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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 9 de novembro de 2019

POR QUE A CRUZ DO MEIO?




“Ali o crucificaram, e com ele dois outros,
um de cada lado de Jesus” (João 19:18).

O tema da crucificação é um assunto inesgotável. Inúmeros e infindáveis comentários foram escritos, tais como livros, poesias, encenações, sem contar as mensagens proferidas nos púlpitos das igrejas. Como bem escreveu o apóstolo João em seu evangelho, “Jesus fez muitas outras coisas. Se cada uma delas fosse escrita, penso que nem mesmo no mundo inteiro haveria espaço suficiente para os livros que seriam escritos” (João 21:25).  O mesmo se aplica ao tema da crucificação, tão relevante e extraordinário, que a partir do “bom ladrão”, como ele, milhões creram na morte expiatória de Jesus ao longo dos anos e encontraram perdão.

Entretanto, surge a pergunta: por que Jesus foi crucificado entre dois malfeitores?  Os evangelhos relatam que foi assim: “Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus” (João 19:18). A morte por crucificação se transformava num grande espetáculo de horror, e sempre ocorria em lugares onde muitos passavam. Assim foi com Jesus, no alto do monte chamado “Calvário”, que traduzido é “Caveira”, devido ao seu formato. Lá a multidão passava e seus olhares se voltavam para a cruz do meio, sem muita preocupação com os outros dois.

 Entre os dois malfeitores, Jesus estava no meio, bem próximo a cada um, ouvindo suas blasfêmias e seus insultos, que ao mesmo tempo ouviam a oração de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).

Através dos anos Jesus tem estado no meio, sempre pronto para ouvir o clamor de cada um. Sua crucificação no meio sempre vai nos demonstrar sua acessibilidade com seus braços abertos e sua disposição em perdoar. Os dois malfeitores tiveram a mesma oportunidade. Um recusou e morreu em seus pecados, sem confessar a Cristo como seu Salvador; o outro reconheceu sua culpa e teve a convicção de que ao seu lado se encontrava  seu Salvador, sua única esperança, e a certeza de ir morar com ele no seu reino. Suas últimas palavras foram: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”.  (Lucas 23:42)

Hoje cada um está na mesma posição de escolha. Ou aceitam  sua oferta de perdão ou 
recusam ; ou atendem  seu convite ou viram  suas  costas.

Se as autoridades quiseram dar todo destaque ao Senhor Jesus como um criminoso, expondo-o ao escárnio público na cruz central, hoje entendemos como a mais preciosa lição de que Jesus estará sempre no centro da vida daqueles que nele confiam, e ouvem sua doce voz de perdão. Seus braços permanecem estendidos, prontos para abraçar o mais miserável dos pecadores.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A SOMBRA QUE PRECISAMOS



“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: 
De onde me vem o socorro? 
O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”
(Salmo 121:1-2)
 
Quem não deseja um socorro eficiente nas horas difíceis, diante de um acidente ou de uma enfermidade? E aí reside toda nossa esperança. Quantas vezes presenciamos helicópteros resgatando acidentados, pois a urgência é determinante para a preservação daquela vida.

Assim se dava com o salmista diante de momentos temerosos em sua vida. Como um acidentado na alma, buscava socorro, e diz no seu íntimo: “De onde me vem o socorro”? E ele mesmo responde olhando para os montes, para cima: “Meu socorro vem do Senhor”. Não vinha do seu exército, de sua fama, não vinha do céu, mas vinha do Senhor, e ele o identifica: “Que fez os céus e a terra”. Seu poder é tremendo e seu socorro não falha.  Assim escreve o profeta Isaias: “Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer! (Isaías 40:26)  

Além de ser todo poderoso, quando perdemos o equilíbrio em nosso andar, ele nos abraça e não nos deixa cair. Sua presença é permanente, pois ele se manterá alerta e jamais dorme.

Como somos confrontados com este precioso salmo, pois em nossas aflições deixamos de olhar para cima, e buscamos socorro ao nosso redor, ou nas pessoas que confiamos, e esgotamos todos os nossos recursos.

Portanto, quando o sol das provações nos queimar, busquemos seu socorro, pois Ele é a sombra que nos refresca, e é aquele que nos guarda de todo o mal, hoje e sempre.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 25 de outubro de 2019


CRISTO, A NUVEM QUE NOS COBRE


Então Ele estendeu uma nuvem para lhes dar sombra
 como um toldo, e um clarão de fogo para iluminar a noite.
Pediram, e Ele mandou codornizes,
e os saciou com pão do céu.  (Salmo 105:39,40)

A longa caminhada do povo de Israel pelo deserto é repleta de instruções, e serve para nos animar em dias difíceis. Por longos quarenta anos provaram as misericórdias de Deus, apesar de tantas queixas, revoltas e desânimos. Rapidamente se esqueciam das vitórias, dos milagres realizados pelas mãos de Moisés, e quando sentiam a pesada mão de Deus, se arrependiam e suplicavam sua intercessão  a Deus.

Davi, por certo o autor deste salmo, compôs os primeiros quinze versículos para serem cantados pelo povo, quando transportava a arca do Senhor. Assim lemos: “Foi naquele dia que pela primeira vez Davi encarregou Asafe e seus parentes, de louvar ao Senhor com salmos de gratidão: Deem graças ao Senhor, clamem pelo seu nome, divulguem entre as nações o que ele tem feito”(I Cron.16:7-9)

Apesar de recebermos bênçãos a cada dia, esquecemo-nos delas rapidamente. Como somos semelhantes aos israelitas, pois em nossa marcha por este mundo, somos atacados pelo desânimo e uma multidão de queixas. Basta o “sol” mais forte das provações, nos tornamos pessoas ingratas, insatisfeitas, apesar de desfrutarmos os cuidados de Deus.

