princípio era o verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1:1 a 3).

E o evangelista prossegue: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória como a glória do Unigênito do Pai” (João 1: 14).

Portanto, facilmente podemos descobrir que “este homem é Deus”, que se fez carne e nasceu de uma virgem, mas jamais deixou de ser Deus. Era, sim, aquele que no barco em vias de soçobrar, com sua voz cessou a fúria da tempestade e o mar revoltoso. 

Quão bom seria se hoje as pessoas assim conhecessem a Jesus, e depositassem nele sua confiança, pois seu poder em nada mudou, pois “Ele (Jesus Cristo) é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8) Ainda hoje acalma a tempestade do coração e estabelece sua paz, pois para isto veio a este mundo.

Assim, enquanto o ser humano não mudar seu coração, jamais alcançará a bênção de sua salvação. Sem perda de tempo deve admitir que “o homem que dormia no barco”, é o Deus encarnado (não reencarnado), que morreu em uma cruz e ressuscitou no terceiro dia, e como Homem está no céu.

“Que homem é este?” – É o Deus que deixou a glória do céu, “os palácios de marfim” (Salmos 45:8) e desceu a este mundo miserável e perdido, para restaurar e salvar o homem.  

Por último, em quem você crê? Naquele que nasceu como criança em Belém e se tornou homem, ou no Deus de Moisés, que assim se referiu a Jesus profeticamente: “Antes de nascerem  os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus” (Salmos 90: 2).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 31 de maio de 2019

POSSO SER A LUZ DE CRISTO NESTE MUNDO ?


Enquanto estou no mundo, 
sou a luz do mundo” (Ev. João 9:5).


Aproximadamente trinta e três anos a luz do mundo, Jesus Cristo, brilhou nas trevas sombrias deste mundo. Não havia espaço em sua vida para entrar trevas, pois como Deus não conheceu o pecado que é o que produz toda escuridão no coração do homem..

Ele mesmo afirma: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". (João 8:12). Seguir de perto a Jesus é receber seus raios luminosos e percorrer um caminho de luz.

Aqueles que decidem segui-lo confessando-o como Senhor e Salvador, de pronto abandonam os caminhos das trevas e são luzeiros neste mundo. Na ausência física de Jesus são eles que o iluminam com sua vida, conduta, honestidade e procedimento. Tais qualidades estão ausentes de muitas vidas porque andam deliberadamente nas trevas.

Com todo o esforço para apontar o caminho da luz, as religiões têm falhado fragorosamente. Usam recursos humanos, apelam para boas obras, oferecem alimentos para os mendigos durante a noite,  querem fazer a diferença, mas sem conhecerem e andarem sob a luz de Cristo. Essa luz, sim, faz a diferença, pois nasce no coração de Deus e atinge aquele que lhe pertence.

O apóstolo Paulo esclarece bem com este versículo: "Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá". (I Cor.13:3). Assim, podemos concluir que as boas obras são atitudes de real valor, mas sem a chancela do amor e da luz de Cristo, perdem seu brilho.

Portanto, eu e você podemos preencher a lacuna que Cristo deixou e iluminarmos este mundo tenebroso. O saudoso cantor evangélico Feliciano  Amaral nos deixou este belo cântico, que bem elucida esta meditação:


Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sábado, 25 de maio de 2019

MARIA MADALENA, ALÉM DA CRUZ


 No primeiro dia da semana Maria Madalena
foi ao sepulcro de madrugada,
sendo ainda escuro,
e viu que a pedra fora removida do sepulcro.” (João 20:1)

A vida de Maria Madalena através dos anos tem sido bastante atacada e causa de muita confusão entre estudiosos e leitores da Bíblia. Muitos a confundem com a mulher pecadora na casa de Simão, o fariseu, ou com Maria de Betânia. Não se trata de nenhuma dessas mulheres, mas, sim, aquela que foi liberta de sete demônios, e possivelmente de grave enfermidade causada por essa legião do mal.

Jesus, entre outras a libertou de tais forças opressoras, restaurando-lhe a saúde, a paz e a alegria. Jesus a levantou para uma vida totalmente plena.(Lucas 8:1-3)

A partir daí nunca mais largou a Jesus. Assim como Pedro mencionado em primeiro lugar na lista dos discípulos, é Maria Madalena mencionada entre as mulheres que passaram a servir a Jesus.

Fiel a Jesus o acompanhou até seus últimos momentos na cruz e foi a primeira a visitar o túmulo bem cedo no domingo da ressurreição. O Evangelista destaca que ela chorava, pois não encontrara o corpo de seu amado Senhor:Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro” (Ev. João 20:11). Maria é a única que chora por Jesus, chora por seu profundo amor a Ele e não por seus pecados. Já Pedro em sua negação, arrependido chora por si por ter traído seu Mestre.

Lições preciosas podemos ter desta nobre mulher, pois seu amor por Cristo revela seu coração de gratidão. Devia sua nova vida a Cristo que passou a ser seu Senhor e Mestre.

Assim como Maria Madalena, aqueles que creram em Cristo como Salvador, foram libertos do poder de Satanás. Os fortes braços de Jesus os alcançaram e assim passaram a gozar de liberdade para servi-lo.

Que sejamos fieis a Cristo como Maria Madalena, e jamais abandoná-lo. Amá-lo e servi-lo com nossas vidas, tempo, recursos, e crer incondicionalmente que Jesus ressuscitou para nossa justificação. Maria Madalena, aos pés do Mestre mesmo sem tocá-lo pode crer nesta realidade e dizer: Mestre!