No texto desta meditação descobrimos a ternura de Deus para com eles: “Ele estendeu uma nuvem como um toldo para lhes dar sombra”. Esta era a providência de Deus: guiar seu povo durante o dia. Uma nuvem escura para impedir o calor do sol. Quantas vezes a nuvem está sobre nós e nem sentimos. É Deus aliviando o calor das provações e nos levando pelo melhor caminho.

Chegando a noite, quando nos sentimos sós, e o medo bate à nossa porta, Deus manda uma nuvem brilhante para clarear o nosso caminho. É sua luz brilhando na noite escura. É sua luz mostrando sua Palavra onde encontramos alento e consolo para nossas vidas. Assim ele fez com o povo de Israel na marcha pelo deserto.

Precisamos abrir bem os nossos olhos, pois Deus é um Deus que não só nos protege sob o sol, ou em meio a escuridão, mas sacia nossa fome. O povo pediu carne e ele enviou codornizes suficientes para alimentar a todos. E saciou-os com pão do céu. Deus sempre dá mais do que pedimos ou pensamos. O apóstolo Paulo esclarece bem esta bondade de Deus: “Aquele que é poderoso de realizar infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou imaginamos, de acordo com o seu poder que age em nós”(Efes.3:20)

Deus é um Deus que dá. Ele foi infinitamente bondoso em dar seu único filho que veio a este mundo para nos salvar. E o apóstolo João é usado para mostrar o coração de Deus, ao escrever: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).

Por último, lancemos aos pés de Jesus todo o nosso medo, pois na noite tenebrosa ele é a nuvem que nos cobre como um toldo, e nos ilumina, e é o pão que desceu do céu e sacia nossa alma.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de outubro de 2019

POR QUE JESUS CHOROU?




E quando chegou perto e viu a cidade, 
chorou sobre ela, dizendo: 
Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, 
o que te poderia trazer a paz! mas agora isso 
está encoberto aos teus olhos. 
Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos 
te cercarão de trincheiras, 
e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados,
(Lucas 19:41-43)

Muito se fala que Jesus nunca sorriu, dando a entender que se tratava de pessoa triste. Quando nos lembramos da ocasião em que abençoou as criancinhas, tomando-as em seus braços, cremos que sorriu, pois seria impossível tal gesto com semblante carregado. Impossível não retribuir o sorriso recebido de uma criança. Portanto,  Jesus jamais foi uma pessoa triste, pois como Deus entre os homens, não conheceu o pecado, fonte de tristeza e dor.

Entretanto, se não está escrito que Jesus sorriu, duas vezes lemos que chorou. A primeira, quando chegou a Jerusalém e profetizou sua destruição, como resultado de sua rejeição. Contemplando a cidade de Jerusalém, conhecida como a cidade da paz, chorou diante dela porque rejeitou o Príncipe da Paz. Lá sua presença não foi bem vinda, onde sofreu a morte de cruz. E sentindo tamanha rejeição profetizou sua destruição, o que aconteceu cerca de quarenta anos depois.

A segunda, diante da sepultura de Lazaro, onde contemplou o resultado da tragédia provocada pelo pecado. E para demonstrar seu poder sobre a morte, ressuscitou seu amigo Lázaro.

Hoje, Jesus se alegra por pessoas que nele confiam e que o abraçam como seu único Senhor e Salvador de suas vidas. Entretanto, se entristece pelos que viram suas costas, e não entregam suas vidas para serem transformadas, para  desfrutarem da “ressurreição” para   vida eterna.

Que possamos viver vidas transformadas e que alegrem o coração de Jesus, para que Ele não venha a entristecer-se pela condenação daqueles que o rejeitam.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

sábado, 12 de outubro de 2019

VOCÊ TEM JURADO?


 “Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma:
nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
nem pela terra, porque é o estrado de seus pés”. (Mat.5:34)


Tornou-se bastante comum, em nossos dias, pessoas que juram por Deus ao afirmarem algo. É tão corriqueira tal expressão, que para muitos se tornou um vício. Desconhecem a proibição de Jesus ensinada no monte das Bem Aventuranças: “Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo” (Mat.5:34-36) E em seguida Jesus continua: “Seja o seu sim, sim e o seu não, não: o que passar disso vem do maligno”(Mat.5:37). Tiago, em sua carta, aborda este assunto, escrevendo: “Sobretudo, meus irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em tentação”. (Tiago 5:12)

Pior, ainda, quando ouvimos pessoas conhecedoras das Sagradas Escrituras pronunciarem juramentos. Querem dar conotação de veracidade do que falam, e invocam o nome de Deus em seus juramentos. Como filhos de Deus, nos tornamos homens e mulheres que passaram a falar a verdade e deixaram a mentira. ”Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.” (Efes.4:25).

Devemos ser conhecidos e distinguidos pelo nosso falar. E aqueles que nos ouvem devem estar certos de que somos novas criaturas. Nosso “sim” deve ser sim, pois toda a argumentação que passa destes limites, pode se transformar em assertivas mentirosas, onde o inimigo se aproveita desejoso de manchar nosso testemunho.

Que as Escrituras sejam mais e mais apreciadas em nossas vidas, e que não permitamos que nossas bocas invoquem o precioso nome de nosso Deus em juramentos, para que sejamos acreditados. O nosso falar deve refletir Cristo em nossas vidas. Basta nossa palavra sem quaisquer juramentos.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz


domingo, 6 de outubro de 2019

QUAIS SÃO SEUS LUCROS ESPIRITUAIS?



“Mas o que era para mim lucro,
passei a considerar perda por causa de Cristo” (Filipenses 3-1 a 9)

Este testemunho do apóstolo Paulo aos cristãos de Filipos, apontando para sua vida pessoal,  consiste em uma das páginas mais sublimes das Escrituras Sagradas. Aproximadamente trinta anos são passados desde que ficou prostrado na estrada de Damasco, quando descobriu o Senhor Jesus Cristo, o qual tornou-se seu Senhor. E foi mergulhado nesta experiência, sob a luz que excedia o esplendor do sol, que passou a ser contador espiritual. E assim temos seu balanço demonstrado.

Em todo o balanço obrigatoriamente deve conter duas contas para seu equilíbrio. De um lado os lucros adquiridos no exercício e do outro as saídas, como despesas, pagamentos, etc. Assim foi a vida do apóstolo. As perdas que foram ocasionadas pelo encontro com Cristo, resultando em sua salvação, foram enormes, mas ele as considerou como refugo, esterco,  ou lixo por amor a Cristo .” Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo”.

Paulo relaciona suas perdas: circuncidado ao oitavo dia; israelita legítimo; pertencente à tribo de Benjamim; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Como qualquer israelita poderia orgulhar-se de todas essas “qualidades”, tornar-se um mestre erudito e alcançar bons rendimentos. Entretanto, os lucros compensaram: “ganhou a suprema grandeza do conhecimento de Cristo o qual tornou-se seu Senhor” (Filip.3:8,9)

E no balanço de nossa conversão como estão as contas? Entre lucros e perdas quais foram os resultados? O que perdemos no dia de nossa conversão a Cristo? Ou não houve perdas? Vivemos dias onde as pessoas mudam de religião, mas não conhecem o poder salvador de Jesus. Continuam com seus costumes e vícios, e não abrem mão de tudo o que ocupa o lugar de Cristo. O apóstolo não titubeou, e quando levantou-se literalmente da estrada de Damasco, todo arcabouço que trazia consigo foi deixado lá, e viu que nada valia, era refugo, puro esterco.

E você que já recebeu a Cristo como seu Salvador, o que perdeu? Amigos, parentes queridos, uma boa posição em seu local de trabalho, perseguições, atentados físicos, insultos, ou nada perdeu? A promessa de Jesus é deveras preciosa: “E todos os que tiverem deixado casas, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna”. (Mat.19:29)

Que no seu balanço espiritual os bens reputados como "tesouros" sejam estercos, e que os lucros apurados sejam  incalculáveis, levando-o  a conhecer o poder de Cristo a cada dia em sua vida.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MEUS PASSOS OU OS PASSOS DE DEUS




Respondeu-lhe Jacó: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros,
e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forem obrigadas a caminhar demais por um só dia, todo o rebanho morrerá. Passe o meu senhor adiante de seu servo; e eu seguirei, conduzindo-os calmamente, conforme o passo do gado que está diante de mim, e conforme o passo dos meninos, até que chegue a meu senhor em Seir. Ao que disse Esaú: Permite ao menos que eu deixe contigo alguns da minha gente. Replicou Jacó: Para que? Basta que eu ache graça aos olhos de meu senhor. (Gen. 33:13-15)

O relato bíblico do encontro dos irmãos Jacó e Esaú é deveras emocionante e repleto de lições maravilhosas.

As marcas que ficaram no coração desses irmãos foram profundas: Esaú sendo enganado e Jacó, o irmão espertalhão. Aquele perdendo o direto à primogenitura e este ganhando-a de forma indevida. E ambos seguiram o seu caminho e pelo espaço de mais de vinte anos não se encontraram.

São bem conhecidas as peripécias de Jacó neste tempo todo, com seu trabalho na casa de Labão seu sogro. E para conseguir Raquel como esposa houve uma prestação de serviços por sete anos que ao final fora enganado por Labão, dando-lhe a filha Lia. Outros sete anos de trabalhos prestou para ter sua amada Raquel.

Agora, por ordem divina, regressa para ter um encontro com seus familiares, e logicamente com seu irmão Esaú, e no texto de nossa meditação revela ter um coração totalmente transformado. A luta no vale que resultou no toque de Deus sobre sua coxa, agora abre seus olhos e passa a viver na dependência de Deus.

Em seu regresso, quer reduzir seus passos – passos largos e apressados no passado – para levar seu gado e seus filhos até seu irmão. Daí suas palavras: “Meu senhor (Esaú) sabe que as crianças são frágeis e que estão sob meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo e eu sigo atrás devagar no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu cheque ao meu senhor em Seir”. (Gen.33:13,14).

A preocupação de Jacó com o gado e as crianças, embora pareça não ser verdadeira, me leva a pensar no cuidado de Deus que é sempre verdadeiro  para com seus filhos. Não podemos caminhar apressados na frente de Deus, com nossos problemas tão urgentes. Por certo não aguentaríamos, e a queda seria fatal. Deus quer nos mostrar sua graça, reduzindo seus passos e caminhando conosco. Sem o toque de Deus nos nossos corações é impossível andarmos passo a passo com Ele.