Que Ele seja realmente nosso Mestre, Senhor e Deus.

A Ele toda glória

Orlando Arraz Maz©


sábado, 18 de maio de 2019

UM MEDIADOR INCOMPARÁVEL


  
Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
o qual deseja que todos os homens sejam salvos
e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.  
Porque há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. (I Tim. 2:3-5)

A função de um mediador é de vital importância entre partes divergentes. Há conflitos em muitas áreas, entre as quais a trabalhista, onde muitas vezes se chegam a acordos evitando longas e incertas demandas. Entretanto não é fácil e exige muita habilidade e paciência do mediador.

O texto que norteia nossa meditação nos fala de um Mediador, que entra em ação quando tudo está fora de controle. De um lado o ser humano está perdido, afastado e separado de Deus, pelo seu pecado. O apóstolo Paulo ao escrever a carta aos Romanos deixa bem claro: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”(Rom.3:10-12).

Por que, então, Jesus se apresenta como Mediador? Porque Ele viu que o pecado do homem o afastou de Deus e criou uma inimizade. E Jesus veio para estabelecer a paz,  oferecendo sua vida que foi crucificada em uma cruz. E foi ali que Ele resolveu o problema do pecado e se apresenta como mediador perante Deus, declarando   que seu sangue inocente garante a vida eterna do pecador que vem a Ele arrependido. Assim, se torna o grande e perfeito Mediador entre Deus e os homens. E por meio dessa mediação Deus  recebe o pecador de braços abertos.

Mas Jesus, além de sofrer na cruz pelos pecados que eram nossos, sem nunca ter pecado, é Mediador porque é um Homem que está no céu, sentado junto ao trono com o Pai. É o único homem que entrou triunfante no céu, e como homem intercede pelo pecador perdido.

Hoje há muitos que procuram mediadores orando para eles, confiam e depositam neles sua fé, mas Deus nos alerta: “Há um só mediador”. O apóstolo Pedro em seu discurso afirma com propriedade:  “ Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”(Atos 4:12)

Vale a pena buscar um Mediador que é incomparável, Jesus, e descansar em sua mediação que nos trará a paz, a salvação e a vida eterna.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 12 de maio de 2019

ANA, A MÃE EXTRAORDINÁRIA



Não encontramos na Bíblia homenagens específicas às mães com um dia determinado, uma vez que esta prática é relativamente nova. O que encontramos, dentre muitas, são as que se destacaram por sua piedade. Foram verdadeiras fontes de sabedoria na vida de seus filhos.

Uma delas, muitas vezes lembrada neste dia, e com total acerto, trata-se da mãe do profeta Samuel. Sofreu resignada as afrontas da segunda mulher de seu marido, que se tornou mãe, sem que ela viesse a engravidar. Era estéril.

Entretanto, não desistiu de seu desejo de ser mãe, e procurou a Deus através da oração, a fim de que lhe desse um filho. E conclui seu pedido assim: “ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha” (I Sam. 1: 10-11) Que voto extraordinário partiu de seu coração abatido, cujas lágrimas escorriam por sua face.

“Ao Senhor o darei”. Não se importava em curtir o filho tão desejado, mas queria torna-lo um homem de Deus. E assim fez. Algum tempo depois, com o pequeno, foi à casa de Deus, o Tabernáculo de Israel, e o levou ao sacerdote Eli. E disse-lhe: “Por este menino orava eu, e o Senhor atendeu a petição que eu lhe fiz. Por isso eu também o entreguei ao Senhor; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue. E adoraram ali ao Senhor”.(I Sam.1:24-28)

Ana foi uma mulher de oração. Que exemplo notável para as futuras mamães, muitas vezes preocupadas, com sua saúde ao nascer, com planos para sua vida, com  recursos para sua educação ,aspirações mais do que corretas, mas se esquecem de “entrega-lo ao Senhor”. Uma entrega não física, como a de Ana, mas uma entrega que cuida de seu coração desde os primeiros dias, apresentando-o ao Senhor, ensinando suas verdades, e jamais se descuidando de sua educação nos assuntos espirituais.

O resultado dessa entrega é digno de nota quando acompanhamos a longa vida do profeta Samuel. Como a mãe, era um homem que orava com sinceridade e jamais se esquecia dos preceitos de Deus. Ele mesmo declara: “E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vos; eu vos ensinarei o caminho bom e direito”. (I Sam.12:23). E o salmista, muitos anos depois, corrobora sua afirmativa: Moisés e Arão entre os seus sacerdotes, e Samuel entre os que invocavam o seu nome, clamavam ao Senhor, e ele os ouvia”. (Salmos 99:6)

Mais ainda: Samuel era um profundo conhecedor das Escrituras, tal como sua mãe ao escrever seu majestoso cântico: “Ninguém há santo como o Senhor; não há outro fora de ti; não há rocha como o nosso Deus”. I Samuel 2: 1  a 10).

Nossa  homenagem neste lindo dia a todas as mães cujos filhos hoje são adultos, muitos tementes a Deus e andando em seus caminhos. E por que não a nossa homenagem àquelas, que embora os tenham ensinado os caminhos de Deus, deles se afastaram. Sejam persistentes como Ana na oração.

Por fim, nossa homenagem, também, às mães cujos filhos estão crescendo, ainda, em seus braços. Que sejam conduzidos aos pés de Jesus desde os seus primeiros dias, e jamais deixem de “entrega-los” aos cuidados de Deus, para que sejam homens fortes de mães extraordinárias.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©