A graça de Deus que socorreu Jacó em seus momentos de rebeldia é a mesma que vem sobre nós.

Embora referindo-se  a Israel, Ele promete em sua Palavra: “Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema, eu o ajudarei” (Isaias 41:13)

A calma travessia de Jacó pelos campos até encontrar-se com seu irmão foi bem sucedida, sem qualquer prejuízo ou tristezas pelo caminho. Embora Esaú preocupado com sua segurança, ofereceu  seus homens para guarda-lo, ao que  Jacó respondeu: “Para que? Basta que eu ache graça aos olhos do meu Senhor” (Gen. 33:15).

Que tal reduzirmos nossos passos e alinharmo-nos com os passos de Deus, pois pela obra de Cristo na cruz do Calvário, foi-nos outorgada esta graça maravilhosa. Andemos nos passos de Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

QUEM OCUPA SEU CORAÇÃO?



E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido
desde a minha adolescência".
Jesus olhou para ele e o amou.
"Falta-lhe uma coisa", disse ele.
"Vá, venda tudo o que você possui e dê
o dinheiro aos pobres, e você terá
um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me".

O Novo Testamento registra vários encontros de Jesus com  pessoas, onde muitas delas saíram curadas de suas doenças, e outras recebendo paz, curadas da alma. Em nenhum desses relatos lemos que saíram entristecidas. Zaqueu, por exemplo, foi um dos que recebeu a Jesus com alegria. (Lucas 19:7).  

Entretanto, das muitas pessoas abençoadas por Jesus, pouco sabemos o que aconteceu depois com elas, mas deduzimos que a alegria foi uma constante em suas vidas.

O homem que procurou a Jesus, conhecido nos evangelhos como um jovem, ou um príncipe, ou um homem importante, e muito rico, estava preocupado com sua existência após a morte, e desejava saber o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Ao ouvir a resposta de Jesus saiu triste de sua presença, pois no seu coração já existia um deus que dominava sua vida. Era o deus de suas riquezas. 

Havia abundância de bens em sua casa, mas miséria na sua alma. Daí o fato de sair entristecido, frustrado com o que Jesus lhe falou.

O evangelho de Marcos relata que Jesus o amou. “E Jesus, olhando para ele, o amou” (Marcos 10:21). Jesus leu o drama de sua alma, pois somente ele conhece todos os cantinhos do coração. E o do jovem, outro senhor o ocupava.

E Jesus, então, disse aos seus discípulos: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus” Difícil, mas não impossível, pois para Deus tudo é possível. (Mat. 19:26)

Ao longo da história muitos ricos foram salvos porque confessaram seus pecados, e receberam a Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas. Não ficaram na miséria, mas seus recursos foram utilizados em favor de muitos.

O coração do moço rico permaneceu lacrado, e abatido e triste se afastou de Jesus. As muralhas de suas riquezas não foram derrubadas, e ele entrou para o cenário bíblico como uma das pessoas que se retiraram entristecidas da presença de Jesus.

 E você, que lê este texto, já abriu seu coração para Jesus?  Ou ele permanece fechado para abrigar “riquezas”, e Jesus não pode entrar? 

O amor que Cristo sentiu pelo moço rico é o mesmo ainda hoje. É imutável. Convide-o para entrar e fazer sua morada, e só assim a alegria de Cristo em você será para sempre.  

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

AINDA NÃO CRÊ NO PODER DE JESUS?



“Quando Simão Pedro viu isso,
prostrou-se aos pés de Jesus e disse:
“Afasta-te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador”
(Lucas 5: 4-11)

Quem não se sente maravilhado ao ler o relato desta pesca bastante conhecida por aqueles que amam a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada? Por certo você é uma delas. E assim, com a ajuda de nosso Deus desejo extrair algumas verdades que foram úteis para mim, e vou repassá-las para todos, a fim de que sejam abençoados como eu.

Em todos os pormenores deste milagre vemos a grandeza de Jesus, que sem quaisquer conhecimentos humanos sobre pescaria, conhecia as águas profundadas do mar, pois foi ele quem as criou.

Neste dia Jesus chegou bem cedo e começou a pregar usando o barco de Simão de onde passou a ministrar a multidão. Ao terminar, pediu-lhe que lançasse sua rede em águas profundas. E sua resposta foi: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada”.

Quanta frustração e cansaço há na sua voz. Uma noite infrutífera, pois sem a presença de Jesus, no mar bravio, com suas ondas agitadas, impossível qualquer sucesso.

Em seguida, entretanto, emendou sua resposta: “Mas porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. Que palavras repletas de sabedoria, pois sabia quem era Jesus. Era seu Deus, aquele que tinha as palavras de vida eterna, pois em outra ocasião respondeu a Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus”. João 6:68,69).

Quantas vezes em nossas tentativas frustradas deixamos de crer nas palavras de Jesus. “Remamos” uma noite inteira na escuridão da nossa alma e só pescamos dor e tristezas. Precisamos agir como Pedro: “vou lançar as redes”. Não expôs seus conhecimentos de pescaria, o que provavelmente fazia desde seus primeiros dias. E o sucesso foi surpreendente.

Quantos hoje estão expondo seus conhecimentos, sua religiosidade e suas  táticas,   para saírem de crises, mas nada conseguem. Deixam de crer naquilo que Jesus conhece profundamente: o coração do homem, de onde procedem todos os males.

Por fim, a perplexidade. “Pois ele (Pedro) e seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito, como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão”.

Então, que tal ficarmos também perplexos com os resultados do socorro de Jesus, e obedecer as suas instruções que só produzem fartura e bênçãos? 

Que tal agora lançarmo-nos aos seus pés e reconhecer que somos pecadores?

 Só assim, teremos uma pescaria abençoada.

“Sobre tua palavra lançarei as redes”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sábado, 31 de agosto de 2019

JARDIM BOTUCATU - 46 ANOS




E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

Mateus 28:20 

Homenagem à Casa de Oração de Jardim Botucatu
pelos seus 46 anos:


Jardim Botucatu, 

Sempre brilhando pra Jesus, desde que foi iniciada.
Uma luz que não é sua, mas que é de Deus.
É emprestada.

Pertence a Cristo e em cada membro refletida
Abençoa, consola, faz crescer,
E alegra a vida.

A luz que brilha na noite escura da alma,
Que transforma o pecador
Que traz paz e calma.

Nunca esta luz deixou de brilhar,
Nestes anos que se passaram,
Mesmo em dias de pesar.

Quantas vidas aqui foram iluminadas
E deixaram seu brilho reluzente,
Vidas que nesta igreja foram abençoadas.

Bendita a luz de Cristo que nunca se apagou
Em todos os dias desta igreja,
Nem tampouco fracassou.

Sua promessa permanece imutável,
Pois ele mesmo declarou:
Sou a luz do mundo, mundo miserável.

E essa luz bendita e abençoadora
 Brilhou no coração de cada um,
E esta igreja tornou-se vencedora

Irmãos amados, hoje é tempo de alegria.
Cantemos com fervor,
Pois Cristo, nossa luz, é nosso guia.

Queremos prosseguir apontando sempre a cruz,
Onde nas trevas a luz brilhou,
E onde em nosso coração nasceu Jesus.

Parabéns igreja.

Orlando Arraz  Maz

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

JESUS DÁ MAIS DO QUE PRECISAMOS.VOCÊ CONFIA?



“Todos comeram e ficaram satisfeitos,
e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços
que sobraram. Os que comeram foram de cinco mil homens,
sem contar mulheres e crianças.” (Mat. 14:20-21)

Toda vez que lemos sobre o milagre dos pães ficamos impressionados. É um milagre tão grandioso que mostra nossa pequenez, tal qual a dificuldade dos discípulos.

Em duas ocasiões os milagres foram feitos e cerca de nove mil pessoas, sem contar mulheres e crianças foram alimentadas. No ministério  de Eliseu também ocorreu o mesmo milagre (II Reis 4:42),quando cem homens foram alimentados. Em cada um deles constatamos a impossibilidade dos discípulos que disseram: “Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes”, e “donde nos viriam num deserto tantos pães para fartar tamanha multidão”? , e o servo de Eliseu: “Como hei de por isto ( vinte pães de cevada e espigas verdes) diante de cem homens?  

De fato era impossível para tais pessoas, mas nas mãos de Deus aconteceram milagres extraordinários.

Quantas vezes eu e você nos deparamos diante de impossibilidades sem quaisquer chances de sucesso. Nos sentimos tão pequenos assim como aqueles discípulos. Ora uma enfermidade que aparece, uma perda irreparável, um amigo que nos abandonou, a solidão que surgiu, e tantas montanhas de aço  à nossa frente. Ficamos paralisados.

Todos os discípulos contavam com recursos bem próximos a eles: Jesus com seu poder incalculável e Eliseu na dependência de Deus. E todos os discípulos ficaram maravilhados, pois sabiam que a mão de Deus fizera tais sinais.

Assim deveria ser conosco. Jesus garantiu sua presença ao partir para o céu: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mateus 28:20). Precisamos nos apropriar desta promessa espetacular, como se Ele estivesse sentado ao nosso lado e nós ajoelhados aos seus pés, e deixar que Ele faça o impossível.

Outra verdade preciosa: quando Jesus faz o milagre nunca é sob medida, mas vai muito além do necessário. No primeiro milagre “Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram (Mateus 14:20). No segundo: “Todos comeram até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram” (Mateus .15:37). Já no milagre de Eliseu havia uma promessa do Senhor: “Eles comerão e ainda sobrará. Então ele serviu a todos, e conforme a palavra do Senhor, eles comeram e ainda sobrou”(II Reis 4: 43-44)

Quantas lições aprendemos nestes milagres, pois à medida que os lemos ficamos impressionados com a multiplicação e esquecemos da incapacidade dos discípulos que provaram e viram o poder de Deus. Como eles, também somos incapazes, mas a promessa permanece imutável e o seu poder é o mesmo.

"Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!" (Efésios 3:20,21)

 Ele pode fazer e nos dar além do que precisamos. É só confiar.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

QUANTO VALE SUA VIDA?


  
Homem algum pode redimir seu irmão ou
pagar a Deus o preço de sua vida,
pois o resgate de uma vida não tem preço.
Não há pagamento que o livre para que viva
para sempre e não sofra decomposição.  (Salmos 49:7-9)
 
 
Este é mais um salmo da lavra dos filhos de Coré. São os ancestrais dos que morreram tragados pela terra nos tempos de Moisés (Núm.27:11). Não ficaram para sempre excluídos dos serviços prestados a Deus, pelo contrário, sua graça se manifesta em utilizá-los de maneira abençoada através dos salmos cantados nos ajuntamentos do povo de Israel. Preservados pelo favor soberano de Deus se encheram tanto de gratidão, que aderiram à música sacra a fim de que suas vidas poupadas pudessem ser consagradas à glória de Deus.  Este é mais um deles.

Depois de relatar as ações perversas dos inimigos de Deus, quando nuvens escuras pairavam sobre si, destaca que os seus perseguidores julgavam-se fortes e sobremodo ricos, mas eram incapazes de “remir seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus.”

O salmo me leva a pensar no Senhor Jesus que veio para destruir as obras de satanás, cujo prazer está em derrotar aqueles que pertencem a Jesus, que é o único que pode remir uma alma para Deus. Não há preço que pague por uma alma, assim como não há preço pelo resgate do Senhor Jesus a nosso favor.

De fato é uma tranquilidade para todos os que confiam no Salvador saber que suas riquezas são infinitas e que seu poder é imensurável, pois o preço pago na cruz por uma alma garante vida eterna a todos. Jesus assim declara: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:40). Jesus não deixará seus filhos na cova, pois com ele viveremos para sempre.

“Mas Deus redimirá a minha vida da sepultura e me levará para si” (Salmos 49:15)

Esta era a esperança do salmista e bendito todo aquele que a tem no coração.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 3 de agosto de 2019

O REI SALOMÃO E SEU DECLÍNIO


 
O sucesso do rei Salomão é algo extraordinário, pois qualquer pessoa gostaria de estar em seu lugar. Ainda jovem teve uma revelação da parte de Deus, onde abriu seu coração expondo suas dificuldades em governar um povo tão numeroso. E nessa sublime visão, com humildade, pediu “um coração cheio de discernimento para governar”, o que agradou sobremaneira ao Senhor. Mas Deus foi mais além demonstrando sua graça para com ele. Deu-lhe um coração sábio, riquezas e fama, e uma vida prolongada, sob as condições de obediência total. (I Reis 3:12-14)

Deus cumpriu suas palavras, pois de fato Salomão tornou-se mais sábio do que qualquer outro homem,  e sua fama espalhou-se por todas as nações em redor. Foi autor de três mil provérbios e mil e cinco cânticos, e todas as nações vinham ouvir sua sabedoria. (I Reis 4:31-34)

Mas chegou um dia que Salomão abriu as portas do seu palácio e deixou entrar a rainha de Sabá, a qual passou a conhecer sua grandiosidade. E abriu seu coração para ela.

A partir daí, lamentavelmente há um declínio acentuado em sua vida, passando a desobedecer as ordens de Deus e sendo por ele reprovado. E uma nota triste aparece em sua biografia: “não seguiu completamente o Senhor” (I Reis 11:2-6).

Quantas lições nos trazem sua vida e que servem para abrir os nossos olhos.

Há muitos que iniciaram sua vida com Cristo de maneira esplêndida. Não receberam uma visão como Salomão, mas pela fé contemplaram riquezas maiores: a graça de Jesus, sua compaixão,  o perdão de todos os seus pecados e a garantia de vida eterna. Viram um caminho novo e vivo que foi aberto na cruz, e que seguia diretamente para os céus. Os tesouros de Cristo, e ele mesmo que é o tesouro encontrado pelo homem, encheram todos os compartimentos de sua vida, e ele passou a possuir a sabedoria que vem de Deus.

Entretanto, com o decorrer do tempo, em muitos houve um declínio em sua fé. A porta do seu coração foi escancarada para estranhos alheios à sua fé, deixou-se seduzir por seus atrativos e distanciou-se do caminho da cruz. E a alegria da salvação desapareceu, entristeceu o Espírito Santo, e sua vida espiritual passou a ser um peso.

Em meio a esse estado de distanciamento há esperança para todos aqueles que assim se encontram: afastar-se das ofertas pecaminosas que este mundo oferece e voltar para os braços de Cristo. Não permitir que outros entrem nos recônditos do seu coração onde se encontram os tesouros de Cristo, e venham a provocar esfriamento total.

Finalmente, há um que foi superior a Salomão, Jesus Cristo(Mat.12:42), e que nunca falhou e nem conheceu pecado, e que está pronto para receber de volta todo aquele que um dia se distanciou dos seus caminhos. Atentem para o seu convite: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”(Apoc. 3:20)

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 26 de julho de 2019

ESPERANÇA EM MEIO AO CAOS



“O Espírito do Senhor falou por meu intermédio;
sua palavra esteve em minha língua”. (II Sam. 23:2)

É interessante meditar nas últimas palavras do rei Davi. A longa trajetória desde os primeiros dias quando foi ungido por Samuel, até o final foi marcada por altos e baixos. Vitórias e derrotas, alegria, choro e decepções feitas por inúmeras pessoas traiçoeiras. Poderia dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”. (II Tim.4:7). Foi usado por Deus para falar pelo Espírito Santo de outro Rei, que seria exaltado e sublime. 

Deus usou Davi de maneira majestosa, “um homem que foi exaltado, ungido pelo Deus de Jacó, o cantor dos cânticos de Israel”. Sem saber, referia-se a outro ungido, profetizado pelo profeta Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”. (Isaías 61:1)  

Ainda, seu olhar profético atravessa tempos bem distantes, apontando para o reino  milenar de Cristo: “O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: quem governa o povo com justiça, quem governa com o temor de Deus”. Seu filho Salomão, ao escrever o salmo 72, também fala desse Rei glorioso: “Nos seus dias florescerá a justiça, e haja abundância de paz enquanto durar a lua. Governe ele de mar a mar e desde o rio Eufrates até os confins da terra”.  (Vers.7,8)

Que mensagem confortadora que Deus nos manda através desses homens com suas profecias. Há esperança para todos os que vivem num mundo mergulhado na dor, na miséria e no pecado, desde que se convertam ao Senhor Jesus. Aquele que vai governar “é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra”. Ainda, o profeta Isaías embeleza mais a esperança daqueles que habitarão nessa nova terra: “Ninguém fará mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9)

Devemos amar a Bíblia, a Palavra de Deus, pois nela descobrimos que há esperança para os que se encontram longe dos caminhos de Deus. Hoje podemos alcançar o perdão de Cristo através de sua morte na cruz, e viver com a sua paz. E amanhã reinaremos com Ele nessa nova terra, onde “Ele enxugará dos olhos toda a lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem passou”. (Apoc. 21:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 21 de julho de 2019

O DEUS QUE MATA NOSSA SEDE


Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia;
de noite esteja comigo a sua canção.
É a minha oração ao Deus que me dá vida.(Salmo 42:8)



Quantas vezes nos pegamos falando sozinhos, não é verdade? Gesticulamos, franzimos a testa, mas não há ninguém para nos ouvir. Parece cômico, mas é assim mesmo.
Aqui o salmista fala com sua alma, algo invisível, mas que poderia ser um diálogo perfeito. Não há menção do nome do autor deste salmo, mas tudo nos leva a crer que se trata do rei Davi. É fruto de sua pena onde transparece seu estilo inconfundível. Há nele um pano de fundo que revela seu abatimento em virtude da revolta de seu filho Absalão.
Na sua angústia ele fala com sua alma, comparando-a como a corça que busca água corrente para matar sua sede. Ele também tem sede e sabe onde encontrar a fonte inesgotável. Entretanto, o salmista se encontra num deserto espiritual, abatido, sem forças e sem ânimo.
Quantas vezes nos encontramos da mesma forma, mergulhados em nossa angústia, e nos esquecemos de saciar nossa alma com a água corrente que é a palavra de Deus. Basta uma perda de alguém pela morte, uma doença inesperada, uma decepção profunda, e nosso desejo em meditar na Palavra de Deus vai embora. Nossa alma fica seca.
A aflição de Davi foi tão grande a ponto de seus amigos o desafiarem perguntando: Onde se encontra o Deus que você tanto falava e descrevia em seus cânticos?
O mesmo acontece conosco quando entramos em profunda aflição, causando espanto em nossos amigos que sempre nos viam falando de Deus e seu socorro presente.
Entretanto, Davi “acordou” em tempo, e descobriu que sua alma deveria descansar em Deus: “Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”.
Aqui está o melhor caminho para deixarmos nossas aflições à margem, saber que podemos descansar em Deus em meio às turbulências da vida, pois ele é nossa esperança, Salvador e Deus.
Davi reconhece tal fato, pois nas duas divisões do salmo (1 a 5) e (6 a 11), ele afirma: “Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” e repete no final: “ele é o meu Salvador e o meu Deus”.
Que a convicção de Davi e sua volta por cima do estado em que se encontrava, seja a mesma de cada um de nós, para sairmos do deserto de nossa alma, e nos refrescar  nos mananciais divinos. E que sua oração seja a mesma de todos nós: “Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida”.
Que assim seja
 Orlando Arraz Maz©

sábado, 13 de julho de 2019

MOISÉS E DAVI – VIDAS PARA SEREM IMITADAS

Então o rei Davi entrou no tabernáculo,
assentou-se diante do Senhor, e orou:
"Quem sou eu, ó Soberano Senhor,
e o que é a minha família, para que
                                                                                              me trouxesses a este ponto? (II Sam. 7:18) 



Hoje gostaria de meditar com vocês sobre dois homens amados por Deus: Moisés e Davi.

De Moisés aprendemos que Deus falava com ele como qualquer fala com seu amigo: (Êxodo 33:11). Claro que se tratava de revelações extraordinárias, o que é algo marcante para qualquer ser mortal, uma vez que Deus é espírito. E ele caminhou com Deus durante toda sua vida, e sob orientação divina, retirou o povo do Egito , atravessando um deserto inclemente sob pressão de todo o povo. Sofreu bastante, como deduzimos dos relatos bíblicos, e embora falhando várias vezes, foi fiel a Deus, como lemos: “Não é assim, porém, com meu servo Moises, que é fiel em toda a minha casa”(Números 12:7)

O maior desejo de Moises, por certo, era entrar na terra prometida, e desfrutar de suas farturas e belezas, mas foi impedido por Deus, e esse desejo veio por terra. “Portanto, você verá a terra somente à distância, mas não entrará na terra que estou dando ao povo de Israel” (Deut.32:51-52). Mesmo assim, com tamanha punição, prosseguiu servindo ao Senhor com toda a fidelidade. Não diminuiu seu ritmo de trabalho, não perdeu seu ânimo, não se queixou para ninguém, pelo contrário, preparou de forma magnífica seu sucessor, Josué.

Quanto a Davi, um homem segundo o coração de Deus. Lemos esta declaração maravilhosa de Samuel: “... o Senhor procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo...”(I Sam. 13:14). Mais tarde o apóstolo Paulo, ao ser solicitado pelos chefes da Sinagoga para lhes dar uma palavra de encorajamento, referindo-se a Davi, falou: ”Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: “Encontrei Davi, filho de Jesse, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade”. (Atos 13:22)

Na sua trajetória, Davi foi surpreendente. Desde sua escolha, de onde apascentava o rebando de seu pai, até ser um dos maiores reis de Israel. As vitórias que alcançou serviram para fortalecer o reino de Israel e alargar suas fronteiras. Era um homem dedicado a Deus, o que descobrimos pelos inúmeros Salmos que escreveu, os quais têm fortalecido multidões sem fim através dos anos.

Entretanto, como Moises teve seu sonho frustrado: construir uma casa para o Senhor seu Deus. O tabernáculo era morada provisória de Deus, e mesmo assim se alegrava em frequentá-lo: “Alegrei-me com os que me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Salmo 122:1). Amava a casa de Deus: “Eu amo, Senhor, o lugar da tua habitação, onde a tua glória habita” (Salmo 26:8).

Porém, foi impedido pelo Senhor de construir o templo, conforme suas próprias palavras: “Davi mandou chamar seu filho Salomão e ordenou que ele construísse um templo para o Senhor, o Deus de Israel, dizendo: Meu filho, eu tinha no coração o propósito de construir um templo em honra do nome do Senhor, o meu Deus. Mas veio a mim esta palavra do Senhor: Você matou muita gente e empreendeu muitas guerras. Por isso não construirá um templo em honra do meu nome, pois derramou muito sangue na terra, diante de mim” (I Cron.:22:6-8).

Como Moisés, não desanimou. Impedido de construir o templo, ofertou de seu tesouro pessoal todo o material necessário. Ele mesmo afirma: “Com muito esforço providenciei para o templo do Senhor três mil e quinhentas toneladas de ouro, trinta e cinco mil toneladas de prata, e tanto bronze e ferro que nem dá para calcular, além de madeira e pedra. E você (Salomão) ainda poderá aumentar a quantidade desse material” (I Cron. 22:14). Causa grande impressão a disposição do seu coração, em ofertar para o Senhor imensos tesouros. Por certo, antevia a glória do templo.

Quanta lição nos trazem estes homens notáveis. Impedidos de realizarem seus sonhos mantiveram-se firmes no propósito de servirem a Deus.

E nós, como estamos na jornada do Senhor? Desistimos facilmente em face dos sinais vermelhos de Deus? Ou continuamos a servi-lo fielmente, certos de que Ele será engrandecido, mesmo sem vermos nossos desejos realizados. Será que desanimamos facilmente em sua obra, ou nos esforçamos ao máximo para que outros desfrutem das bênçãos do Senhor?

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O SERVO PERFEITO

 "Eis o meu servo, a quem sustento
o meu escolhido, em quem tenho prazer.
Porei nele o meu Espírito,
e ele trará justiça às nações.(Isaías 42:1) 

Todas as vezes que lemos sobre a escravatura no Brasil, ou em qualquer outro país, ficamos impressionados como eram tratados os escravos. Castro Alves bem retratou em seus versos a vida que levavam sob os chicotes de seus senhores.

Entretanto, ao ler sobre as instruções concernentes aos escravos dadas por Deus a Moises, os israelitas são lembrados constantemente de que foram escravos no passado: “Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e de que o Senhor, o seu Deus, os libertou; por isso lhes ordeno que façam tudo isso.”(Deut. 24:18). Com vistas a esta lembrança os israelitas deveriam tratar com urbanidade os seus escravos.

Assim, muitos se prendiam aos seus senhores por laços afetivos, formando uma família. No tempo estabelecido deveriam deixar mulher e filhos em troca da liberdade. No entanto, poderiam optar em permanecer para sempre na casa de seu senhor, na companhia de sua família.

Apenas uma condição era exigida: "Se, porém, o escravo declarar: ‘Eu amo o meu senhor, a minha mulher e os meus filhos, e não quero sair livre’. (Êxodo 21:5). O amor era o ponto de partida para permanecer servindo na casa do senhor. Por certo o relacionamento entre senhor e escravo era bom, assim como o amor pela família. Em seguida vem o segundo passo: “ O seu senhor o levará perante os juízes. Terá que leva-lo à porta e furar a sua orelha. Assim, ele será escravo por toda a vida” (Êxodo 21:6). A orelha furada não causava vergonha nem humilhação, pelo contrário, alegria por pertencer ao seu dono e desfrutar dos privilégios da casa onde servia com a mulher e os filhos.

A figura deste escravo me fala do Senhor Jesus, que veio a este mundo para servir, conforme ele mesmo disse:  “Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mat.20: 26-28). E o apóstolo Paulo também afirma sua condição de servo: “mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”.(Filip.2:7)

Deus enviou seu amado Filho como Servo Perfeito, sempre obediente ao Pai. Não teve sua orelha furada, mas as mãos e os pés cravados na cruz como prova do seu amor.  E seu serviço em favor dos homens continua até hoje, salvando-os dos seus pecados e concedendo-lhes uma nova vida. Ele desceu do céu para fazer a vontade do Pai, como bem disse “Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou”. (João 6:38). Portanto, um servo perfeito profetizado por Isaias, no qual Deus tinha prazer: “Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele  o meu Espírito, e ele trará justiça às nações” (Isaías 42:1)

Nosso Salvador, o perfeito e verdadeiro Servo, na eternidade, com alegria, mostrará as marcas nas mãos e nos pés para os que creram nele, e o aceitaram como Salvador,  onde cantarão com alegria:
"Salvador maravilhoso, Deus que tomou meu lugar, Cordeiro entregue ao Calvário, morto pra nos salvar.  Ô ô ô, morto pra nos salvar".

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©